O cortisol, conhecido como o "hormônio do estresse" , regula uma grande variedade de funções no nosso corpo.
Quando os níveis de cortisol se mantêm elevados por longos períodos, os impactos podem ser significativos, especialmente para as mulheres.
Assim, desde alterações no humor e ganho de peso até problemas mais sérios, o excesso de cortisol pode afetar de diversas maneiras a saúde física e emocional feminina.
Entenda melhor neste artigo!
Produzido pelas glândulas suprarrenais, localizadas acima dos rins, esse hormônio é liberado em resposta a sinais do hipotálamo e da glândula pituitária.
O cortisol está intimamente ligado ao ciclo circadiano do organismo.
Pela manhã, a presença de luz e estímulos internos desencadeiam a produção desse hormônio, liberando energia e despertando o corpo.
Além disso, o cortisol é fundamental na regulação do metabolismo, ajudando a manter os níveis de glicose no sangue.
Outra função importante do cortisol é sua propriedade anti-inflamatória e imunossupressora.
Ele controla a resposta inflamatória do corpo e é usado em tratamentos médicos para reduzir inflamações em condições como alergias, artrite e asma.
No entanto, em situações de estresse, seja físico ou emocional, o cortisol também está presente.
As glândulas suprarrenais liberam o hormônio para ajudar o corpo a lidar com esses desafios, incluindo situações de perigo, ansiedade e estresse contínuo.
Níveis altos de cortisol por curtos períodos de tempo, exercem funções biológicas importantes; no entanto, quando persistentemente elevado, esses altos níveis podem levar a uma série de consequências negativas para a saúde da mulher, confira abaixo:
Aumento de gordura abdominal
O excesso desse hormônio também pode levar ao acúmulo de gordura na região abdominal, uma vez que promove o armazenamento de energia proveniente do glicogênio.
Essa energia, destinada a situações de perigo iminente, quando não utilizada, acaba sendo convertida em gordura abdominal.
Diabetes
O cortisol elevado pode estimular a produção hepática de glicose, diminuir a secreção de insulina pelo pâncreas e aumentar a resistência à insulina.
Dessa forma, a glicemia se eleva, potencializando o risco de desenvolver diabetes.
Osteoporose
Altos níveis de cortisol podem elevar o risco de osteoporose ao reduzir a absorção de cálcio pelos ossos, diminuir a atividade e quantidade de células ósseas formadoras e aumentar a reabsorção óssea.
Isso pode resultar em ossos mais fracos e suscetíveis a fraturas.
Alterações de humor
O aumento do cortisol pode provocar variações no humor, incluindo estresse, ansiedade, euforia, irritabilidade e depressão, devido à liberação de adrenalina e à sua ação direta no cérebro.
Colesterol alto
O cortisol elevado pode aumentar a produção hepática de lipídios, resultando em níveis elevados de colesterol total e LDL (colesterol "ruim"), além de reduzir o HDL (colesterol "bom").
Alterações menstruais
O cortisol elevado pode desregular os hormônios femininos, resultando em menstruação irregular, ausência de menstruação ou infertilidade.
Ademais, pode aumentar os hormônios masculinos, levando a sinais como pelo no rosto, acne, alterações na voz e perda de cabelo.
Alterações na pele
O aumento do cortisol pode tornar a pele mais frágil e suscetível a infecções, além de aumentar o risco de desenvolvimento de estrias, manchas, alopecia e acne.
Esses sintomas estão, muitas vezes, associados à síndrome de Cushing, uma condição resultante da exposição prolongada a altos níveis de cortisol.
As principais causas de níveis elevados de cortisol em mulheres podem ser variadas, a saber:
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Logo na primeira consulta, realizamos uma avaliação clínica detalhada dos sintomas relatados, como irregularidades menstruais e alterações de peso, que podem indicar um excesso de cortisol.
Além disso, analisamos o histórico médico da paciente, incluindo exposição a estresse crônico e uso de medicamentos corticosteroides.
Então, para confirmar suspeitas, solicitamos exames hormonais, como o teste de cortisol no sangue, que ajudam a medir os níveis desse hormônio e avaliar a regulação do mesmo pelo corpo.
Caso necessário, a paciente também pode ser encaminhada a um endocrinologista para uma avaliação mais aprofundada.
Após o diagnóstico fechado, vamos atuar nas causas dessa disfunção.
Além disso, buscaremos o manejo dos efeitos desse desequilíbrio, focando em aspectos como a regularização do ciclo menstrual e a resolução de problemas de fertilidade, enfatizando a importância de um tratamento integrado.
Para reduzir os níveis de cortisol em mulheres, é importante adotar diferentes abordagens.
Confira algumas estratégias eficazes:
Gestão do estresse
Práticas como meditação, yoga, e respiração profunda podem ajudar a diminuir o estresse e, consequentemente, os níveis de cortisol.
Além disso, a psicoterapia pode ser útil para gerenciar o estresse e ansiedade de maneira eficaz.
Exercício físico moderado
Atividades físicas regulares, como caminhada, natação ou ciclismo, podem reduzir o cortisol, mas é importante evitar exercícios intensos e prolongados que podem elevar temporariamente o nível desse hormônio.
Dieta e nutrição
É importante incluir na dieta alimentos ricos em vitamina C, magnésio e ômega-3, como frutas cítricas, folhas verdes, nozes e peixes gordurosos.
Também recomendamos reduzir o consumo de cafeína e açúcar, que podem aumentar os níveis de cortisol quando consumidos em excesso.
Sono de qualidade
Estabelecer uma rotina de sono regular e garantir 7-9 horas de sono por noite pode ajudar a regular os níveis hormonais.
Evitar estimulantes
É essencial limitar substâncias que podem elevar o cortisol, como álcool e nicotina.
Reavaliar o uso de corticoides
Se o excesso desse hormônio é decorrente do uso prolongado ou de altas doses de corticoides, é fundamental considerar a possibilidade de reduzir gradualmente as doses ao longo de vários dias, até que o medicamento possa ser completamente interrompido.
Implementar essas estratégias não apenas pode ajudar você a baixar o cortisol, mas também promover uma saúde geral melhor e um bem-estar mais duradouro.
Além disso, para mulheres com sintomas persistentes ou níveis anormalmente altos desse hormônio, é indispensável consultar a ginecologista.
Somente a especialista pode realizar um diagnóstico preciso e encaminhar você para o tratamento mais adequado.
Então, em caso de sintomas relacionados ao cortisol alto, agende uma consulta o quanto antes!
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