Embora não seja uma doença, é importante entender que a densidade mamária pode ser um fator de risco para o câncer de mama.
Isso significa que, além da mamografia, outras formas de rastreamento e acompanhamento podem ser necessárias.
Assim, pacientes com mamas densas devem manter um acompanhamento regular com a ginecologista e estar bem informadas sobre as melhores práticas de monitoramento e prevenção.
A mama densa é uma condição em que o tecido mamário apresenta uma maior proporção de componentes glandulares e fibrosos em relação ao tecido adiposo (gordura).
A densidade mamária é determinada pela proporção desses tecidos.
Em mamas densas, há uma maior quantidade de tecido glandular e fibroso em comparação ao tecido adiposo.
Essa densidade pode ser observada em mulheres de diferentes idades, embora seja mais comum em mulheres jovens, especialmente antes da menopausa e em mulheres que nunca amamentaram.
Com o envelhecimento, ocorre um processo natural de substituição do tecido glandular por gordura, resultando em mamas menos densas.
A avaliação da densidade mamária é realizada principalmente por meio da mamografia, um exame de imagem que utiliza radiação para obter imagens detalhadas das mamas.
Durante a mamografia, a mama é comprimida para permitir a obtenção de radiografias de alta qualidade.
A partir dessas imagens, analisamos a composição do tecido mamário e classificamos a densidade em categorias específicas.
Uma classificação comum é a do Breast Imaging Reporting and Data System (BI-RADS), que categoriza a densidade mamária em quatro tipos:
Diversos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição, confira abaixo:
Estudos indicam que mulheres com mamas densas apresentam um risco até cinco vezes maior de desenvolver o câncer de mama em comparação àquelas com mamas menos densas.
Embora a razão exata para esse aumento de risco não seja completamente compreendida, acredita-se que a maior quantidade de tecido glandular possa favorecer o surgimento de células cancerígenas.
Além disso, a densidade mamária elevada pode dificultar a detecção precoce de tumores em exames de mamografia, uma vez que tanto o tecido denso quanto os tumores malignos aparecem em tonalidades semelhantes nas imagens.
Mulheres com mamas densas devem, de fato, ter acompanhamento médico mais rigoroso devido ao risco aumentado de câncer de mama associado a essa condição.
Como vimos, a densidade mamária alta caracteriza-se por uma maior quantidade de tecido fibroglandular e menor quantidade de gordura na mama, o que pode dificultar a detecção de anomalias em exames de mamografia.
Isso porque tanto o tecido denso quanto os tumores aparecem com tonalidades semelhantes nas imagens.
Dessa forma, a sensibilidade da mamografia fica reduzida em mulheres com mamas densas, o que pode aumentar o risco de diagnósticos tardios.
Por isso, é fundamental que mulheres com mamas densas recebam orientações específicas e sejam encaminhadas para a realização de exames adicionais.
Além da mamografia, podemos recomendar a ultrassonografia ou a ressonância magnética, para uma avaliação mais detalhada.
Esses exames são capazes de identificar anomalias que podem não ser visíveis na mamografia, oferecendo uma análise mais precisa.
Além disso, precisamos individualizar o acompanhamento médico, levando em consideração outros fatores de risco, como histórico familiar de câncer de mama, fatores hormonais e idade.
Atualmente, não há tratamentos específicos comprovados para reduzir a densidade mamária.
Entretanto, podemos adotar algumas estratégias para ajudar a gerenciar os riscos associados à densidade mamária, como, por exemplo:
Mudanças no estilo de vida
Mantenha um peso saudável, já que o excesso de gordura corporal pode influenciar os níveis hormonais.
Além disso, procure limitar o consumo de álcool, que está associado a um maior risco de câncer de mama.
Também pratique atividade física regularmente, pois isso pode ajudar a equilibrar os hormônios e reduzir riscos.
Acompanhamento médico
Em casos específicos, como mulheres com alto risco de câncer de mama, podemos recomendar medicamentos como moduladores seletivos dos receptores de estrogênio (SERMs) ou inibidores de aromatase.
Esses medicamentos podem reduzir o risco de câncer, mas não alteram diretamente a densidade mamária.
Exames complementares
Como mencionamos, para mulheres com mamas densas, podemos sugerir exames adicionais, como ultrassonografia mamária ou ressonância magnética, para melhorar a detecção de possíveis anormalidades que possam ser mascaradas pela densidade.
É importante reforçar que a densidade mamária em si não é uma doença, mas pode aumentar a dificuldade de detectar lesões na mamografia e está associada a um risco ligeiramente maior de câncer de mama.
Portanto, o acompanhamento regular com a ginecologista é essencial para monitorar a saúde mamária e discutir as melhores estratégias de prevenção e detecção precoce.
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Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
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