Por que escolher o DIU como método contraceptivo?

13 de fevereiro de 2025
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Você quer saber se o DIU como método contraceptivo é uma boa opção?

O DIU é uma das opções mais eficazes de contracepção de longa duração.


Ao contrário de métodos contraceptivos que exigem atenção diária, como a pílula, o DIU oferece uma solução prática e duradoura, com possibilidade de uso por anos.


Além disso, ele está disponível em diferentes formatos, como o DIU de cobre e o hormonal.


Assim, ele é considerado um método seguro, acessível e conveniente para mulheres em diferentes fases da vida reprodutiva​.


Porém, a escolha do método ideal depende de diversos fatores, como o histórico médico, estilo de vida e a necessidade de um método reversível.


Entenda melhor neste artigo!


O que é o DIU? 


O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um método contraceptivo reversível e de longa duração utilizado para prevenir a gravidez.


Ele consiste em um pequeno dispositivo em forma de "T" que é inserido no útero por um profissional de saúde.


Esses dispositivos são considerados seguros e eficazes, com taxas de falha inferiores a 1% ao ano, sendo altamente recomendados para mulheres que desejam evitar gravidez de maneira prática e de longo prazo​.


Uma vez inserido, ele tem duração de 5 a 10 anos, conforme modelo utilizado. 


DIU como método contraceptivo: quais os tipos disponíveis?


Entre os principais modelos de DIU disponíveis, estão:


DIU de cobre


Este modelo libera íons de cobre no útero, criando um ambiente desfavorável para os espermatozoides.


O cobre interfere na mobilidade dos espermatozoides, impedindo a fertilização do óvulo e dura cerca de 10 anos no corpo.


Algumas mulheres relatam como desvantagem o aumento do fluxo menstrual e das cólicas, por isso, é importante avaliar cada caso para verificar a melhor indicação.   

 

DIU de cobre com prata


O DIU de prata é uma versão mais recente, que combina cobre e prata em sua haste.


Assim como o DIU de cobre, ele atua no útero alterando as condições do ambiente, impedindo a fecundação do óvulo pelo espermatozoide.


A principal diferença entre os dois está na adição da prata, que, de acordo com o fabricante, contribui para reduzir os efeitos colaterais associados ao cobre. 


Isso significa que o aumento do fluxo menstrual pode ser menor, e as cólicas possivelmente menos frequentes em comparação ao DIU de cobre tradicional.


Outro benefício da prata é a redução do risco de oxidação do cobre, o que melhora a eficácia contraceptiva.

 

Além disso, o DIU de prata tem duração de até 5 anos no organismo, proporcionando um método contraceptivo seguro e eficiente.


DIU hormonal


São os conhecidos Mirena e Kyleena, que liberam uma pequena quantidade de hormônio (semelhante à progesterona) diretamente no útero.


Agem espessando o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozoides, alterando o revestimento do útero para torná-lo menos propício à implantação e, em alguns casos, inibindo a ovulação.


Além de sua função contraceptiva, o DIU hormonal pode reduzir o fluxo menstrual e as cólicas.


Possui uma eficácia que dura entre 5 e 8 anos, dependendo do modelo.


Os DIUs de progesterona podem causar alguns efeitos colaterais, principalmente devido à absorção sistêmica do hormônio, embora a quantidade absorvida seja mínima.


Os principais efeitos colaterais incluem:


  • Sensibilidade ou dor nas mamas;
  • Dores de cabeça;
  • Agravamento da acne;
  • Retenção de líquidos, com aumento de peso de até 1,5 kg;
  • Ausência de menstruação;
  • Sangramentos de escape ao longo do ciclo;
  • Náuseas e vômitos nos primeiros meses de uso;
  • Alterações de humor e libido.



A maioria desses sintomas adversos costuma surgir nos primeiros meses de uso e tende a diminuir ou desaparecer completamente após 4 a 6 meses da colocação.


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Quais são as vantagens do DIU em comparação com outros métodos contraceptivos?


