Será que realmente funciona? A partir de quando eles mostram o resultado correto? Então, vamos abordar o assunto neste texto!
Inicialmente, precisamos relembrar algumas informações importantes sobre como a gestação se inicia.
Para que ocorra a possibilidade de fecundação, além da mulher ter tido uma relação sexual sem que use métodos contraceptivos, é preciso que ela tenha ovulado. O coito deve acontecer de 24-48h antes ou depois da ovulação.
A ovulação é a fase do ciclo menstrual em que o ovário libera o óvulo, ou ovócito, a célula reprodutora feminina. Ela ocorre, normalmente, na metade do ciclo menstrual.
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Então, o ovócito é captado pelas fímbrias, porção final da tuba, e segue até a região média da trompa, onde geralmente se encontra com o espermatozóide. A seguir, o ovo fertilizado migra em direção ao útero, onde deve se implantar.
A partir deste momento, o embrião e depois a placenta passam a liberar um hormônio conhecido como hCG (gonadotrofina coriônica humana), fundamental para manter a gestação.
Normalmente, esta liberação aumenta nas primeiras semanas da gravidez até que atinge um nível estável por volta da 10ª semana e depois diminui lentamente, mas ainda se mantém elevado ao longo de toda gestação.
Esta informação é importante, pois é exatamente a partir da medição das dosagens de hCG (seja no exame de sangue ou de urina) que podemos concluir que a mulher está grávida.
Então, o hCG costuma estar presente no sangue e na urina em quantidades identificáveis por exames mais sensíveis cerca de 8 a 10 dias após o início da gestação.
Aqui, ressaltamos que os exames de sangue são mais sensíveis e confiáveis que os de urina (farmácia).
Os testes de farmácia detectam a presença do hCG na urina e, dependendo da marca, podem ser mais ou menos sensíveis, isto é, capazes de detectar quantidades bem pequenas ou um pouco maiores de hCG.
Normalmente, com os testes mais sensíveis é possível identificar uma gestação cerca de 12 dias após a fecundação, ou seja, muito próximo da data em que a mulher ficaria menstruada.
No entanto, as chances de erro nestes casos são elevadas, pois nosso corpo não é uma máquina exata, além de ser difícil saber ao certo o nível de sensibilidade de cada teste.
Por isso, o ideal é realizar um teste de gravidez de farmácia a partir do primeiro dia do atraso menstrual, ou seja, cerca de 15 dias após a data prevista para a ovulação.
Apesar de parecer pouco, a liberação do HCG costuma até dobrar a cada 2 ou 3 dias, ou seja, esse pequeno intervalo pode fazer toda a diferença no resultado do teste.
Então, se o teste der positivo, as chances da mulher realmente estar grávida são muito grandes. No entanto, se der negativo, ainda assim essa possibilidade existe.
Isso porque, como falamos, nem nosso corpo nem os testes de farmácia funcionam com tanta precisão. Assim, pode ocorrer da mulher estar grávida, mas ainda com níveis baixos do hCG no corpo, não identificáveis pelo exame de urina.
O exame de sangue é aquele que possui maior sensibilidade para detectar o hCG no corpo, quando comparado aos testes de farmácia.
Estes exames são classificados como positivos nos casos em que a quantidade do hormônio no sangue seja igual ou maior que 25 IU/l. Para se ter uma ideia, mulheres não grávidas costumam ter uma quantidade de hCG igual ou menor que 5 IU/l.
Existem ainda dois tipos de exames de sangue que podemos solicitar, o qualitativo ou quantitativo.
O exame qualitativo apenas traz a informação se a paciente está ou não grávida (negativo ou positivo).
Já o quantitativo traz a concentração do hCG no sangue, o que pode ser muito útil para inferirmos qual o tempo de gestação ela se encontra ou até mesmo levantarmos a hipótese de uma gestação gemelar.
Dessa forma, fica evidente que os testes de farmácia, apesar de serem muito práticos e acessíveis, apresentam algumas limitações.
Outro fato importante é que o hCG não aumenta somente na gravidez. Alguns tipos de câncer, como subtipos de câncer de ovário, câncer associado à placenta ou doença trofoblástica, ou mesmo neoplasias de pulmão ou colo uterino podem produzir hCG.
Então, se você tem certeza de que não está grávida, precisa ser avaliada quanto a estas outras possibilidades.
Assim, caso você queira uma resposta certa, o ideal será consultar sua Ginecologista e ter seu caso avaliado.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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