O DIU é uma das opções mais eficazes de contracepção de longa duração.
Ao contrário de métodos contraceptivos que exigem atenção diária, como a pílula, o DIU oferece uma solução prática e duradoura, com possibilidade de uso por anos.
Além disso, ele está disponível em diferentes formatos, como o DIU de cobre e o hormonal.
Assim, ele é considerado um método seguro, acessível e conveniente para mulheres em diferentes fases da vida reprodutiva.
Porém, a escolha do método ideal depende de diversos fatores, como o histórico médico, estilo de vida e a necessidade de um método reversível.
Entenda melhor neste artigo!
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um método contraceptivo reversível e de longa duração utilizado para prevenir a gravidez.
Ele consiste em um pequeno dispositivo em forma de "T" que é inserido no útero por um profissional de saúde.
Esses dispositivos são considerados seguros e eficazes, com taxas de falha inferiores a 1% ao ano, sendo altamente recomendados para mulheres que desejam evitar gravidez de maneira prática e de longo prazo.
Uma vez inserido, ele tem duração de 5 a 10 anos, conforme modelo utilizado.
Entre os principais modelos de DIU disponíveis, estão:
Este modelo libera íons de cobre no útero, criando um ambiente desfavorável para os espermatozoides.
O cobre interfere na mobilidade dos espermatozoides, impedindo a fertilização do óvulo e dura cerca de 10 anos no corpo.
Algumas mulheres relatam como desvantagem o aumento do fluxo menstrual e das cólicas, por isso, é importante avaliar cada caso para verificar a melhor indicação.
DIU de cobre com prata
O DIU de prata é uma versão mais recente, que combina cobre e prata em sua haste.
Assim como o DIU de cobre, ele atua no útero alterando as condições do ambiente, impedindo a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.
A principal diferença entre os dois está na adição da prata, que, de acordo com o fabricante, contribui para reduzir os efeitos colaterais associados ao cobre.
Isso significa que o aumento do fluxo menstrual pode ser menor, e as cólicas possivelmente menos frequentes em comparação ao DIU de cobre tradicional.
Outro benefício da prata é a redução do risco de oxidação do cobre, o que melhora a eficácia contraceptiva.
Além disso, o DIU de prata tem duração de até 5 anos no organismo, proporcionando um método contraceptivo seguro e eficiente.
São os conhecidos Mirena e Kyleena, que liberam uma pequena quantidade de hormônio (semelhante à progesterona) diretamente no útero.
Agem espessando o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides, alterando o revestimento do útero para torná-lo menos propício à implantação e, em alguns casos, inibindo a ovulação.
Além de sua função contraceptiva, o DIU hormonal pode reduzir o fluxo menstrual e as cólicas.
Possui uma eficácia que dura entre 5 e 8 anos, dependendo do modelo.
Os DIUs de progesterona podem causar alguns efeitos colaterais, principalmente devido à absorção sistêmica do hormônio, embora a quantidade absorvida seja mínima.
Os principais efeitos colaterais incluem:
A maioria desses sintomas adversos costuma surgir nos primeiros meses de uso e tende a diminuir ou desaparecer completamente após 4 a 6 meses da colocação.
O DIU apresenta diversas vantagens em relação a outros métodos contraceptivos, confira abaixo:
Alta eficácia
O DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com uma taxa de falha inferior a 1%, similar à esterilização feminina.
Ele oferece proteção constante contra a gravidez sem depender da adesão diária ou da necessidade de lembrar de tomá-lo.
Contracepção de longa duração
Ele pode durar de 5 a 10 anos, dependendo do tipo escolhido, oferecendo uma solução de longo prazo sem necessidade de manutenção frequente.
Isso o torna ideal para mulheres que não querem se preocupar com métodos diários ou mensais.
Além disso, sua durabilidade é muito benéfica para quem busca planejamento familiar a médio ou longo prazo, mas deseja preservar a opção de fertilidade no futuro.
Reversibilidade
Embora ofereça proteção de longa duração, o DIU é completamente reversível.
A remoção pode ser feita a qualquer momento pela ginecologista e a fertilidade da mulher é rapidamente restaurada, geralmente no ciclo seguinte.
Assim, diferentemente de métodos irreversíveis, como a laqueadura, ele oferece controle total sobre a reprodução, sem comprometer as escolhas futuras.
Baixo impacto no dia a dia
Depois de inserido, o DIU não exige atenção constante.
Comparado a métodos que requerem administração frequente, como adesivos, aneis vaginais ou pílulas, o DIU é extremamente conveniente.
Além disso, ele não interfere em atividades cotidianas, como prática de esportes ou relações sexuais, e não depende do horário ou consistência do uso pela usuária.
