Descobrir um nódulo na mama pode gerar muita ansiedade na mulher, além de uma série de dúvidas.

Existem vários tipos de nódulos na mama, e cada um deles pode ter características específicas.

Dessa forma, alguns dos tipos de nódulos mais comuns incluem:

• Fibroadenomas: Nódulos sólidos e móveis, compostos por tecido fibroso. Eles são mais frequentes em mulheres jovens e geralmente não estão associados ao câncer de mama;
• Cistos simples: São sacos cheios de líquido que podem causar protuberâncias na mama. Esses cistos são mais comuns em mulheres durante a fase reprodutiva;
• Lipomas: São nódulos de gordura benignos que podem ser encontrados na mama. Eles costumam ser macios e móveis ao toque;
• Adenomas: São tumores benignos que se desenvolvem nas células das glândulas mamárias. Eles são raros, mas podem causar um nódulo na mama;
• Câncer de mama: Esse tipo de nódulo apresenta uma consistência firme, densa e sólida, além de ter uma forma irregular.

É importante saber que os nódulos malignos, quando descobertos de forma precoce, possuem uma alta taxa de cura.

Além disso, alguns “nódulos” percebidos pela paciente, especialmente mulheres jovens que não têm o hábito de examinar as próprias mamas, às vezes são simplesmente a própria glândula mamária, que tem a textura mais consistente ou linfonodos, especialmente quando mais próximos da região axilar.

Dessa forma, é essencial manter os exames ginecológicos de rotina em dia.

E a primeira coisa a fazer caso você note alguma formação estranha na sua mama é procurar uma Ginecologista ou Mastologista, para ser devidamente examinada.

Quando o nódulo de mama é preocupante?

Embora a maioria dos nódulos não sejam cancerosos, é importante reforçar que todo nódulo na mama precisa ser analisado, especialmente se a massa possuir as seguintes características:

• Tamanho maior do que 2 centímetros de diâmetro;
• Aspecto duro e firme ao toque;
• Caso esteja fixo no tecido mamário ou na parede torácica;
• Se estiver acompanhado de dor nas mamas;
• Se provocar mudanças na aparência da pele, como vermelhidão, retração ou rugosidade;
• Caso provoque secreção pela pele ou pelo mamilo.

Assim, prestar atenção a esses sinais é crucial, pois os nódulos podem ser um indicativo de possível câncer de mama, especialmente se a mulher tiver idade acima de 50 anos ou histórico familiar da doença.

Esses fatores de risco devem ser levados em consideração e discutidos com a ginecologista para estabelecer os próximos passos necessários para um diagnóstico preciso.

Nodulações associadas a inchaço na mama, dor local, vermelhidão e febre podem se associar a processos inflamatórios ou infecciosos e também devem ser prontamente examinados.

Como diagnosticar o nódulo na mama?

Normalmente, identificamos os nódulos em exames de rotina, seja no consultório ou com o resultado de exames de imagem. 

Os exames mais corriqueiros para avaliação das mamas são a ultrassonografia das mamas e a mamografia, que costumamos solicitar para mulheres a partir dos 40 anos, caso não possuam nenhum fator de risco.

Se um nódulo for identificado e, dependendo das suas características, poderemos acompanhá-lo com exames periódicos, ou fazer uma avaliação mais aprofundada.

Assim, será possível solicitar a realização de exames adicionais para obter imagens mais detalhadas ou a biópsia, método mais conclusivo para diagnosticar o nódulo.

A cada lesão encontrada o exame ganha uma classificação (Birads) e isso vai determinar a conduta.

A biópsia envolve a remoção de uma amostra do tecido do nódulo que é encaminhada para análise laboratorial de modo a caracterizar as células ali presentes e geralmente é indicada em lesões Birads 4 ou 5. 

Para saber mais sobre a biópsia da mama, acesse esse texto em nosso blog!

Como é feito o tratamento dessa condição?

É importante ressaltar que o tratamento do nódulo de mama deve ser individualizado, e a abordagem recomendada irá variar de acordo com o diagnóstico.

Caso o nódulo seja diagnosticado como benigno e não cause sintomas ou preocupações significativas, podemos optar pelo monitoramento ou simplesmente esquecer que existem, como nos achados de cistos simples.

Em alguns casos, especialmente para nódulos benignos relacionados a desequilíbrios hormonais, prescrevemos medicamentos para reduzir seu tamanho ou aliviar sintomas associados.

Se o nódulo for suspeito ou tiver a malignidade comprovada, uma cirurgia será necessária para removê-lo e realizar uma análise mais detalhada.

Dependendo do caso, a cirurgia pode envolver a remoção apenas do nódulo ou pode incluir a remoção parcial ou total da mama (mastectomia).

Ademais, em casos de câncer de mama o tratamento poderá contemplar a quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal ou terapia-alvo.

Ressaltamos que, quanto antes qualquer condição for diagnosticada, mais eficaz tende a ser o tratamento. 

Assim, acima de tudo, é muito importante ficar atenta a qualquer alteração nas mamas.



 Além disso, lembre-se de manter suas consultas com a ginecologista e exames em dia!