A endometriose é uma condição caracterizada pelo crescimento anormal do tecido que reveste normalmente o útero (endométrio), ocorrendo fora da cavidade uterina.
Essa condição pode desencadear dor intensa, irregularidades menstruais e, em alguns casos, dificuldades para engravidar.
Embora abordagens médicas tradicionais, como cirurgias e medicamentos, possuam um papel importante no controle dos sintomas, cada vez mais se reconhece a influência do estilo de vida da paciente nesse processo.
Assim, ao expor de que maneira as escolhas diárias impactam nos aspectos físicos e emocionais relacionados à endometriose, buscamos proporcionar algumas estratégias para auxiliar no enfrentamento e controle dessa condição desafiadora.
A endometriose é uma condição que ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, que normalmente reveste o interior do útero, cresce fora dessa região.
Esta condição, embora benigna, pode causar uma série de sintomas dolorosos e complicações, afetando significativamente a qualidade de vida das mulheres.
A conscientização sobre a endometriose é de suma importância, uma vez que ela não só é uma das principais causas de dor pélvica crônica, mas também representa um fator significativo de infertilidade, sendo responsável por aproximadamente 40 a 50% dos casos de dificuldades de concepção entre as mulheres.
Além dos desafios reprodutivos associados à endometriose, é importante destacar que essa condição não se limita apenas ao sistema reprodutivo.
Mulheres diagnosticadas com endometriose tem uma maior probabilidade de também desenvolverem outras síndromes dolorosas, como enxaqueca, vulvodínia, fibromialgia, síndrome do intestino irritável e dor pélvica crônica.
Nesse sentido, fica evidente que essa condição pode causar impacto significativo na saúde física e emocional da mulher.
A origem exata da endometriose ainda não é completamente compreendida, e múltiplos fatores podem contribuir para o desenvolvimento dessa condição.
A teoria mais aceita sugere que pequenas quantidades de sangue menstrual, contendo células endometriais, fluem para trás, através das trompas de Falópio, em vez de serem eliminadas do corpo.
Essas células podem se implantar em outros órgãos, dando origem à endometriose.
A predisposição genética desempenha um papel significativo também.
Mulheres que têm parentes de primeiro grau com endometriose têm maior probabilidade de desenvolver a condição.
Além disso, alterações no sistema imunológico e nos níveis hormonais, especialmente do estrogênio, podem contribuir para o crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero.
Alguns dos sintomas mais comuns relacionados a essa condição incluem:
Ademais, é importante destacar que algumas mulheres podem ter endometriose sem apresentar sintomas evidentes, tornando o diagnóstico bastante desafiador.
Além disso, a gravidade dos sintomas não necessariamente reflete a extensão ou a progressão da doença, e o diagnóstico precoce é fundamental para um tratamento eficaz.
O estilo de vida é essencial para um manejo bem-sucedido da endometriose, podendo influenciar tanto a intensidade dos sintomas quanto a progressão da condição.
Embora a endometriose seja uma condição médica complexa, várias escolhas de estilo de vida podem ser adotadas para melhorar o bem-estar e reduzir os impactos da doença.
Alguns aspectos importantes a serem considerados incluem:
Alimentação saudável
Uma dieta equilibrada e rica em nutrientes pode ajudar a modular a resposta inflamatória do corpo.
Algumas mulheres com endometriose relatam benefícios ao adotar dietas anti-inflamatórias, como a dieta mediterrânea, por exemplo.
Nesse sentido, procurar auxílio de profissionais especializados para prescrever uma dieta adequada pode fazer muita diferença!
Exercícios físicos
A prática regular de atividade física pode contribuir para o controle da dor e promover o equilíbrio hormonal.
Todo movimento conta, mas exercícios de baixo impacto, como caminhadas, natação e ioga, podem ser bastante benéficos.
Exercícios com foco na conexão mente corpo podem ser especialmente interessantes neste contexto.
Gestão emocional
O estresse e a ansiedade podem aumentar os sintomas da endometriose, pela modulação da condução da dor.
Técnicas de gerenciamento emocional, como meditação e atividades relaxantes, podem ajudar a minimizar o impacto psicológico da condição.
Sono regular
A qualidade do sono é crucial para a saúde geral.
Inclusive, existem muitos estudos que abordam a importância do sono no controle da dor.
O déficit de sono crônico de sono está associado com deficiência imunológica relativa e aumenta a chance de fazermos piores escolhas alimentares.
Assim, estabelecer uma rotina regular de sono e criar um ambiente propício para o descanso pode contribuir para o seu bem-estar.
Evitar substâncias inflamatórias
Reduzir o consumo de substâncias que podem aumentar a inflamação do corpo, como álcool, tabaco e alimentos ultraprocessados, pode ser benéfico para pacientes com endometriose.
Equilíbrio hormonal
Em alguns casos, a gestão hormonal pode ser parte do tratamento da endometriose.
Isso pode envolver terapias contraceptivas hormonais ou outras abordagens, conforme orientação da especialista.
Esta é inclusive a primeira linha de tratamento para controle dos sintomas da doença.
Além disso, ressaltamos que é importante manter consultas regulares com a ginecologista para um acompanhamento adequado da endometriose.
O diagnóstico da endometriose implica na busca por exames que confirmem a suspeita diagnóstica quando a paciente apresenta sintomas sugestivos da condição.
Durante o exame físico, podemos identificar alterações como espessamento de ligamentos na região atrás do colo do útero, útero retrovertido fixo e aumento da região anexial devido a cistos de endometriose.
No entanto, embora essas observações sejam relevantes, a confirmação definitiva geralmente é obtida por meio de procedimentos mais específicos.
A técnica considerada padrão ouro para essa confirmação envolve a obtenção do resultado anátomo-patológico por meio de material coletado durante a videolaparoscopia.
Porém, essa abordagem mais invasiva é cuidadosamente considerada, visando oferecer uma avaliação mais precisa em circunstâncias específicas.
Dessa forma, a ultrassonografia pélvica transvaginal ou ressonância magnética de pelve com preparo intestinal apresentam alta qualidade diagnóstica, comparável à videolaparoscopia, de modo menos invasivo.
Após o diagnóstico de endometriose ou de outra condição relacionada aos sintomas, é elaborado um plano de tratamento.
Lembre-se, a abordagem integrativa, combinando cuidados médicos com mudanças positivas no estilo de vida, pode oferecer benefícios significativos no controle da endometriose e na sua saúde em geral!
Então, caso você identifique qualquer sintoma relacionado à doença, agende uma consulta com a ginecologista imediatamente.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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