Múltiplas opções
O DIU de cobre é uma excelente opção não hormonal, adequado para mulheres que preferem evitar hormônios por razões de saúde ou preferências pessoais.
Já o DIU hormonal, além de prevenir a gravidez, pode trazer benefícios adicionais, como redução do fluxo menstrual, alívio da cólica menstrual e melhoria de sintomas de condições como endometriose ou adenomiose.
Custo-benefício
Apesar do custo inicial de inserção, o DIU é extremamente econômico a longo prazo.
Como ele dura vários anos, o investimento inicial é diluído ao longo do tempo, tornando-o mais acessível em comparação com métodos que requerem compra contínua, como preservativos ou pílulas.
Embora bastante seguro e eficaz, o DIU apresenta algumas contraindicações e possíveis efeitos colaterais que devem ser considerados, confira abaixo:
No nosso blog, temos um artigo que explica a relação entre DIU e gestação ectópica.
Já os efeitos colaterais podem variar conforme o tipo de DIU, entenda:
O procedimento de colocação do DIU é simples e deve ser realizado pela médica ginecologista ou médica de família e comunidade.
Antes da inserção, a paciente deve passar por uma avaliação para garantir que está apta para o uso do dispositivo.
Essa avaliação inclui exame físico e pode incluir, mas não obrigatoriamente, exames laboratoriais e/ou de imagem.
Então, durante a colocação, inserimos o DIU no útero utilizando um aplicador especializado.
O procedimento pode causar algum desconforto ou cólicas momentâneas, pois o colo do útero precisa ser ligeiramente dilatado.
Em geral, a inserção é feita no consultório, sem necessidade de anestesia, preferencialmente durante a menstruação.
Após a colocação, verificamos a posição do DIU com ultrassom após alguns dias para garantir que ele esteja na posição correta.
A retirada do DIU também é um procedimento rápido e simples.
Com o auxílio de uma pinça especial, puxamos cuidadosamente o fio do dispositivo, que é deixado no canal vaginal para facilitar sua remoção.
Assim como na colocação, a retirada pode provocar um leve desconforto ou cólicas passageiras.
Após a colocação do DIU, é importante seguir alguns cuidados, como por exemplo:
Monitorar sinais de complicações
Nos primeiros dias após a inserção, é normal sentir cólicas ou um sangramento leve.
Porém, é importante ficar atenta a sinais de infecção, como febre, dor intensa ou secreção anormal.
Evitar relações sexuais por um curto período
Recomendamos evitar relações sexuais nos primeiros dias após a inserção do DIU, para permitir que o dispositivo se acomode no útero e para prevenir possíveis infecções.
Atenção aos fios do DIU
Após a inserção, costumamos orientar a paciente a verificar periodicamente os fios do DIU para garantir que ele não tenha se deslocado.
A mulher deve sentir os fios na parte superior da vagina com o dedo, mas é importante não puxar.
Quer saber o que fazer ao perceber que o fio do DIU entrou no útero, leia esse artigo em nosso blog!
Evitar esforços físicos intensos
Embora a maioria das mulheres possa retomar suas atividades diárias rapidamente, é aconselhável evitar atividades físicas intensas ou levantar pesos no primeiro dia após a inserção do DIU.
Atenção a possíveis efeitos colaterais
Durante os primeiros meses, pode ocorrer alteração no ciclo menstrual, como aumento do fluxo menstrual, cólicas ou irregularidade nos sangramentos.
Isso é esperado, porém, se os sintomas persistirem ou causarem muito desconforto, deve-se buscar a orientação da ginecologista.
Evitar infecções
O DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, então, é importante tomar precauções para evitar infecções.
O uso de preservativos, como a camisinha feminina, ajuda a prevenir infecções que poderiam afetar o DIU ou causar complicações mais graves.
Escolher o método contraceptivo mais adequado para o seu perfil é uma decisão pessoal e deve levar em consideração vários fatores.
A melhor maneira de fazer essa escolha é com a orientação da ginecologista.
Ela irá considerar diversos aspectos antes de recomendar o método ideal, como a idade, a regularidade menstrual, a presença de doenças preexistentes e as preferências em relação a métodos hormonais ou não hormonais.
Além disso, se a mulher planeja ter filhos no futuro, a reversibilidade do método também será um ponto importante a ser discutido.
Essa consulta também oferece a oportunidade de discutir questões como efeitos colaterais, a possibilidade de interações com outros medicamentos e as preferências pessoais.
Portanto, caso você esteja em dúvida sobre escolher o DIU como método contraceptivo, agende sua consulta o quanto antes!
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