Embora a cesariana seja um procedimento seguro, mudanças no corpo da mulher, como a redução de movimentos e alterações hormonais, podem aumentar o risco de formação de coágulos sanguíneos.
Portanto, conhecer mais sobre essa condição e como preveni-la é fundamental para garantir uma recuperação tranquila e saudável.
Acompanhe neste artigo!
A trombose é uma condição médica caracterizada pela formação de coágulos sanguíneos (trombos) no interior dos vasos sanguíneos, sem que haja um sangramento prévio.
Esses coágulos podem obstruir parcial ou totalmente o fluxo sanguíneo na região afetada, levando a complicações sérias.
Quando a trombose ocorre nas veias profundas, especialmente das pernas e coxas, é denominada trombose venosa profunda (TVP).
Uma complicação grave da trombose é a embolia pulmonar, que ocorre quando um fragmento do coágulo se desprende e se aloja nos pulmões, podendo causar falta de ar súbita e, em casos extremos, morte súbita.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular, essa complicação é responsável por cerca de 10% dos óbitos maternos durante o puerpério, período que se estende de seis a oito semanas após o parto.
A trombose no pós-parto pode ser influenciada por diversos fatores de risco. Entre os principais, destacamos:
No nosso blog, temos um artigo sobre pré-natal de alto risco, acesse para entender melhor!
Sim, há uma diferença no risco de trombose entre o parto normal e a cesariana.
Durante a gravidez, o risco de trombose aumenta devido a mudanças hormonais e fisiológicas que predispõem à formação de coágulos.
Isso é importante porque impede que a mulher morra de sangramento na hora do parto.
Porém, no pós-parto, quando é ainda mais importante conter esse risco de hemorragia, estes fatores de coagulação estão ainda mais presentes, aumentando o risco de trombose após o nascimento do bebe, comparativamente ao período da gestação.
Especialmente após uma cesariana, esse risco é ainda maior.
A cesariana é um procedimento cirúrgico que, por sua natureza, envolve maior resposta ao trauma cirúrgico e maior imobilização no período pós-operatório, o que pode contribuir para a formação de trombos.
Pesquisas sugerem que a cesariana apresenta um risco duas a quatro vezes maior de trombose em comparação com o parto normal.
Portanto, sempre que possível e seguro para mãe e bebê, o parto normal é preferível, pois está associado a uma menor incidência de complicações tromboembólicas.
Os sinais de trombose pós-parto por cesárea podem variar dependendo do local onde o coágulo sanguíneo se forma, mas alguns sintomas comuns incluem:
Ressaltamos que, se uma mulher no período pós-parto apresentar qualquer um desses sinais, é preciso procurar atendimento médico imediatamente.
O inchaço nas pernas que é comum no período da gestação e pós parto costuma ser igual nos dois membros, não costuma ser doloroso e geralmente não se associa a alteração de coloração dos membros afetados, bem diferente do inchaço associado aos eventos trombóticos.
Baseamos o diagnóstico de trombose no período pós-parto, especialmente após uma cesariana, na avaliação dos sintomas e na confirmação por exames de imagem.
Como vimos acima, os principais sinais clínicos incluem dor, inchaço, vermelhidão e sensação de calor nas pernas.
Então, ao identificar esses sintomas, geralmente solicitamos uma ultrassonografia com doppler para visualizar o fluxo sanguíneo e detectar a presença de coágulos nas veias profundas.
Esse exame é considerado padrão para o diagnóstico de trombose venosa profunda durante a gestação e o puerpério.
Já o tratamento da trombose no pós-parto envolve, principalmente, o uso de anticoagulantes para impedir a progressão do coágulo e prevenir novas formações.
A duração e a dosagem do tratamento dependem da gravidade da condição e das características individuais da paciente.
Além da terapia medicamentosa, costumamos recomendar o uso de meias de compressão e a prática de atividade física leve para melhorar a circulação sanguínea.
Reforçamos que é fundamental que o tratamento seja individualizado e monitorado continuamente para garantir a segurança e a eficácia da terapia.
Para prevenir a trombose no período pós-parto, especialmente após uma cesariana, aconselhamos que a paciente adote as seguintes medidas:
Manter uma alimentação equilibrada
Uma dieta saudável contribui para a saúde vascular e geral da mãe, evitando o ganho de peso excessivo na gestação.
Hidratação adequada
Ingerir pelo menos dois litros de água por dia ajuda a manter o sangue menos viscoso, facilitando a circulação.
Praticar exercícios físicos leves a moderados
Movimentar-se regularmente estimula o fluxo sanguíneo e previne a formação de coágulos.
Evitar imobilização prolongada
Evitar ficar sentada ou de pé por longos períodos.
Assim, procure levantar e caminhar periodicamente!
Elevar as pernas diariamente
Deitar-se com as pernas elevadas por 20 a 30 minutos auxilia no retorno venoso.
Uso de meias de compressão
Sob orientação médica, as meias ajudam na circulação e na prevenção de tromboses.
Acompanhamento especializado
Pode ser necessário consultar um angiologista ou cirurgião vascular para orientações personalizadas, incluindo a possível necessidade de medicamentos anticoagulantes.
Além desses cuidados, lembramos que é essencial realizar um
pré-natal completo e manter um acompanhamento regular com a obstetra durante a gestação e o puerpério.
A especialista poderá avaliar fatores de risco individuais e indicará as melhores estratégias de prevenção, garantindo a saúde da mãe e do bebê.
Portanto, agende suas consultas com a obstetra regularmente e siga as orientações médicas para minimizar os riscos de complicações, como a trombose!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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