Causada pela bactéria Haemophilus ducreyi, esta doença é conhecida por suas úlceras dolorosas.
A transmissão, geralmente, acontece quando a secreção da úlcera entra em contato com a mucosa dos órgãos genitais durante a relação sexual.
Porém, apesar do seu nome um tanto alarmante e dos sintomas desconfortáveis, há boas notícias: o cancro mole é curável!
Assim, é importante estar ciente das opções de tratamento e entender por que manter as consultas ginecológicas em dia é essencial.
Acompanhe neste artigo!
O cancro mole, também conhecido como cancroide ou ulceração mole venérea, é uma infecção sexualmente transmissível causada pela bactéria Haemophilus ducreyi.
Ele é caracterizado por feridas dolorosas na região genital. Essas feridas começam como pequenos nódulos que rapidamente se transformam em feridas, as úlceras, que podem sangrar ou produzir um fluido purulento.
Além das úlceras, o cancro mole pode causar linfadenopatia na região inguinal, onde os gânglios linfáticos podem ficar inchados e doloridos.
Os principais sinais do cancro mole incluem:
É importante explicar que o período médio de incubação do cancro mole varia entre 4 a 10 dias, ou seja, os sintomas passam a surgir após esse período a contar do contato com a bactéria.
Entretanto, existem situações em que a lesão pode aparecer já no dia seguinte à exposição, enquanto em outros casos, pode demorar mais de 30 dias para se manifestar.
Caso não receba tratamento, o cancro mole pode levar a quadros mais severos, com dor forte durante relações sexuais, ao urinar e evacuar, além de infecções nas úlceras por outras bactérias, as infecções secundárias.
É essencial buscar tratamento médico adequado ao identificar os sintomas da doença para evitar complicações e garantir a saúde sexual e reprodutiva.
O diagnóstico do cancro mole é realizado, principalmente, através de uma avaliação clínica e testes laboratoriais.
Inicialmente, examinaremos as lesões genitais da paciente, observando características típicas como dor, bordas irregulares e secreção purulenta, que são indicativas desta infecção.
Além do exame físico, avaliamos o histórico sexual da paciente, incluindo exposição a novos parceiros sexuais ou conhecidos por terem ISTs ou sintomas similares.
Então, para confirmar o diagnóstico, é preciso a realização de testes laboratoriais.
Embora a cultura bacteriana possa identificar a bactéria Haemophilus ducreyi, ela é complexa e nem sempre está disponível.
Portanto, frequentemente se opta pelo teste de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), que é mais rápido, sensível e específico, capaz de detectar o DNA da bactéria na amostra coletada da úlcera.
Além disso, como os sintomas do cancro mole podem se assemelhar aos de outras ISTs como a sífilis e o herpes genital, podemos solicitar testes adicionais para excluir outras infecções.
No geral, os indivíduos com esta doença têm um alto risco de contrair sífilis e HIV. Portanto, solicitamos também testes iniciais para essas infecções e, se forem negativos, recomendamos repetí-los após 3 meses.
Sim, o cancro mole tem cura!
O tratamento para essa infecção envolve o uso de antibióticos que sejam eficazes na eliminação da bactéria Haemophilus ducreyi, causadora da doença.
Além disso, caso as lesões estejam causando desconforto, podemos fazer incisões para drená-los.
Contudo, devemos fazer este tratamento somente se a paciente já estiver tomando antibióticos para controlar a infecção.
É importante que o tratamento seja iniciado assim que o diagnóstico for confirmado para evitar a propagação da infecção e reduzir o risco de complicações.
Ademais, recomendamos que todos os parceiros sexuais recentes sejam notificados, examinados e, se necessário, tratados, para evitar a reinfecção e a disseminação da doença.
Durante o tratamento, também aconselhamos que a paciente evite as atividades sexuais até a cura completa das lesões, para garantir a eficácia do tratamento e prevenir a transmissão da infecção a outros parceiros.
Prevenir o cancro mole e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) envolve várias práticas responsáveis e medidas preventivas, entre elas, destacamos:
Uso consistente de preservativos
O uso correto e consistente de preservativos durante todas as formas de atividade sexual (vaginal, anal e oral) é a maneira mais eficaz de reduzir a transmissão de ISTs, incluindo o cancro mole.
Limitação de parceiros sexuais
Reduzir o número de parceiros sexuais pode diminuir o risco de exposição a infecções sexualmente transmissíveis.
Vacinação
Algumas ISTs, como o HPV (papilomavírus humano), podem ser prevenidas através de vacinação.
Embora não exista uma vacina para o cancro mole, vacinar-se contra outras ISTs pode reduzir o risco geral de infecções.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre a vacina do HPV, acesse e saiba mais!
Evitar compartilhar artigos pessoais
Não compartilhar itens que possam estar em contato com fluidos corporais, como toalhas, roupas íntimas ou itens usados durante a atividade sexual.
Tratamento de parceiros sexuais
Se uma pessoa for diagnosticada com uma IST, é importante que todos os parceiros sexuais sejam informados, testados e tratados para evitar a reinfecção.
Além disso, reforçamos a importância de manter consultas e exames ginecológicos regulares.
Essas consultas são fundamentais para o diagnóstico e tratamento precoce de doenças, além de possibilitarem a prevenção de outras condições que afetam a saúde reprodutiva da mulher.
Por fim, caso você perceba qualquer sintoma relacionado ao cancro mole, agende uma consulta com a ginecologista imediatamente e evite complicações!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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