Este período, que geralmente ocorre por volta dos 40 anos, pode ser acompanhado de uma série de mudanças tanto físicas quanto emocionais.
É importante lembrar que a pré-menopausa é um processo natural e não uma doença.
Portanto, o foco do diagnóstico está mais no manejo dos sintomas e na preparação para a transição completa para a menopausa.
Com recomendações personalizadas baseadas no quadro de saúde da paciente, seus sintomas e preferências pessoais, ela poderá navegar por essas mudanças com maior conforto e entendimento.
Com o aumento da expectativa de vida brasileira espera-se que as mulheres passem cerca de ⅓ a ½ das suas vidas após a transição menopausal e menopausa propriamente dita e é muito importante garantir que esses anos sejam proveitosos e com saúde.
A pré-menopausa, também conhecida como climatério, é a fase que antecede a menopausa, marcando a transição gradual para o fim da vida reprodutiva da mulher.
Durante a pré-menopausa, os ovários gradualmente produzem menos estrogênio, o que leva a alterações nos ciclos menstruais que podem se tornar mais irregulares e variar em frequência e intensidade.
Este período pode começar vários anos antes da menopausa, que é oficialmente reconhecida quando uma mulher não teve um período menstrual por 12 meses consecutivos.
Assim, geralmente, o climatério ocorre em mulheres entre os 40 e 48 anos.
Os sintomas mais comuns da pré-menopausa incluem:
Estes sintomas são comuns, mas nem todas as mulheres os experimentam da mesma forma ou simultaneamente.
A pré-menopausa é um período de flutuações hormonais, e os ciclos menstruais podem se tornar irregulares, mas isso não elimina completamente a possibilidade de ovulação.
Assim, embora a fertilidade comece a diminuir à medida que uma mulher se aproxima da menopausa, ela ainda pode ovular e, consequentemente, conceber até que a menopausa seja completamente estabelecida.
Entretanto, é importante frisar que a capacidade de engravidar naturalmente diminui com a idade, especialmente após os 35 anos, devido à redução na quantidade e qualidade dos óvulos.
Além disso, as taxas de complicações na gravidez e de condições genéticas, como a síndrome de Down, aumentam com a idade materna.
Se você quer conhecer os cuidados necessários para uma gravidez depois dos 35 anos, acesse esse artigo em nosso blog!
Portanto, para aquelas que desejam engravidar, aconselhamos consultar a ginecologista para discutir as opções e os riscos associados à gravidez nessa fase da vida.
A pré-menopausa pode afetar a vida sexual e o bem-estar da mulher de diversas maneiras, devido às flutuações hormonais e às mudanças físicas e emocionais que ocorrem nesta fase.
Aqui estão alguns dos impactos mais importantes:
Vida sexual
Saúde física
Saúde emocional e bem-estar
O diagnóstico da pré-menopausa, geralmente, se baseia em uma combinação de avaliações clínicas e, em alguns casos, exames laboratoriais.
Inicialmente, durante a consulta, avaliamos os sintomas relatados pela paciente.
Também é preciso analisar o histórico médico e familiar da paciente, incluindo a idade em que familiares próximos entraram na menopausa.
Na sequência, realizamos um exame físico para identificar mudanças típicas do climatério, como alterações na distribuição de gordura e na saúde da pele e tecidos mamários.
Embora não exista um exame de sangue único que confirme a pré-menopausa, certos testes são úteis para avaliar os níveis de hormônios reprodutivos.
O teste mais frequente mede os níveis de hormônio folículo-estimulante (FSH), que tendem a aumentar conforme os ovários reduzem sua atividade e a produção de estrogênio diminui.
Exames adicionais podem incluir a medição dos níveis de estrogênio, bem como testes de função tireoidiana, que podem influenciar os ciclos menstruais.
Os tratamentos para a menopausa focam em aliviar os sintomas e prevenir problemas de saúde a longo prazo decorrentes da queda nos níveis hormonais.
Uma das principais abordagens é a Terapia de Reposição Hormonal (TRH), que repõe estrogênio para mitigar sintomas relacionados a esse período. Nas mulheres que possuem útero, a reposição de progesterona também é necessária, para contrabalançar os efeitos do estrogênio sobre o endométrio.
Porém, é importante considerar que o uso desses hormônios envolve riscos, bem como indicações e contra indicações específicas.
Assim, além dos tratamentos hormonais, existem alternativas não hormonais disponíveis, incluindo antidepressivos, fitoestrogênios (como os encontrados na soja) e inibidores de serotonina.
Ademais, lubrificantes e hidratantes vaginais podem aliviar a secura vaginal, enquanto recomendamos suplementos de cálcio e vitamina D para fortalecer os ossos.
Reforçamos também que adotar um estilo de vida saudável é muito importante.
Uma dieta balanceada, exercícios regulares, evitar tabaco e álcool, e manter um peso saudável são essenciais para gerenciar os sintomas e prevenir doenças cardíacas e osteoporose.
Por fim, o aconselhamento psicológico pode ser uma ferramenta valiosa para lidar com as mudanças de humor e os desafios emocionais associados ao climatério e à menopausa.
Uma mentalidade positiva com relação a esta nova fase da vida, considerando os seus benefícios mais que os seus desconfortos, é fundamental para passar por mais esta transição da melhor forma possível.
No nosso blog, temos um artigo completo com dicas para se adaptar à menopausa, acesse e saiba mais!
Diante dessas opções, é fundamental que a paciente converse com a ginecologista para encontrar a abordagem mais adequada, segura e personalizada para suas necessidades.
Então, caso você já esteja na pré-menopausa ou deseje se preparar melhor para esse período, agende uma consulta com a especialista o quanto antes!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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