O anel vaginal é um método contraceptivo reversível e hormonal. Quando usado da forma correta possui uma eficácia muito boa, além de trazer vantagens em diversos aspectos para a mulher.
Porém, há também possíveis efeitos colaterais e contraindicações.
Com o nome nos remete, é um método contraceptivo em formato de anel.
É feito de silicone flexível e precisa ser inserido na vagina para impedir o processo de ovulação e consequentemente, gravidez.
Diferente do que muitas mulheres pensam, é um método bem confortável, já que seu material é flexível. Quando posicionado no lugar correto, você nem sente que ele está lá. Também é pouco provável que seu parceiro o sinta durante a relação sexual.
O anel libera etonogestrel (progestógeno) e etinilestradiol (estrogênio).
Como o anel vaginal possui as versões sintéticas de progesterona e estrogênio, tais hormônios vão sendo liberados em pequenas doses continuamente durante as três semanas de uso.
A própria mucosa da vagina absorve estes hormônios, levando-os diretamente para a corrente sanguínea.
Dessa forma, os ovários passam a não produzir novos óvulos, evitando que aconteça a fecundação e uma possível gravidez.
No primeiro dia da menstruação a mulher deve inserir na vaginal o método contraceptivo. Alguns cuidados de higiene devem ser tomados, como lavar bem as mãos.
A mulher deve escolher uma posição confortável para a inserção do anel vaginal, como em pé com uma das pernas mais elevadas ou deitada.
O anel deve ser segurado com o dedo indicador e o polegar, aperte-o até ficar semelhante ao número 8.
Fonte: Wikicommons
De forma suave, comece a introduzir na vaginal com auxílio do indicador. E uma vez que todo o anel estiver dentro da vagina, empurre-o até que ele fique bem adaptado no fundo da vagina, próximo ao colo uterino.
Caso você tenha dificuldades com a colocação, o fabricante disponibiliza sem custo insertores descartáveis, semelhantes aos aplicadores de cremes vaginais.
O anel deve ficar na vagina por três semanas e depois precisa ser retirado, novamente com o dedo indicador, puxa-se de forma suave para fora.
É necessário fazer pausa de uma semana, o tempo de menstruação, para depois introduzir um novo anel.
Se o uso do método for feito da maneira correta, a eficácia é de 99%.
Como estamos falando de um método contraceptivo hormonal, há efeitos colaterais do uso.
Os efeitos colaterais mais comuns (acontecem entre 1 e 10% das usuárias) do anel vaginal são semelhantes aos causados por outros métodos contraceptivos hormonais combinados:
O uso de qualquer anticoncepcional hormonal combinado, incluindo o anel vaginal , aumenta o risco da mulher de desenvolver uma trombose venosa ou arterial, em comparação com as mulheres que não usam anticoncepcional hormonal combinado.
O risco é menor que o risco de desenvolver um coágulo durante a gravidez ou período pós parto, em mulheres da mesma idade.
Ainda não se sabe como o anel vaginal influencia o risco de ter um coágulo quando comparado com as pílulas anticoncepcionais, porém admite-se que o risco seja semelhante.
O risco é maior naquelas mulheres com outros fatores de risco para trombose em associação: mais idade, obesidade, hipertensas, tabagistas, etc..
Dor de cabeça é um efeito colateral comum com o uso de anel vaginal. Enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça, com diferentes causas e fatores de risco, e o uso de contraceptivos não leva ao surgimento desta doença.
Entretanto o uso de contraceptivos hormonais combinados favorece ao surgimento de crises de enxaqueca.
Portadoras de enxaqueca, especialmente com aura, não devem usar contraceptivos hormonais combinados.
Sim. O anel contraceptivo pode causar varizes.
Não há estudos específicos que correlacionam o risco de desenvolvimento de câncer em usuárias de anel vaginal.
O câncer de mama foi diagnosticado um pouco mais frequentemente em mulheres que usam pílulas combinadas, mas não se sabe se isso é causado pelo tratamento. Por exemplo, pode ser que os tumores tenham sido encontrados mais em mulheres tratadas com pílulas combinadas porque elas são examinadas mais frequentemente pelo médico.
Em raros casos de usuárias de pílulas, foram relatados tumores benignos do fígado e, ainda mais raramente, tumores malignos do fígado.
O uso de anticoncepcionais combinados é considerado fator de proteção contra câncer de ovário.
Sim. Como qualquer outro remédio com a presença de hormônio, pode causar alterações no apetite (aumento) e retenção de líquidos em todo corpo, assim, favorecendo o aumento do peso de até 1 ou 2 kg.
O anel vaginal não interfere no ato sexual, a maioria das mulheres e seus parceiros não relatam incômodo.
Portanto, o anel pode ser deixado no lugar em que está.
Caso o anel saia acidentalmente ou se você preferir retirar o anel da vagina para ter relações sexuais, deve-se ter o cuidado de observar o tempo que ele ficou fora da vagina.
O anel vaginal não é indicado para algumas mulheres, como:
Lembre-se de criar uma agenda ou utiliza algum aplicativo para notificar o dia de retirada e colocação de um novo anel.
Se a mulher não se adaptar ao anel vaginal, ainda pode optar por:
Todos estes métodos contraceptivos funcionam de modo semelhante, pois possuem estrogênios e progestogênicos associados em sua composição.
Antes de iniciar o uso de qualquer método contraceptivo, converse com a sua Ginecologista!
O post Já ouviu falar do Anel Vaginal Contraceptivo? apareceu primeiro em Dra Juliana Teixeira Ribeiro.
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