A atividade física regular, alinhada com bons hábitos alimentares, pode trazer muitos benefícios para a saúde da mulher.
Um estilo de vida saudável tem o poder de controlar o peso e o estresse, além de contribuir para a prevenção de doenças crônicas, como a hipertensão e a diabetes.
No entanto, apesar das vantagens de uma vida mais ativa, o ciclo menstrual feminino pode sofrer alterações dependendo do tipo de atividade e, principalmente, da intensidade desses exercícios.
Inicialmente, precisamos esclarecer que um ciclo menstrual regular é aquele que varia de 24 a 38 dias e no qual o sangramento dura até 8 dias.
Em relação ao volume, estabelecemos entre 5 e 80 ml o normal para todo o período da menstruação, além de levar em consideração a percepção da própria mulher sobre essa quantidade.
Então, consideramos um ciclo menstrual irregular, aquele que não obedece a esses parâmetros.
Os hormônios femininos, assim como as funções do organismo ligadas a eles, podem ser muito beneficiados com a atividade física.
Porém, isso pode variar de acordo com as condições de saúde da mulher e com a intensidade do exercício.
O emagrecimento rápido e sem um plano adequado leva a um estresse no organismo feminino, o que é muito prejudicial do ponto de vista hormonal e da saúde reprodutiva.
Assim, a redução de peso e a perda de gordura corporal exacerbadas costumam levar a uma queda nos níveis de estrogênio, o que pode tornar o ciclo menstrual irregular ou até mesmo inexistente.
Ressaltamos que não somente o excesso de treino é o vilão, mas também a ingestão calórica abaixo do necessário para compensar o gasto de energia.
Inclusive, existe uma condição conhecida como Déficit Energético Relativo Associado ao Esporte (ou na sigla do inglês, RED-S), que antigamente chamava-se de síndrome da mulher atleta.
Nesta situação, a paciente pode ter várias condições, sendo as três mais comuns: baixa disponibilidade de energia (com ou sem transtorno alimentar), disfunção menstrual e baixa densidade mineral óssea.
Então, poderá sofrer diversos sintomas, como a fadiga extrema, irritabilidade, ansiedade, ossos mais frágeis com tendências à fraturas, distúrbios alimentares, alterações no sono e queda na performance no esporte.
Todos esses incômodos afetam a saúde e qualidade de vida da mulher e, por isso, é essencial estarmos atentos para detectar precocemente os sinais desta alteração.
Além da redução do estrogênio que a prática demasiada de exercícios pode causar, o excesso de endorfina também é um ponto de atenção.
Conhecida como hormônio do prazer, esta substância é capaz de proporcionar a sensação de bem-estar e possuir ação analgésica, mas em quantidades mais altas também se torna um problema.
Elevadas concentrações de endorfina podem reduzir as concentrações do hormônio folículo estimulante (FSH) e do hormônio luteinizante (LH), responsáveis pela ovulação.
Então, as alterações hormonais e metabólicas que ocorrem no corpo feminino devido ao excesso de exercício físico são capazes de diminuir e até mesmo bloquear a ovulação, afetando a fertilidade.
Ademais, é comum que a mulher passe a ter ciclos irregulares ou até mesmo períodos de ausência total da menstruação, que chamamos de amenorréia.
Além dessas questões, o excesso de endorfina pode causar também:
Quando praticados de forma correta, os exercícios físicos são essenciais para a manutenção de diversos aspectos do organismo feminino, como por exemplo:
Em relação ao período pré-menstrual e menstrual, atividades moderadas podem colaborar para reverter os desconfortos típicos.
Mesmo que as variações hormonais impactem o corpo e a disposição da mulher, se manter ativa é importante.
Durante a menstruação, os níveis do estrogênio e da progesterona reduzem bastante e provocam cansaço e indisposição.
Mas praticar uma atividade física colabora com o aumento saudável da endorfina e diminui os efeitos negativos deste período, como as alterações de humor, cólicas e dores nas mamas.
Por isso, o ideal é que você escolha uma atividade moderada para fazer nesse período, como caminhadas na rua ou na esteira da academia.
Como vimos, a prática de atividade física é muito bem-vinda e ajuda a mulher em aspectos essenciais.
No entanto, é preciso ficar atenta à prática de exercícios em excesso e sua relação com a saúde global e reprodutiva.
Por isso, sempre conte com o acompanhamento da sua ginecologista e profissionais especializados no esporte e nutrição antes de aderir a programas de exercícios ou dietas alimentares mais rigorosos.
Assim, será possível definir um plano de treinamento com responsabilidade e que garanta sua qualidade de vida e bem-estar!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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