Coceira genital: saiba o que fazer!

27 de fevereiro de 2025
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A coceira genital é um incômodo que pode afetar mulheres de todas as idades e que causa desconforto físico e emocional.

Esse sintoma pode ter diversas causas, desde simples irritações ou alergias até infecções fúngicas, bacterianas ou doenças mais graves.


Assim, saber quando procurar a ginecologista para identificar a causa e quais medidas tomar é essencial para preservar a saúde íntima e evitar complicações.


Neste artigo, você descobrirá tudo o que precisa saber sobre o tema e como agir diante dessa situação.


Continue a ler!


Quais são as principais causas dessa condição?


A coceira vaginal pode ter diversas causas, cada uma associada a condições específicas que exigem atenção médica, confira abaixo:


Higiene íntima inadequada


Tanto o excesso quanto a falta de higiene íntima podem alterar o equilíbrio da flora vaginal, causando coceira e desconforto.


Dessa forma, o uso de sabonetes com pH inadequado ou a prática de lavar a região genital com frequência excessiva pode aumentar o risco de infecções.



Além disso, a realização de duchas vaginais (lavar a vagina internamente) pode desequilibrar o pH da região e causar as coceiras. 


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Alergias e irritações


A coceira pode ser provocada por reações alérgicas a produtos, como sabonetes, geis íntimos, absorventes, preservativos de látex e até mesmo detergentes utilizados na lavagem de roupas íntimas.


A vagina elimina naturalmente o excesso de secreções; o uso de perfumes, desodorantes ou hidratantes sem indicação pode predispor a alergias e desequilíbrios de flora e, portanto, deve ser desencorajado.


Essas irritações podem agravar sintomas se não forem evitadas.


Doenças de pele


Condições como eczema, psoríase e líquen escleroso podem afetar a região genital, provocando coceira persistente e até mesmo descamação da pele.


Essas doenças são mais comuns em pessoas com predisposição genética ou histórico de outras condições dermatológicas.


Uso de roupas apertadas ou sintéticas


Roupas íntimas feitas de materiais sintéticos ou muito apertadas retêm a umidade e o calor, criando um ambiente propício para o crescimento de fungos e bactérias.


Isso pode agravar a coceira vaginal e, em casos mais graves, resultar em infecções.


Candidíase


A candidíase é uma infecção fúngica comum causada pelo crescimento excessivo do fungo Candida albicans.


A causa pode estar relacionada ao enfraquecimento do sistema imunológico, uso de antibióticos, diabetes ou até mesmo alterações hormonais.


Vaginose bacteriana


A vaginose bacteriana ocorre quando há um desequilíbrio na flora vaginal, levando à proliferação de bactérias nocivas.


Assim, o tratamento geralmente envolve o uso de antibióticos prescritos pela ginecologista.


Essa condição geralmente não causa coceira, mas pode vir em associação a outras que causam.


Infecções sexualmente transmissíveis 


Doenças como tricomoníase, gonorreia e clamídia são conhecidas por causar coceira vaginal associada a outros sintomas, como ardência ao urinar, corrimento anormal e dor durante relações sexuais.


A transmissão sexual é a principal via de contágio e o tratamento varia conforme o tipo de infecção.


Vaginite atrófica


A vaginite atrófica é comum após a menopausa, causada pela diminuição dos níveis de estrogênio, que resultam em afinamento da mucosa e redução dos lactobacilos protetores, trazendo como possíveis sintomas sensação de ressecamento vaginal e coceira.


Além disso, pode haver dor e/ou sangramento durante penetração vaginal, seja com fim sexual ou não, e aumento da sensibilidade na região genital.


No nosso blog, temos um artigo para você aprender como lidar o ardor e o ressecamento vaginal durante a menopausa, acesse e saiba mais!


Alterações hormonais


Além da menopausa, outras situações como gravidez, ciclo menstrual e síndrome do ovário policístico (SOP) podem causar variações hormonais que afetam a saúde vaginal, podendo levar ao surgimento de coceira e desconforto local.



