Optar pela melhor forma de contracepção é uma tarefa que deve ser feita com cautela, levando uma série de fatores em consideração.
Por um lado, temos os contraceptivos hormonais, como por exemplo, a pílula, anel vaginal, adesivo e DIU hormonal.
Você poderá ler mais sobre os contraceptivos hormonais no nosso blog!
Por outro lado, existem os métodos contraceptivos não hormonais, como o DIU de cobre, camisinha e diafragma, além dos métodos comportamentais, como a tabelinha e coito interrompido.
Caso queira entender mais sobre os métodos contraceptivos não hormonais, temos um texto sobre o assunto!
Seja qual for a escolha, dificilmente encontraremos um método perfeito, mas sim aquele que mais se encaixa no perfil e estilo de vida da paciente, naquele momento de sua vida. Nós amadurecemos e nossa necessidade de contracepção ou não pode mudar ao longo do tempo.
Em 2020, o Food & Drug Administration (FDA), órgão que regula os medicamentos nos Estados Unidos, um aproximado da ANVISA no Brasil, aprovou um novo contraceptivo, o Phexxi, da Evofem Biosciences Inc.
O Phexxi é um gel vaginal não hormonal que deve ser aplicado antes da relação sexual e falaremos mais sobre este novo método que ainda não está disponível no Brasil, mas deve chegar em breve.
Fonte: www.phexxi.com
Este contraceptivo consiste em um gel a ser inserido no canal vaginal com ajuda de um aplicador imediatamente antes de cada relação sexual ou, no máximo, até uma hora antes. A aplicação é semelhante a um creme vaginal.
A mulher deverá aplicá-lo em todas as relações, ou seja, se ela transar 3 vezes em uma noite, deverá utilizá-lo antes de cada uma das três relações. Além disso, o Phexxi não é eficaz se seu uso ocorrer após o sexo.
Atua mantendo o pH vaginal dentro da faixa normal (de 3,5 a 4,5), o que torna o ambiente ácido para os espermatozóides impedindo-os de se movimentar e, assim, de subir no trato genital feminino e fecundar o óvulo.
Se usado corretamente, este método apresenta um risco de falha que varia de 6,7% a 10% (ou seja, uma falha de quase 7 a 10 mulheres em cada 100), de acordo com estudo publicado no periódico científico Obstetrics & Ginecology.
Este mesmo estudo avaliou também a satisfação sexual das mulheres com o método e 44,5% relataram melhora na vida sexual com maior lubrificação vaginal, libido e orgasmo.
Além disso, os principais efeitos colaterais foram a coceira e queimação vaginal, mas esses incômodos diminuíram conforme o tempo de uso do gel.
Apesar de não apresentar um risco de falha tão baixo, muitos especialistas defendem que ele é menor do que o “risco real” do uso de preservativos, por exemplo.
Para se ter uma ideia, um estudo analisou o risco de falha de diversos contraceptivos durante o uso típico, ou seja, contemplando a utilização incorreta ou inconsistente, e a taxa de falha da camisinha masculina ficou em 18% (ou seja, uma falha de 18 casos a cada 100).
Ademais, o estudo aponta que o risco de falha do uso típico de anticoncepcionais hormonais fica em 9%, do DIU de cobre em 0,8% e do DIU Mirena em 0,2%.
Um outro ponto importante a destacar é que o Phexxi pode ser combinado com outros métodos, como a camisinha ou o diafragma.
No entanto, vale o alerta que nunca devemos utilizá-lo com o anel vaginal, pois pode reduzir sua eficácia. Além do que o anel vaginal per si já é um método de moderada eficácia.
O Phexxi traz algumas vantagens a se considerar, por exemplo:
Algumas das principais desvantagens do método são:
Apesar do Phexxi ainda não estar disponível no Brasil, tem ganhado cada vez mais atenção e, quando chegar ao país, será uma possibilidade de escolha.
Mesmo tendo alguns pontos de atenção relevantes, este novo método surge como mais uma opção contraceptiva para a mulher, que poderá tomar sua decisão com base em informações e orientação médica.
Quanto mais informações e mais opções disponíveis, melhor equipada você estará para tomar sua decisão.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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