Esta é uma fase de transição muito especial na vida das meninas. Para muitas, esse período de transformação e descobertas é uma jornada interessante rumo à maturidade.
Porém, quando a puberdade começa mais cedo, surgem questões e desafios que merecem atenção.
Ao vivenciarem a puberdade antes do esperado, as meninas podem se deparar com uma série de experiências que impactam não apenas seus corpos em desenvolvimento, mas também suas vidas sociais e emocionais, com perda de anos importantes no final da infância.
Assim, num momento tão delicado, é importante oferecer suporte, orientação e o tratamento adequado, evitando efeitos negativos no crescimento e na vida dessa jovem.
A puberdade é um período que marca a transição da infância para a fase adulta, sendo essa passagem caracterizada por alterações marcantes no corpo.
Durante esse período, ocorrem alterações hormonais que desencadeiam o desenvolvimento de características sexuais secundárias, como o crescimento de pelos e seios, além do alargamento dos quadris nas meninas.
A idade de início da puberdade pode variar, mas geralmente ocorre durante a adolescência, entre os 8 e 13 anos.
O primeiro sinal de puberdade é a telarca, que corresponde ao surgimento do broto mamário. Sua ocorrência antecede a menarca, a primeira menstruação, em aproximadamente 2 anos.
Isso não quer dizer que as meninas da mesma faixa etária experimentarão necessariamente as mesmas etapas desse processo ao mesmo tempo.
Então, algumas jovens podem manifestar um desenvolvimento corporal mais avançado do que outras, mesmo compartilhando a mesma idade cronológica.
Essas diferenças podem ser atribuídas a uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais e de saúde que influenciam o ritmo e a extensão das mudanças físicas associadas à puberdade.
Como vimos, a puberdade inicia-se para as meninas entre os 8 e 13 anos.
Porém, quando esse processo se desencadeia antes dos 8 anos, caracterizamos como puberdade precoce.
Embora a puberdade precoce possa ocorrer em ambos os sexos, é mais frequentemente observada em pacientes do sexo feminino.
De acordo com pesquisas na área da endocrinologia pediátrica, estima-se que a puberdade precoce ocorra de 10 a 23 vezes mais no grupo feminino.
Esse fenômeno decorre do aumento prematuro dos hormônios sexuais, cujas origens podem ser diversas.
As causas dessa condição são variadas e incluem:
Os impactos da puberdade precoce não afetam apenas o crescimento físico, mas também o desenvolvimento emocional e social das meninas.
Assim, é imprescindível que os responsáveis estejam atentos à necessidade de avaliação e tratamento médico adequado.
Os sintomas da puberdade precoce incluem o desenvolvimento de características sexuais secundárias antes do esperado para a faixa etária.
Aqui estão alguns dos sintomas associados à puberdade precoce em meninas:
A identificação antecipada desses sinais é fundamental para tomar as devidas providências e evitar complicações.
A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional de São Paulo ressalta que a demora no diagnóstico, associada ao avanço da idade óssea da criança, pode resultar, por exemplo, na perda de estatura, entre outros impactos.
O diagnóstico e tratamento da puberdade precoce demandam uma abordagem abrangente. Cada caso é singular, requerendo uma tratativa personalizada.
Ademais, a colaboração estreita com pais ou responsáveis é importante para garantir uma resposta satisfatória.
No processo diagnóstico, um exame físico minucioso é conduzido para observar o desenvolvimento sexual e características físicas, enquanto exames laboratoriais, incluindo testes hormonais, podem ser realizados para avaliar os níveis de hormônios essenciais.
Além disso, podemos solicitar imagens como ressonância magnética ou tomografia computadorizada para visualizar a região hipotalâmica e hipofisária.
O tratamento da puberdade precoce envolve uma avaliação médica para identificar a causa e determinar o estágio de desenvolvimento da paciente.
Em muitos casos de puberdade precoce central (atividade hormonal prematura no hipotálamo e na glândula pituitária), a terapia hormonal é usada para retardar o desenvolvimento sexual.
O acompanhamento regular é essencial para monitorar o progresso do tratamento, ajustar dosagens de medicamentos e lidar com efeitos colaterais.
Entretanto, se uma condição médica for identificada, como um tumor ou uma anomalia no sistema endócrino, o tratamento pode incluir cirurgia, medicamentos ou outros tipos de intervenções.
Além disso, um acompanhamento psicológico pode ser necessário para ajudar a menina a lidar com as transformações precoces em seu corpo.
É fundamental ressaltar que, caso a puberdade precoce não seja tratada corretamente, pode ter várias consequências para as meninas, tanto no curto quanto no longo prazo, como:
Assim, ao identificar sinais de puberdade precoce em uma menina sob sua responsabilidade, agende uma consulta com a especialista em saúde da mulher imediatamente!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
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