O uso de substâncias tóxicas, como o álcool e o tabaco, é uma realidade para muita gente.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabagismo é uma doença causada pela dependência da nicotina que deve ser considerada uma pandemia e precisa ser combatida.

A OMS também afirma que esta dependência mata mais de 8 milhões de pessoas por ano, sendo considerada a principal causa de mortes evitáveis em todo o mundo, já que está associada ao maior risco de desenvolvimento de diversos problemas de saúde.

No nosso país, estima-se que cerca de 157 mil pessoas por ano morram precocemente graças às doenças causadas pelo tabagismo.

Fumar pode causar cerca de 50 enfermidades, sendo as principais:

• Impotência sexual no homem;
• Infertilidade na mulher;
• Menopausa precoce;
• Complicações na gravidez;
• Diversos tipos de câncer (pulmão, laringe, faringe, esôfago, estômago, pâncreas, fígado, rim, bexiga, colo de útero, leucemia);
• Doenças do aparelho respiratório (enfisema pulmonar, bronquite crônica, asma, infecções respiratórias);
• Doenças cardiovasculares (angina, infarto agudo do miocárdio, hipertensão arterial, aneurismas, acidente vascular cerebral, tromboses).

Além destas consequências à saúde, o tabagismo também traz efeitos estéticos deletérios, por exemplo, amarelamento de dentes, mau hálito, envelhecimento precoce e formação de manchas e rugas na pele.

Outro ponto a considerar é que pessoas que fumam possuem qualidade de vida inferior em comparação às que não fumam.

Isso porque, a dependência gera menor resistência física e fôlego, bem como pior desempenho na vida sexual.

Aqui, devemos ressaltar que não só o cigarro padrão é considerado vilão. O cigarro eletrônico e a maconha também trazem diversos malefícios.

Além disso, é preciso considerar não somente os danos para a saúde dos fumantes diretos, mas também para as pessoas expostas ao fumo passivo.

Temos um artigo que aborda mais sobre o tabagismo e você pode ler clicando aqui.

Consumo de álcool



A maior parte das pessoas consome álcool de modo eventual e passa longe de ser considerado um problema de saúde.

Entretanto, mesmo nestes casos pode haver prejuízos. É preciso alertar que não existe dose de álcool que seja considerada segura, pois mesmo pequenas doses (varia conforme a susceptibilidade individual) já podem levar a redução no nível de atenção, quedas e acidentes de trânsito.

O consumo de álcool em excesso (seja o consumo diário ou aquele consumo frequente em maior quantidade) também é um grande vilão para nossa saúde e bem-estar.

De acordo com um estudo da OMS, cerca de 85 mil mortes por ano são atribuídas ao uso de álcool nas Américas, onde o consumo per capita é 25% superior à média global.

Entre os prejuízos do álcool para a saúde:

• Sobrecarga do fígado, causando cirrose em casos mais avançados;
• Pico de açúcar e falta de nutrientes no sangue, dificultando o controle de diabetes e emagrecimento, por exemplo;
• Dilatação dos vasos sanguíneos, podendo ocasionar varizes e outros problemas;
• Alterações cardiovasculares, com risco de infarto e acidente vascular cerebral;
• Redução da imunidade.

Além disso, o alcoolismo prejudica também nosso metabolismo, sono, humor, a capacidade cognitiva e motora, além de influenciar negativamente as nossas relações interpessoais.

O uso de substâncias tóxicas e a gestação

Neste ponto, não podemos deixar de abordar os malefícios do uso de substâncias tóxicas durante a gestação.

Fumar ou beber neste período traz uma série de riscos para a gestante e o bebê, por exemplo:

• Nascimentos prematuros;
• Bebês de baixo peso;
• Mortes fetais e de recém-nascidos;
• Gravidez tubária;
• Abortos espontâneos;
• Descolamento prematuro da placenta;
• Placenta prévia.

Além disso, o consumo de álcool pode levar à Síndrome Alcoólica Fetal, ou seja, danos no sistema nervoso central do feto causando retardo mental e anomalias congênitas.

Já o tabaco pode gerar uma redução do calibre das vias aéreas do feto, o que leva a uma redução da sua função pulmonar.

Dessa maneira, filhos de mulheres que fumam ou bebem costumam adoecer mais do que os filhos de gestantes que não consomem substâncias tóxicas.

Outro ponto importante é que a mulher que fuma ou bebe durante a amamentação também passa a nicotina ou álcool para a criança pelo leite materno.

A recomendação é não consumir nenhuma quantidade de álcool ou tabaco, já que ainda não existem estudos que tragam a existência de uma quantidade segura de ingestão.

Busque tratamento adequado!

Caso você tenha um problema com álcool ou tabaco, é preciso procurar ajuda para conseguir lidar com o vício.

Tratamentos, geralmente, levam tempo, podem ter diferentes abordagens e demandam muitas tentativas. Por isso, ter paciência e obter apoio de outras pessoas é uma parte importante para alcançar seus objetivos.

Além disso, algumas medicações podem ser prescritas para ajudar no processo de cessação do tabagismo ou álcool.

O uso de medicamentos somando a terapias de aconselhamento, individual ou em grupo, trazem efeitos mais benéficos e duradouros que as tentativas individuais.

É válido também ter metas pessoais em relação ao uso de substâncias de modo a iniciar esta mudança em sua vida.

Por exemplo: “Vou trocar meu cigarro da manhã por goma de mascar (de nicotina) pelo menos 5 dias nesta semana durante as próximas quatro semanas.”

Caso você esteja em um momento da sua vida no qual esta é uma questão a ser olhada com atenção, não deixe de procurar ajuda de especialistas.

Assim, a jornada para o abandono do vício pode ser menos difícil e você poderá observar aos poucos as diversas melhorias na sua saúde e bem-estar.

Não tenha vergonha de se cuidar e procurar tratamento adequado. 

Eu entendo que pode ser um pouco desestimulante, principalmente se você já tentou e falhou outras vezes, mas sempre podemos tentar de novo.