A amenorreia, que se refere à ausência de menstruação por um período prolongado, é uma condição que pode afetar mulheres em diversas fases da vida reprodutiva.
Embora a ausência temporária de menstruação possa ser normal em situações como gravidez e na chegada da menopausa, em outros casos, ela pode ser sinal de problemas de saúde.
Portanto, é importante compreender as causas da amenorreia e saber o momento certo de procurar a ginecologista para um diagnóstico preciso e acompanhamento adequado.
Acompanhe neste artigo!
O que é a amenorreia? Quais são os tipos de amenorreia?
A amenorreia refere-se à ausência de menstruação por um período prolongado de tempo em mulheres em idade reprodutiva.
Normalmente, as mulheres começam a menstruar durante a puberdade e continuam a ter ciclos menstruais regulares até à menopausa.
Entretanto, alguns acontecimentos podem cessar a menstruação, como é o caso da gravidez, a causa mais comum de amenorreia.
Nesse contexto, podemos dividir a ausência de menstruação entre:
Amenorreia primária
A amenorreia primária ocorre quando uma jovem nunca menstruou até os 16 anos de idade, mesmo que tenha desenvolvido outras características sexuais secundárias, como crescimento mamário e desenvolvimento de pelos pubianos ou 14 anos na ausência de desenvolvimento desses caracteres.
Isso pode ser sinal de problemas hormonais, distúrbios genéticos ou anomalias anatômicas.
Amenorreia secundária
A amenorreia secundária é mais comum e se refere à ausência de menstruação em mulheres que já tinham ciclos menstruais regulares.
Esse tipo ocorre quando a mulher não menstrua por um período de pelo menos três ciclos consecutivos (cerca de 3 meses).
Quais são as principais causas de amenorreia?
A amenorreia pode ser atribuída a diversas causas, confira abaixo:
A causa mais frequente de amenorreia secundária, ocorre devido à interrupção dos ciclos ovulatórios após a fecundação do óvulo e a implantação do embrião no útero.

Representa o encerramento natural da função ovariana e a cessação definitiva dos ciclos menstruais, geralmente ocorrendo entre os 45 e 55 anos.
Síndrome dos ovários policísticos (SOP)
Condição que leva à produção excessiva de andrógenos, resultando em ciclos menstruais irregulares ou ausentes.
Distúrbios da tireoide
Tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem afetar o ciclo menstrual.
No nosso blog, temos um artigo que explica a relação entre doença da tireoide e menstruação, acesse para entender melhor!
Anomalias congênitas
Alterações presentes desde o nascimento, como agenesia vaginal ou uterina, presença de septos ou hímen imperfurado, impedem a saída do fluxo menstrual.
Perda de peso excessiva ou distúrbios alimentares
Condições como anorexia nervosa podem levar à interrupção do ciclo menstrual devido à insuficiência energética.
Exercício físico intenso

Atletas ou indivíduos com rotinas de treino extenuantes podem experimentar amenorreia devido ao balanço energético negativo.
Se você quer saber mais sobre exercício físico e sua relação com a menstruação, acesse esse artigo em nosso site!
Insuficiência ovariana prematura
Perda da função normal dos ovários antes dos 40 anos, levando à ausência de menstruação.
Doenças sistêmicas crônicas
Condições como diabetes tipo 1 ou doenças inflamatórias intestinais podem estar associadas à amenorreia.
Quais sintomas podem acompanhar a amenorreia?
A ausência de menstruação pode estar acompanhada de diversos sintomas, dependendo da causa subjacente.
Assim, além da própria ausência do fluxo menstrual, outros sinais podem incluir:
- Alterações hormonais: sensibilidade mamária, variações na libido e mudanças de humor;
- Sintomas relacionados à tireoide: fadiga, alterações de peso e sensibilidade ao frio ou calor;
- Características da Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP): acne, aumento de pelos corporais e resistência à insulina;
- Outros sintomas: dores de cabeça intensas, falta de lubrificação vaginal, alterações na voz, secreção láctea pelos mamilos em mulheres que não estão em aleitamento materno, aumento dos seios e cólicas sem sangramento.
É importante citar que a amenorreia também pode ser assintomática, manifestando-se apenas pela ausência da menstruação.
Por isso, devido à variedade de possíveis causas e sintomas associados, é fundamental procurar a avaliação da ginecologista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.
A mulher consegue engravidar mesmo com amenorreia?