Nesses casos, o acompanhamento médico é fundamental para o equilíbrio hormonal adequado.


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Uso de antibióticos


O uso prolongado de antibióticos pode desequilibrar a flora vaginal, aumentando o risco de infecções fúngicas ou bacterianas.


Assim, suplementos probióticos ou medicamentos antifúngicos podem ser recomendados após o uso de antibióticos.


Para saber mais sobre os benefícios dos probióticos para a flora vaginal, acesse esse artigo completo em nosso site!


Além da coceira genital, quais sintomas podem estar presentes?


A coceira genital pode ser acompanhada de diversos sintomas adicionais, que variam conforme a causa subjacente, como por exemplo:


  • Vermelhidão e inchaço: normalmente indicam inflamação ou irritação na área genital;
  • Corrimento vaginal anormal: pode apresentar odor forte, cor alterada ou textura diferente;
  • Dor ao urinar: é comum em infecções urinárias ou irritações locais;
  • Dor no sexo: pode ser observada em diversos casos, tornando o ato desconfortável;
  • Pequenas bolinhas ou lesões: indicam possíveis infecções ou condições dermatológicas.


Como realizamos o diagnóstico dessa condição?


Realizamos o diagnóstico da coceira vaginal por meio de uma avaliação clínica, que geralmente inclui história clínica e exame ginecológico completo.


Durante esse exame, podemos utilizar um espéculo para visualizar o canal vaginal e o colo do útero, permitindo a inspeção da mucosa e a identificação de sinais de inflamação, infecção ou outras anomalias.


Além disso, podemos empregar a vulvoscopia para examinar mais minuciosamente a vulva e a região ao redor, auxiliando na identificação de condições como líquen ou verrugas genitais.


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Em alguns casos, iremos coletar amostras de secreção vaginal para análise laboratorial, a fim de identificar a presença de infecções fúngicas, bacterianas ou outras condições.


Quais são as opções de tratamento para a coceira genital?


O tratamento da coceira genital vai depender da sua causa.


Por exemplo, em casos de infecções fúngicas, como a candidíase, recomendamos o uso de antifúngicos tópicos, como cremes ou supositórios vaginais, ou antifúngicos orais.


Esses tratamentos ajudam a eliminar o fungo Candida albicans, proporcionando alívio dos sintomas como coceira, ardência e corrimento branco espesso.


Para infecções bacterianas, como a vaginose bacteriana, o tratamento envolve o uso de antibióticos específicos para eliminar as bactérias prejudiciais à flora vaginal.


Em situações mais específicas, como na tricomoníase ou gonorreia, o tratamento pode incluir antibióticos ou antivirais, visando a erradicação completa dos patógenos causadores.


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Já quando a coceira é resultado de alergias ou irritações, o foco do tratamento está em evitar produtos que causem desconforto, como sabonetes com fragrâncias ou tecidos sintéticos, além de manter a região limpa e seca.


Por fim, no caso de sintomas relacionados à menopausa, podemos indicar o uso de estrogênio local ou lubrificantes para aliviar o ressecamento vaginal e a coceira. O uso de laser ou radiofrequência é uma possibilidade em alguns casos.


Quando devo procurar a ginecologista?


É comum que muitas mulheres tentem resolver a coceira vaginal com soluções caseiras, mas a orientação médica é sempre a melhor escolha.


Então, se a coceira persistir por vários dias ou vier acompanhada de outros sintomas, como dor pélvica, febre ou sangramentos anormais, é importante marcar um encontro com a ginecologista o quanto antes.


Somente a especialista está habilitada para realizar um exame físico detalhado e solicitar exames complementares para identificar com precisão a causa da coceira.


Dessa forma, o tratamento será adequado e eficaz, proporcionando alívio seguro e duradouro.


Então, não hesite em buscar ajuda profissional para cuidar da sua saúde íntima.



Em caso de coceira genital persistente, agende sua consulta com a especialista em saúde da mulher e evite complicações!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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