Uma dúvida recorrente que recebemos no consultório é sobre como trocar o contraceptivo tomando os devidos cuidados para não engravidar.
O contraceptivo possui um papel fundamental na vida sexual e no planejamento familiar das mulheres, proporcionando tranquilidade e o controle consciente sobre a possibilidade de gravidez.
Com o passar do tempo, as circunstâncias pessoais, necessidades de saúde e preferências podem se modificar, levando à necessidade de mudar o anticoncepcional.
Assim, é compreensível que muitas mulheres enfrentam o receio de fazer essa troca, devido à incerteza sobre como realizá-la sem correr o risco de engravidar.
No entanto, é importante saber que é possível fazer a transição de contraceptivos de maneira segura, minimizando ao máximo os riscos para a saúde ou uma gravidez indesejada.
Acompanhe neste artigo!
Como o contraceptivo funciona?
Os contraceptivos hormonais geralmente contêm uma combinação de hormônios, estrógeno e progesterona.
Esses hormônios trabalham juntos para inibir a ovulação, impedindo a liberação de óvulos pelos ovários.
Além de prevenir a ovulação, o anticoncepcional também altera o muco cervical e o revestimento do útero de modo a dificultar a passagem dos espermatozoides em direção às trompas uterinas, onde ocorre a fertilização.
Ademais, o revestimento do útero torna-se menos receptivo à implantação de um óvulo fertilizado, diminuindo ainda mais as chances de gravidez.
Quando utilizado corretamente, a maioria dos anticoncepcionais orais oferece uma taxa de eficácia de cerca de 98% na prevenção da gravidez.
Entretanto, é importante ressaltar que a consistência na administração é fundamental para manter essa eficácia!
Se você quiser saber mais sobre os diferentes
métodos contraceptivos, acesse esse texto em nosso blog!
Como trocar de contraceptivo sem engravidar?

A escolha do método mais apropriado para a troca de anticoncepcionais depende, principalmente, do método contraceptivo em uso e da alternativa escolhida para substituí-lo.
Em geral, existem duas abordagens para reduzir o risco de gravidez durante a troca de anticoncepcional:
Troca Imediata
Essa abordagem é frequentemente utilizada quando se passa de uma pílula combinada para uma minipílula (ou vice-versa).
Nesse caso, a recomendação é interromper o uso do anticoncepcional atual em um dia e começar a tomar o novo no dia seguinte, sem fazer pausas.
Porém, é essencial seguir essa transição de forma contínua, pois a interrupção por um ou mais dias pode aumentar o risco de gravidez.
Uso de Método de Barreira
Outra alternativa segura na troca do anticoncepcional é utilizar um método de barreira, como o preservativo, durante as relações sexuais nos primeiros sete dias da troca de anticoncepcional.
Isso é especialmente importante quando a mudança envolve um período de descontinuação de uso de contraceptivos hormonais.
Ressaltamos que, além de prevenir a gravidez, o preservativo também oferece proteção contra doenças sexualmente transmissíveis e pode/deve ser usado junto com quase todos os outros métodos contraceptivos.

É
importante também mencionar que iniciar um novo método contraceptivo enquanto ainda está utilizando outro pode aumentar o risco de efeitos colaterais, uma vez que o corpo recebe uma dose adicional de hormônios.
Portanto, a recomendação geral é concluir o uso do contraceptivo hormonal atual e, em seguida, iniciar o novo método.
Como garantir uma transição tranquila e segura?
Trocar de anticoncepcional é uma decisão importante, e é possível fazê-lo com segurança, minimizando o risco de engravidar.
Para garantir uma transição tranquila, aqui estão algumas dicas:
- Consulte a Ginecologista: antes de fazer qualquer alteração em seu método contraceptivo, agende uma consulta com a especialista;
- Siga as instruções médicas: é importante seguir rigorosamente as instruções da ginecologista para manter a eficácia do anticoncepcional;
- Acompanhe seu ciclo: esteja ciente do seu ciclo menstrual e monitore quaisquer mudanças após a troca do contraceptivo. Isso pode ajudar a detectar problemas precocemente;
- Comunique-se com seu parceiro: se você está em um relacionamento, discuta com seu parceiro o processo de troca de contraceptivo e as medidas adicionais de proteção vocês podem precisar adotar;

- Esteja preparada para efeitos colaterais: a troca de contraceptivo pode causar alguns efeitos colaterais temporários, como alterações no padrão menstrual, cólicas, dores de cabeça, entre outros. Esteja preparada para lidar com essas mudanças enquanto seu corpo se ajusta ao novo método.
Como escolher o melhor contraceptivo para você?
A escolha do contraceptivo adequado é uma decisão importante para as mulheres, considerando a variedade de opções disponíveis e o fato de que nem todas as mulheres se adaptam a determinados métodos anticoncepcionais.
Por isso, a escolha deve ser feita sempre com o auxílio da ginecologista, após a realização de exames, quando indicados.
Durante a consulta, avaliamos o histórico médico completo da paciente, levando em consideração qualquer condição de saúde pré-existente, como hipertensão, diabetes ou doenças cardíacas.
Além disso, a rotina diária, os hábitos de vida e os objetivos pessoais também são fatores importantes a serem considerados, assim como potenciais benefícios não contraceptivos que a mulher esteja em busca.


Lembrando que nenhum método contraceptivo é 100% eficaz, e sempre há um pequeno risco residual de gravidez.
A consulta regular com a médica e o seguimento rigoroso das orientações são as melhores maneiras de minimizar esse risco.
Então, se você é sexualmente ativa e deseja trocar o anticoncepcional, marque uma consulta para fazer este processo de forma tranquila e segura!
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