O DIU apresenta diversas vantagens em relação a outros métodos contraceptivos, confira abaixo:


Alta eficácia


O DIU é um dos métodos contraceptivos mais eficazes, com uma taxa de falha inferior a 1%, similar à esterilização feminina.


Ele oferece proteção constante contra a gravidez sem depender da adesão diária ou da necessidade de lembrar de tomá-lo.


Contracepção de longa duração


Ele pode durar de 5 a 10 anos, dependendo do tipo escolhido, oferecendo uma solução de longo prazo sem necessidade de manutenção frequente.


Isso o torna ideal para mulheres que não querem se preocupar com métodos diários ou mensais.


Além disso, sua durabilidade é muito benéfica para quem busca planejamento familiar a médio ou longo prazo, mas deseja preservar a opção de fertilidade no futuro​.


Reversibilidade


Embora ofereça proteção de longa duração, o DIU é completamente reversível.


A remoção pode ser feita a qualquer momento pela ginecologista e a fertilidade da mulher é rapidamente restaurada, geralmente no ciclo seguinte.



Assim, diferentemente de métodos irreversíveis, como a laqueadura, ele oferece controle total sobre a reprodução, sem comprometer as escolhas futuras​.


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Baixo impacto no dia a dia


Depois de inserido, o DIU não exige atenção constante.


Comparado a métodos que requerem administração frequente, como adesivos, aneis vaginais ou pílulas, o DIU é extremamente conveniente.


Além disso, ele não interfere em atividades cotidianas, como prática de esportes ou relações sexuais, e não depende do horário ou consistência do uso pela usuária​.


Múltiplas opções


O DIU de cobre é uma excelente opção não hormonal, adequado para mulheres que preferem evitar hormônios por razões de saúde ou preferências pessoais.


Já o DIU hormonal, além de prevenir a gravidez, pode trazer benefícios adicionais, como redução do fluxo menstrual, alívio da cólica menstrual e melhoria de sintomas de condições como endometriose ou adenomiose.


Custo-benefício


Apesar do custo inicial de inserção, o DIU é extremamente econômico a longo prazo.


Como ele dura vários anos, o investimento inicial é diluído ao longo do tempo, tornando-o mais acessível em comparação com métodos que requerem compra contínua, como preservativos ou pílulas.


DIU como método contraceptivo: quais são as contraindicações ou possíveis efeitos colaterais?


Embora bastante seguro e eficaz, o DIU apresenta algumas contraindicações e possíveis efeitos colaterais que devem ser considerados, confira abaixo:


  • Infecções ou inflamações genitais ativas: mulheres com doença inflamatória pélvica, infecções cervicais ou vaginais não tratadas não devem usar o DIU até que essas condições sejam resolvidas;
  • Anomalias uterinas: alterações estruturais no útero, como miomas uterinos ou malformações uterinas, podem impedir a colocação adequada do DIU;
  • Alergia aos componentes: mulheres alérgicas ao cobre ou com doença de Wilson não devem utilizar o DIU de cobre;
  • Condições específicas: pacientes com câncer no colo do útero ou câncer no endométrio, por exemplo, não devem usar o DIU.
  • História de gravidez ectópica: embora bastante rara, o DIU pode aumentar relativamente o risco de gestação ectópica caso ocorra falha contraceptiva, mas como é um método extremamente eficaz, o número absoluto de casos de gestação ectópica é menor que em mulheres que não usam contracepção.


No nosso blog, temos um artigo que explica a relação entre DIU e gestação ectópica.


Já os efeitos colaterais podem variar conforme o tipo de DIU, entenda:


  • DIU de cobre: pode causar aumento do fluxo e da duração da menstruação, bem como intensificação das cólicas menstruais nos primeiros meses após a colocação;
  • DIU hormonal: é comum ocorrer sangramentos irregulares nos primeiros meses, podendo evoluir para uma redução do fluxo menstrual ou até amenorreia (ausência de menstruação);
  • Desconforto na inserção e adaptação: algumas mulheres relatam dor durante a colocação do dispositivo e cólicas leves a moderadas nos dias seguintes, que são facilmente manejados com analgésicos ou antiinflamatórios sem prejuízo das funções normais;
  • Expulsão ou deslocamento: em casos ainda mais raros, o DIU pode ser expelido parcial ou totalmente pelo organismo, levando a falha de eficácia e necessidade de tratamentos ou procedimentos adicionais para ajuste.


