A torção do ovário é uma condição ginecológica aguda e potencialmente grave que ocorre quando um ovário se torce ao redor dos ligamentos que o mantêm no lugar.

• Atividade física: movimentos súbitos ou intensa atividade física podem provocar a torção;
• Gravidez: a torção é mais comum durante a gravidez, particularmente no primeiro trimestre, devido ao aumento no tamanho dos ovários devido a cistos funcionais;
• Anatomia reprodutiva: algumas mulheres podem ter ligamentos mais longos ou mais frouxos que sustentam os ovários, o que pode facilitar a torção;
• Procedimentos médicos: alguns procedimentos, como a fertilização in vitro, podem aumentar o risco de torção devido ao aumento dos ovários.

Como reconhecer os sinais de uma torção?

Os sintomas de uma torção do ovário podem variar de uma mulher para outra, mas geralmente incluem os seguintes sinais:

• Dor súbita e intensa: a dor no abdômen inferior ou na pelve é geralmente o sintoma mais marcante e pode ser bastante severa. Ela pode ocorrer de um lado, dependendo de qual ovário está afetado;
• Náuseas e vômitos: muitas mulheres experimentam náuseas e/ou vômitos como resultado da dor e do desconforto;
• Inchaço abdominal: pode ocorrer inchaço ou sensação de pressão no abdômen;
• Febre: embora menos comum, algumas mulheres podem desenvolver febre;
• Sintomas urinários ou intestinais: algumas mulheres podem sentir sintomas relacionados ao trato urinário ou intestinal, como dificuldade para urinar ou defecar;
• Alterações no ciclo menstrual: embora menos típico, pode haver alterações no padrão menstrual.

Devido à gravidade potencial da torção do ovário, que pode levar à perda do ovário se não tratada rapidamente, é importante procurar atendimento médico imediato.

Lembre-se, avaliação e tratamento adequados são essenciais caso você identifique a presença desses sintomas!

Como diagnosticamos a torção do ovário?

O diagnóstico da torção do ovário, ou torção anexial, começa com a avaliação dos sintomas típicos relatados pela paciente, como dor pélvica grave e intermitente, frequentemente acompanhada de náuseas e vômitos.



Durante o exame clínico, especialmente o exame pélvico, podemos identificar sinais de irritação peritoneal e dor intensa ao movimento do colo do útero ou a presença de uma massa anexial.

Porém, é essencial descartar outras causas comuns de dor pélvica, como apendicite, gestação ectópica, doença inflamatória pélvica e abscesso tubo-ovariano.

Assim, para suportar o diagnóstico clínico, costumamos realizar a ultrassonografia transvaginal.

Este exame pode mostrar um ovário aumentado ou uma massa ovariana, sugerindo a possibilidade de torção.

A ultrassonografia com Doppler colorido também é outra ferramenta adicional valiosa, pois pode detectar o fluxo sanguíneo diminuído ou ausente no ovário, o que reforça a suspeita de torção.

Como tratar essa condição?

O tratamento da torção do ovário geralmente envolve uma cirurgia ginecológica através de laparoscopia.

Esta técnica minimamente invasiva utiliza pequenas incisões na região e a inserção de uma câmera para permitir que a cirurgiã visualize e acesse o interior do abdômen.

Com instrumentos especializados, trabalhamos para desfazer a torção e restaurar o fluxo sanguíneo ao ovário, o que é essencial para evitar danos permanentes ao tecido.

Durante o procedimento, também avaliamos a condição do tecido ovariano.

Se viável, o tecido é preservado; se necrosado devido à falta prolongada de circulação, pode ser necessário remover parcial ou totalmente o ovário afetado.



Além disso, para minimizar o risco de recorrência da torção, procedimentos adicionais podem ser considerados para estabilizar o ovário, como fixá-lo a tecidos adjacentes.

Após a cirurgia, é importante mantermos o monitoramento da paciente e a administração de medicamentos para dor, além de antibióticos para prevenir infecções.

 O período de recuperação pode variar, mas geralmente permite um retorno às atividades normais dentro de algumas semanas.

Como prevenir a torção do ovário?

Como vimos, prevenir a torção do ovário pode ser complicado, já que muitas vezes ela está associada a condições difíceis de controlar.

No entanto, algumas estratégias podem ajudar a diminuir o risco.

O monitoramento regular de cistos ovarianos é essencial; em alguns casos, podemos recomendar a remoção de cistos grandes ou complexos para reduzir o risco de torção.

Mulheres com tais cistos devem considerar evitar atividades físicas de alto impacto ou movimentos bruscos que possam induzir a torção.

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Além disso, é importante que pacientes submetidas a tratamentos de fertilidade e mulheres que estejam no início da gestação sejam cuidadosamente observadas.

Assim sendo, reforçamos a importância de visitas regulares à ginecologista para identificar e gerenciar quaisquer condições que possam elevar o risco de torção.



Manter consultas e exames ginecológicos em dia é vital para a sua saúde reprodutiva!

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