Osteoporose pós menopausa: mulheres precisam redobrar a atenção!

1 de junho de 2023
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A osteoporose é uma doença que afeta a densidade e a qualidade dos ossos, tornando-os frágeis e muito suscetíveis a fraturas.

Essa condição é mais comum entre as mulheres, especialmente após a menopausa, sendo considerada o segundo maior problema de saúde a nível mundial, perdendo apenas para as doenças cardiovasculares.


A perda óssea ocorre gradualmente ao longo do tempo e, muitas vezes, não apresenta sintomas até que uma fratura ocorra.


A prevenção e o tratamento da osteoporose pós-menopausa envolvem uma combinação de mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos e alimentação saudável, além do uso de medicamentos.


O que é a osteoporose e como ela afeta as mulheres pós-menopausa?


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A osteoporose é uma condição reconhecida pela rápida redução da massa óssea, um processo natural que ocorre durante o envelhecimento.


Isso pode acontecer devido a diminuição na capacidade dos ossos absorverem cálcio e minerais, o que os torna mais frágeis e vulneráveis às fraturas.


A osteoporose afeta, principalmente, as mulheres - de cada quatro pacientes diagnosticados, três são do sexo feminino - e a incidência é maior na fase pós-menopausa.


Durante esse período, as mulheres estão mais propensas porque há um desequilíbrio hormonal característico, o que resulta na diminuição da produção do estrogênio.


Este hormônio é importante, pois auxilia o depósito de minerais e cálcio nos ossos, ou seja, sua diminuição interfere  neste processo.


Normalmente, a coluna vertebral, o punho e o colo do fêmur são os locais mais afetados por essa doença.


Por isso, é crucial que as mulheres recebam cuidados médicos durante e após a menopausa para prevenir e tratar a osteoporose.


Quais são os sintomas da osteoporose e como diagnosticar?


A osteoporose é uma doença que geralmente não apresenta sintomas em seus estágios iniciais.


Porém, à medida em que a perda óssea avança, essa condição pode causar alguns incômodos:



  • Dor óssea ou sensibilidade;
  • Fraturas ósseas com facilidade;
  • Diminuição da estatura;
  • Deformidades;
  • Postura curvada ou inclinada para a frente;
  • Perda de autonomia e de qualidade de vida.


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O diagnóstico da osteoporose é feito através de exames que avaliam a densidade mineral óssea, sendo a densitometria óssea o mais comum. 


Esse é um exame pouco invasivo e eficiente para identificar a osteoporose ainda nos primeiros estágios, o que possibilita o tratamento imediato e evita que o diagnóstico ocorra somente após uma fratura.


Normalmente, realiza-se a densitometria na coluna vertebral e no fêmur.


Pode ocorrer do resultado do exame indicar a osteopenia, uma perda óssea menos grave, mas que já é um ponto de atenção, pois pode levar à fraturas e evoluir para a osteoporose. 


Ademais, podemos também solicitar outros exames para avaliar a saúde óssea da paciente, como exames de sangue para verificar os níveis de cálcio e vitamina D, além dos hormônios relacionados ao metabolismo ósseo.


Tratamento da osteoporose


Uma vez diagnosticada, o tratamento da osteoporose em mulheres envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida e medicação.


Geralmente, indica-se a ingestão de alimentos ricos em cálcio, prática de atividade física, além da suplementação com cálcio e vitamina D.


No geral, esta vitamina aumenta a absorção do mineral no intestino, sendo importante fazer a suplementação combinada.


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Em termos de medicação, frequentemente, os bisfosfonatos são prescritos porque previnem a progressão da condição e ajudam a reduzir o risco de fraturas.


Além disso, quando falamos de mulheres na pós-menopausa, terapias hormonais que ajudam a repor o estrogênio perdido também podem contribuir para o tratamento, apesar de demandar uma avaliação mais criteriosa para sua adoção. 


Como prevenir esta condição?


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A prevenção da osteoporose na menopausa é muito importante para evitar fraturas nos ossos e a diminuição da qualidade de vida da mulher nesta fase. 


Assim, separamos algumas atitudes que poderão ajudar:


  • Manter uma alimentação saudável e rica em cálcio: esse é um mineral essencial para a formação e manutenção dos ossos. Então, procure consumir alimentos como leite, iogurte, queijos, vegetais verdes escuros e frutas secas;
  • Exposição ao sol: o sol é uma fonte natural de vitamina D, que é crucial para a absorção de cálcio pelo organismo. O ideal é tomar sol diariamente por 15 a 20 minutos, antes das 10h ou após as 16h, para evitar os danos da radiação;
  • Atividade física regular: a prática regular de atividades físicas, especialmente as que envolvem carga de peso nos ossos, como caminhada, corrida, dança e musculação, ajudam a fortalecer os músculos e prevenir as quedas, que são a principal causa de fratura;
  • Evitar o fumo e o consumo excessivo de álcool: o tabagismo e o álcool podem prejudicar a saúde óssea, além de trazerem outros riscos para a saúde.


Além disso, recomenda-se que mulheres após a menopausa façam o exame de densitometria óssea nas consultas de rotina para identificar a doença precocemente e atuar de forma a prevenir sua evolução. 


Em casos de pacientes que possuem fatores de risco adicionais, como histórico familiar de osteoporose, uso prolongado de corticoides ou doenças que afetam a estrutura óssea, o exame pode ser indicado em idades mais precoces.



Então, fique atenta aos cuidados relacionados a sua saúde no período pós-menopausa e conte com a ginecologista para tirar todas as suas dúvidas!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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