Ao identificar uma gestação de alto risco, a execução do pré-natal de alto risco será essencial e poderá fazer toda diferença na vida da mãe e do bebe.
Durante a gravidez, as consultas de pré-natal são essenciais para prevenir ou diagnosticar precocemente doenças da mãe e do neném.
Este momento é extremamente importante para todas as gestantes. No entanto, é ainda mais essencial para algumas mulheres que possuem doenças que podem se agravar durante a gestação ou que venham a desenvolver problemas nesse período.
Diante de uma gestação de alto risco, ou seja, uma gravidez que oferece riscos adicionais para a vida da mãe e do neném, a gestante deverá ter um acompanhamento pré natal de alto risco também, o que significa consultas mais frequentes e, provavelmente, realização de mais exames.
É válido frisar que grande parte das complicações que ocorrem durante a gravidez, parto e puerpério podem ser prevenidas ou tratadas com a devida ação dos profissionais da saúde.
Dessa forma, podemos atuar para possibilitar um desenvolvimento saudável do bebê e reduzir os riscos para a mulher.
Existem diversos fatores que podem gerar um risco gestacional, sendo que alguns podem existir ainda antes da ocorrência da gravidez.
No entanto, outros fatores podem surgir depois que a gestação já iniciou e, em ambos os casos, a pronta atuação da equipe pré natal será essencial.
De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia ( Febrasgo ), os marcadores e fatores de risco gestacionais presentes anteriormente à gestação se dividem em:
Além destes fatores pré existentes na mulher, existem aqueles que podem surgir no decorrer da gestação:
Nem todos os fatores citados irão demandar cuidados intensivos desde o começo, mas certamente irão ligar o botão de alerta da equipe que te acompanha.
Para quem tem condições prévias desfavoráveis, sejam sócio-econômicas ou médicas, tem ainda mais necessidade de iniciar o acompanhamento antes de engravidar .
Durante o pré natal, a médica Obstetra estará atenta à existência desses fatores de riscos e deverá ser capaz de diagnosticá-los dinamicamente.
Isso porque, dessa maneira, ela poderá determinar o momento em que a gestante necessitará de assistência especializada e/ou de consultas com outros profissionais, bem como inserir os tratamentos necessários, indicar repouso hospitalar ou mesmo orientar antecipação do parto.
O intervalo das consultas pré-natal serão definidas pela Obstetra conforme o fator de risco identificado e a condição de saúde da mãe e do neném.
Essas consultas são essenciais para avaliar a evolução do quadro e, quando necessário, atuar de modo a evitar um resultado desfavorável.
Nestas consultas, faremos uma avaliação clínica e obstétrica completa, às vezes serão solicitados exames de imagem ou laboratoriais, de modo a examinar as condições de saúde da mãe e do bebe e os possíveis agravos do quadro da paciente.
A avaliação obstétrica consiste no acompanhamento da evolução da gravidez com análise dos parâmetros obstétricos: ganho de peso, pressão arterial, batimentos cardíacos do bebê e crescimento uterino.
Neste ponto, avaliar o crescimento e as condições de vitalidade e maturidade do feto são fundamentais.
Outro ponto essencial a ser considerado é a repercussão da gravidez sobre as condições clínicas da gestante .
Ou seja, buscaremos avaliar como está a adaptação do organismo da mãe à gestação e quais os possíveis agravos.
Além de todas estas avaliações, durante o pré-natal de alto risco será preciso executar uma série de exames para avaliar o quadro clínico da mãe e do neném.
Em alguns casos, pode ser necessário repouso absoluto ou até a internação da gestante de modo a possibilitar um acompanhamento mais intenso.
Além disso, devemos lembrar que uma gestação que está se desenvolvendo bem pode se tornar de risco a qualquer momento.
Dessa maneira, será preciso reclassificar o risco a cada consulta pré natal e também durante o trabalho de parto.
A indicação da via de parto e o momento ideal para tal é ainda um grande desafio vivido pela obstetra.
Isso porque, não temos uma resposta exata para essa questão e a decisão deve ser tomada de acordo com cada caso.
Todavia, devemos lembrar que uma gravidez de risco não implica necessariamente em uma cesariana.
Diversas são as situações nas quais é possível ter um parto vaginal, seja ele induzido ou espontâneo.
Assim, caberá a você e sua equipe definirem a melhor via de parto, bem como o melhor momento para isso.
Diversos serão os critérios utilizados para esta indicação, por exemplo:
Será importante também levar em consideração o estado emocional da mãe. Assim, devemos avaliar se existem fatores psíquicos preexistentes e atuais.
Normalmente, uma gestação de alto risco gera ansiedade de forma crescente e dificuldades de adaptação emocional.
Neste momento, a mãe pode experimentar baixa autoestima e sentimento de impotência, principalmente se a hospitalização for necessária.
Desta forma, todas estas questões deverão ser levadas em consideração pela obstetra e toda equipe responsável pelos cuidados com a gestante.
Além disso, será essencial manter a gestante e sua família informadas do quadro clínico da mãe e do neném, de todos os riscos associados, bem como de suas possíveis escolhas.
Após uma gravidez de alto risco, os cuidados geralmente serão mantidos nas primeiras semanas após o parto. O período do puerpério também exigirá atenção e podem ser necessárias mais consultas com a obstetra e pediatra do que ocorreria em uma situação normal.
Como vimos, a gravidez de alto risco pode ocorrer por problemas de saúde que a mulher tinha antes da concepção, ou podem se devolver durante a gestação.
Ao identificar uma gestação de alto risco, será essencial contar com uma equipe médica especializada em Alto Risco e de confiança, para te dar as orientações e apoio que você e sua família necessitam neste momento.
Então, caso você seja gestante, não deixe de fazer o pré-natal e siga todas as orientações de sua obstetra.
Além disso, esteja atenta aos sinais do seu corpo e, em caso de necessidade, procure ajuda médica o mais rápido possível.
O post Entenda o pré-natal de alto risco apareceu primeiro em Dra Juliana Teixeira Ribeiro.
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