Dor e ardência na vulva? Pode ser Vulvodínia!
A dor e a ardência na vulva são alguns sintomas desconfortáveis causados pela condição conhecida como vulvodínia.
Esse problema provoca diferentes tipos de incômodo na área externa do aparelho genital feminino e, geralmente, não possui uma causa identificável.
Dessa forma, a vulvodínia pode afetar negativamente a vida das mulheres, interferindo nas atividades diárias, nas relações sexuais e no bem-estar emocional.
Assim, é importante buscar ajuda se você estiver sofrendo de dor e ardência persistentes na vulva para receber um tratamento adequado para o seu caso.
O que é a vulvodínia e quais são as causas dessa condição?

A vulvodínia, ou vestibulite vulvar, é uma condição caracterizada pela sensação de ardência e dor crônica na região genital feminina, mais especificamente na região da vulva, podendo se estender até o clitóris.
Essa condição pode ser identificada em pacientes de todas as idades, mas é mais comum em mulheres jovens.
Dividimos a vulvodínia em duas principais categorias: vestibulodínia (ou vulvodínia localizada) e a vulvodínia generalizada.
A vestibulodínia refere-se à dor e à sensibilidade concentradas, principalmente, na entrada da vagina, área conhecida como vestíbulo.
Já a vulvodínea generalizada envolve dor e desconforto em toda a área vulvar, incluindo os lábios, o clitóris e a região perineal.
É importante esclarecer que estes sintomas estão presentes na ausência de doenças desencadeantes. E podem ser espontâneos ou estar presentes apenas na presença de estímulos que usualmente não causam dor.
Ainda não compreendemos totalmente as causas exatas dessa condição, mas acredita-se que uma combinação de fatores possa contribuir para o seu desenvolvimento, por exemplo:
- Alterações hormonais;
- Disfunção do sistema nervoso;
- Problemas no assoalho pélvico;
- Inflamação;
- Infecções recorrentes;
- Trauma físico ou emocional.
Quais são os sintomas da vulvodínia?

Os sintomas da vulvodínia podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente envolvem dor e desconforto crônicos na região vulvar.
Dessa forma, alguns dos sintomas associados a essa condição são:
- Ardência constante ou intermitente;
- Dor crônica na área da vulva e na região genital;
- Sensibilidade aumentada ao toque à proximidade de roupas;
- Irritação na pele da vulva, que pode parecer inflamada;
- Desconforto durante as relações sexuais ou no uso de absorventes internos;
- Coceira;
- Sensação de calor local.
É importante ressaltar que cada mulher pode experimentar esses incômodos de formas diversas e em diferentes intensidades.
A vulvodínia é diagnosticada quando a mulher apresenta alguns desses sintomas por pelo menos três meses consecutivos.
Além disso, os sintomas podem variar ao longo do tempo, oscilando períodos de melhora e de piora.
Como é feito o diagnóstico da vulvodínia?
Realizar o diagnóstico correto dessa doença é um grande desafio, pois não há um teste específico para essa condição.
Então, devemos avaliar o histórico médico e os sintomas relatados pela paciente.
Um exame físico também pode ser realizado para observar possíveis sinais de inflamação ou irritação na área vulvar.
Além disso, podemos solicitar a realização de exames adicionais, como culturas de secreções, exames de sangue e até mesmo biópsias, no intuito de descartar outras condições.
Assim, o processo de diagnóstico geralmente exige acompanhamento de longa data, frequentemente com várias consultas e a exclusão de outras possíveis causas de dor vulvar, antes de confirmarmos a vulvodínia.

Como realizamos o tratamento dessa condição?
Geralmente, o tratamento da vulvodínia envolve uma abordagem multidisciplinar.
Cada caso varia de uma mulher para outra e o tratamento será direcionado de acordo com a gravidade dos sintomas e as necessidades individuais da paciente.
Inicialmente, podemos recomendar diferentes tipos de medicamentos e lubrificantes para promover o relaxamento dos músculos e aliviar os sintomas relacionados à vulvodínia.
Além disso, a fisioterapia pélvica também pode ser aconselhada, dependendo da situação individual da paciente.
Ademais, mulheres diagnosticadas com vulvodínia precisam evitar o uso de roupas muito justas e optar por calcinhas de algodão mais largas, a fim de permitir uma melhor ventilação na região genital.
Por fim, alguns casos de vulvodínia requerem acompanhamento psicológico, pois traumas e questões emocionais podem estar relacionados à condição.
Assim, embora não haja uma cura fácil para o problema, com o tratamento adequado é possível reduzir consideravelmente os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher.

Mas, para isso, é preciso contar com ajuda médica especializada que será responsável por realizar uma investigação minuciosa.
Então, caso você identifique algum dos sintomas relacionados à vulvodínia, não deixe de buscar o diagnóstico e tratamento necessários para recuperar sua saúde e bem-estar!
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