Caracterizada por uma combinação de sintomas severos que podem incluir febre repentina e dificuldade respiratória, esta síndrome é desencadeada pela produção de toxinas bacterianas que resultam na liberação de citocinas e células inflamatórias no organismo.
Geralmente associada à bactéria Staphylococcus aureus ou estreptococos do grupo A, a síndrome tem uma propensão particular a afetar mulheres que utilizam absorventes internos por longos períodos.
Assim, a rápida identificação e intervenção são cruciais no tratamento, pois a condição pode evoluir rapidamente e se transformar em uma emergência médica potencialmente fatal.
A síndrome do choque tóxico ocorre quando toxinas produzidas por certas bactérias causam uma reação sistêmica no corpo.
Essa condição está intimamente ligada ao uso prolongado de absorventes internos por algumas mulheres durante seus ciclos menstruais.
Então, o ambiente úmido e escuro dentro do corpo, criado pelo uso prolongado desses dispositivos, pode, em algumas circunstâncias, permitir o crescimento excessivo da bactéria Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes, que produzem toxinas capazes de desencadear o choque tóxico.
Essas toxinas são absorvidas pela corrente sanguínea, desencadeando uma resposta inflamatória em todo o corpo.
Além disso, o problema também pode ser resultado do uso do diafragma ou coletor menstrual ou de complicações de outras condições, não necessariamente associadas ao sistema reprodutor feminino e uso de absorvente interno, por exemplo:
Os principais indicativos da síndrome do choque tóxico abrangem:
Dessa forma, pacientes que apresentam sintomas suspeitos devem ser hospitalizados imediatamente.
A ajuda médica é essencial, pois o choque tóxico pode levar a situações mais severas como comprometimento musculares e renais, rápida deterioração da função hepática, insuficiência cardíaca ou respiratória e ocorrência de convulsões, podendo levar à morte se não for imediatamente tratada.
O diagnóstico da síndrome é desafiador devido à sua raridade e à sobreposição de sintomas com outras condições médicas.
Assim, o profissional de saúde responsável deverá constatar a presença dos sintomas relacionados à síndrome do choque tóxico e coletará informações sobre o histórico médico da paciente, incluindo qualquer doença recente, uso de absorventes internos ou realização de cirurgias.
Exames de sangue podem ser realizados para avaliar os níveis de algumas substâncias, auxiliando assim na confirmação do diagnóstico, pois a síndrome do choque tóxico frequentemente causa disfunção de múltiplos órgãos.
Em alguns casos, coleta-se também amostras de tecido ou fluidos corporais para culturas bacterianas.
Ademais, exames de imagem, como radiografias ou tomografias, podem ser realizados para avaliar a função de órgãos específicos e identificar possíveis complicações.
O tratamento dessa condição deve ocorrer imediatamente no ambiente hospitalar, visando prevenir possíveis complicações graves.
A terapia abrange várias estratégias, todas direcionadas a controlar os sintomas e interromper a progressão da síndrome:
Administração de antibióticos
Antibióticos são administrados por via intravenosa para combater a infecção bacteriana e a escolha dos medicamentos é baseada nos agentes infecciosos identificados, frequentemente Staphylococcus aureus ou Streptococcus pyogenes.
Estabilização da Pressão Arterial
Medicamentos específicos são usados para regular a pressão arterial, uma vez que a hipotensão é um sintoma característico da síndrome do choque tóxico.
Hidratação
Fluidos intravenosos são fornecidos para manter o equilíbrio hídrico do paciente e prevenir a desidratação, que pode ocorrer devido à febre e à perda de líquidos;
Suporte Respiratório
Se necessário, deve-se administrar oxigênio adicional para auxiliar a função respiratória e manter níveis adequados de oxigênio no sangue.
Intervenções Cirúrgicas
Em casos mais críticos, realizam-se procedimentos cirúrgicos para drenar e remover áreas infectadas, a fim de prevenir a disseminação da infecção.
Prevenir a síndrome do choque tóxico requer ações que visam reduzir os riscos associados ao seu desenvolvimento.
Então, a fim de evitar a criação de um ambiente propício ao crescimento bacteriano, do ponto de vista da mulher usuária do dispositivo, é essencial trocar o absorvente interno regularmente.
A recomendação geral é substituí-lo a cada 4 a 8 horas, ajustando essa frequência de acordo com o fluxo menstrual individual.
Além disso, optar por absorventes internos de menor absorção ou por alternativas, como o coletor menstrual, pode contribuir para reduzir os riscos de desenvolver a síndrome do choque tóxico.
É importante ressaltar que a síndrome do choque tóxico relacionada ao uso de absorventes internos é uma ocorrência rara e a grande maioria das mulheres que os utilizam não desenvolve o problema.
Entretanto, devido à gravidade potencial dessa condição, aconselhamos que você siga práticas de higiene apropriadas e que busque ajuda médica imediata em caso de qualquer sintoma suspeito.
Em caso de dúvidas sobre essa condição ou qualquer outra questão relacionada a sua saúde, agende uma consulta com a ginecologista!
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