A amenorreia pode impactar a fertilidade feminina, dificultando a concepção.
Entretanto, a chance de engravidar varia conforme a causa subjacente.
Em algumas situações, mesmo sem menstruação regular, a ovulação pode ocorrer de forma imprevisível, tornando possível a gestação.
Mulheres com amenorreia secundária, por exemplo, podem ter ovulações esporádicas, o que permite a fecundação.
Por isso, é essencial que aquelas que desejam engravidar busquem acompanhamento ginecológico para identificar a origem do problema e receber as orientações adequadas.
O diagnóstico precoce e um tratamento específico podem aumentar as chances de concepção e reduzir complicações associadas à ausência do ciclo menstrual.
Como realizamos o diagnóstico dessa condição?
Iniciamos o diagnóstico da ausência de menstruação com uma avaliação clínica detalhada, incluindo a anamnese e o exame físico.
Dessa forma, buscamos identificar fatores como histórico menstrual, uso de medicamentos, hábitos alimentares, níveis de estresse e atividades físicas, além de condições médicas pré-existentes.
O exame físico permite avaliar sinais de alterações hormonais, como acne, hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) e alterações no peso corporal.
Então, após essa avaliação inicial, exames laboratoriais são essenciais para investigar possíveis causas da amenorreia.
A dosagem de hormônios como prolactina, hormônio estimulante da tireoide (TSH), hormônio luteinizante (LH), hormônio folículo-estimulante (FSH), prolactina, estrogênio e progesterona podem auxiliar na identificação de desequilíbrios hormonais.
Além disso, podemos solicitar alguns exames ginecológicos, como a ultrassonografia pélvica transvaginal, para avaliar a anatomia do sistema reprodutor e identificar possíveis anomalias estruturais.
Por fim, em alguns casos, exames adicionais, como ressonância magnética, podem ser necessários para investigarmos condições mais complexas.
Quais são os tratamentos disponíveis para a ausência de menstruação?
Para casos relacionados a distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos ou disfunções da tireoide, podemos indicar terapias hormonais para restaurar o equilíbrio e regularizar o ciclo menstrual.
Quando a amenorreia está associada a fatores comportamentais, como estresse excessivo, perda de peso ou prática intensa de exercícios físicos, recomendamos a adoção de mudanças no estilo de vida.
Isso pode incluir uma alimentação equilibrada, redução do nível de atividade física e técnicas de manejo do estresse.
Já em situações onde há anomalias anatômicas ou estruturais no sistema reprodutivo, intervenções cirúrgicas podem ser necessárias para corrigir tais alterações.
Além disso, é fundamental abordarmos condições médicas subjacentes que possam estar contribuindo para a ausência de menstruação, garantindo um tratamento abrangente e eficaz.
Ausência de menstruação: quando procurar uma ginecologista?
Como vimos, a ausência de menstruação pode estar associada a causas como disfunções hormonais, doenças da tireoide, estresse excessivo, problemas de peso, ou até mesmo fatores genéticos e anatômicos.
Embora em algumas situações, a amenorreia seja fisiológica e natural, ela também pode sinalizar condições que exigem tratamento.
Portanto, se você está enfrentando a ausência de menstruação há mais de três meses, é fundamental consultar a ginecologista para uma avaliação detalhada.

Assim, poderemos identificar a causa subjacente da amenorreia, planejar o tratamento adequado e, assim, preservar a sua saúde reprodutiva e o bem-estar geral.
Então, em caso de ausência de menstruação recorrente, entre em contato com a especialista em saúde da mulher e agende uma consulta
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