Como é o procedimento de colocação e retirada do DIU?


O procedimento de colocação do DIU é simples e deve ser realizado pela médica ginecologista ou médica de família e comunidade.


Antes da inserção, a paciente deve passar por uma avaliação para garantir que está apta para o uso do dispositivo.


Essa avaliação inclui exame físico e pode incluir, mas não obrigatoriamente, exames laboratoriais e/ou de imagem.


Então, durante a colocação, inserimos o DIU no útero utilizando um aplicador especializado.


O procedimento pode causar algum desconforto ou cólicas momentâneas, pois o colo do útero precisa ser ligeiramente dilatado.


Em geral, a inserção é feita no consultório, sem necessidade de anestesia, preferencialmente durante a menstruação.


Após a colocação, verificamos a posição do DIU com ultrassom após alguns dias para garantir que ele esteja na posição correta.


A retirada do DIU também é um procedimento rápido e simples.


Com o auxílio de uma pinça especial, puxamos cuidadosamente o fio do dispositivo, que é deixado no canal vaginal para facilitar sua remoção.



Assim como na colocação, a retirada pode provocar um leve desconforto ou cólicas passageiras.


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Quais são os cuidados necessários após a colocação do DIU?


Após a colocação do DIU, é importante seguir alguns cuidados, como por exemplo:


Monitorar sinais de complicações


Nos primeiros dias após a inserção, é normal sentir cólicas ou um sangramento leve.


Porém, é importante ficar atenta a sinais de infecção, como febre, dor intensa ou secreção anormal.


Evitar relações sexuais por um curto período


Recomendamos evitar relações sexuais nos primeiros dias após a inserção do DIU, para permitir que o dispositivo se acomode no útero e para prevenir possíveis infecções.


Atenção aos fios do DIU


Após a inserção, costumamos orientar a paciente a verificar periodicamente os fios do DIU para garantir que ele não tenha se deslocado.


A mulher deve sentir os fios na parte superior da vagina com o dedo, mas é importante não puxar.


Quer saber o que fazer ao perceber que o fio do DIU entrou no útero, leia esse artigo em nosso blog!


Evitar esforços físicos intensos


Embora a maioria das mulheres possa retomar suas atividades diárias rapidamente, é aconselhável evitar atividades físicas intensas ou levantar pesos no primeiro dia após a inserção do DIU.


Atenção a possíveis efeitos colaterais


Durante os primeiros meses, pode ocorrer alteração no ciclo menstrual, como aumento do fluxo menstrual, cólicas ou irregularidade nos sangramentos.


Isso é esperado, porém, se os sintomas persistirem ou causarem muito desconforto, deve-se buscar a orientação da ginecologista.


Evitar infecções


O DIU não protege contra infecções sexualmente transmissíveis, então, é importante tomar precauções para evitar infecções.


O uso de preservativos, como a camisinha feminina, ajuda a prevenir infecções que poderiam afetar o DIU ou causar complicações mais graves.


DIU como método contraceptivo: como escolher a melhor opção para o meu perfil?


Escolher o método contraceptivo mais adequado para o seu perfil é uma decisão pessoal e deve levar em consideração vários fatores.


A melhor maneira de fazer essa escolha é com a orientação da ginecologista.


Ela irá considerar diversos aspectos antes de recomendar o método ideal, como a idade, a regularidade menstrual, a presença de doenças preexistentes e as preferências em relação a métodos hormonais ou não hormonais.



Além disso, se a mulher planeja ter filhos no futuro, a reversibilidade do método também será um ponto importante a ser discutido.


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Essa consulta também oferece a oportunidade de discutir questões como efeitos colaterais, a possibilidade de interações com outros medicamentos e as preferências pessoais.



Portanto, caso você esteja em dúvida sobre escolher o DIU como método contraceptivo, agende sua consulta o quanto antes!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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