Segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer), esse é o segundo tipo de tumor ginecológico mais comum, perdendo apenas para o câncer do colo do útero.
Mulheres de todas as idades podem desenvolver câncer de ovário, mas esta condição é mais comum naquelas com idade superior a 40 anos.
Por ser uma doença silenciosa, o câncer de ovário geralmente não é diagnosticado até que esteja em estágio avançado ou quando se espalha para outras partes do corpo.
Assim, é muito importante que as mulheres estejam cientes dos sintomas e fatores de risco associados a essa condição, além de manterem as consultas ginecológicas e exames em dia.
Os ovários são estruturas fundamentais do sistema reprodutor feminino, responsáveis pela produção de hormônios sexuais (estrógeno e progesterona), testosterona e das células reprodutoras, os óvulos.
Existem mais de dez tipos diferentes de câncer de ovário, e eles se originam a partir da multiplicação desordenada de diferentes tipos de células desse órgão.
Assim, os cânceres de ovário são divididos em dois grandes grupos: os epiteliais e os não epiteliais.
Já se sabe que certas mutações genéticas, como as dos genes BRCA1 e BRCA2, estão muito relacionadas ao câncer de ovário, assim como ao câncer de mama.
Dessa forma, pacientes portadoras de mutações no gene BRCA1 têm 45% de risco de desenvolver câncer de ovário, enquanto mutações no gene BRCA2 oferecem um risco de 25%.
Além disso, existem outros fatores que tendem a aumentar as chances desse tipo de condição, são eles:
A detecção precoce do câncer de ovário é difícil, considerando que a maioria das mulheres não apresenta sintomas relevantes nos primeiros estágios da doença.
Além disso, infelizmente não existem exames de rastreamentos que sejam eficazes em detectar esta doença de modo precoce, tais como a mamografia para o câncer de mama ou o papanicolau para as lesões de colo uterino.
Assim, é preciso estar bastante atenta a esses sinais:
A despeito dos sintomas descritos, nenhum deles é específico do câncer ovariano, sendo possível encontrá-los em uma boa parte das mulheres saudáveis ou com outras condições de saúde, como disfunções gastrointestinais ou miomas, por exemplo.
A detecção do câncer de ovário parte de uma análise médica detalhada, incluindo avaliação do histórico médico da paciente e um exame físico para avaliar a anatomia dos ovários.
Além disso, para confirmar o diagnóstico, são utilizados exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia ou ressonância.
A dosagem de proteínas no sangue, os chamados marcadores tumorais, como o CA-125, frequentemente é usada com este fim, mas de modo não completamente preciso. O CA-125 por exemplo, pode estar aumentado no câncer de ovário epitelial, mas também em várias condições benignas, como endometriose, adenomiose e inflamações peritoneais.
Desta forma, não é preciso para o diagnóstico, mas tem grande serventia no controle da doença pós tratamento, podendo ser um indicador de retorno da doença.
Em alguns casos de dúvida, podemos lançar mão da videolaparoscopia exploratória e a retirada da lesão para biópsia. Isso porque não podemos realizar a biópsia convencional (tirar só um pedacinho do ovário, de modo não invasivo), pelo risco de espalhar células de câncer dentro do abdome da paciente.
Para casos avançados, o raio X do tórax, a tomografia computadorizada, a avaliação da função renal e hepática, também podem ser solicitados, para avaliar possíveis metástases.
Ressaltamos que, caso o câncer seja diagnosticado, precisaremos fazer uma avaliação mais detalhada para avaliar o tamanho do tumor e se ele está somente no ovário ou se espalhou para outros órgãos e tecidos.
Após a confirmação do diagnóstico, o tratamento para tumor no ovário irá depender do estágio da doença, assim como das condições de saúde da paciente.
Pelo fato de ser silencioso, em grande parte dos casos, seu diagnóstico ocorre quando já está em estágio avançado.
Assim, o tratamento costuma combinar intervenção cirúrgica com quimioterapia.
A cirurgia tem o objetivo de remover o máximo possível do tumor e lesões anexas e avaliar a extensão da doença.
Em casos menos críticos, pode ser suficiente remover apenas o ovário afetado.
Mas, em estágios mais avançados, podemos remover ambos os ovários, o útero, as tubas uterinas e outras estruturas próximas.
Já a quimioterapia é frequentemente administrada após a cirurgia para destruir as células cancerosas que podem ter se espalhado por outras regiões.
Os cistos de ovário podem ocorrer em mulheres de todas as idades.
De modo geral, são benignos e podem até mesmo desaparecer sozinhos com o tempo.
Contudo, receber o diagnóstico de cisto ainda assusta muitas mulheres e indicamos dar a devida atenção a esta condição.
Há vários tipos de cistos e as suas características no exame de imagem, além das características da paciente (idade, relação com ciclo menstrual, presença de sintomas associados, relação com ciclo gravídico, antecedentes familiares, etc) determinam se ele pode ser benigno ou maligno, bem como a necessidade de tratamento ou não.
Então, se você recebeu um diagnóstico de cisto no ovário, se tranquilize, mas não deixe de procurar ajuda médica.
Inclusive, o surgimento de uma lesão nova para pacientes que já possuem um cisto pode ser muito preocupante.
Temos um artigo que aborda os cistos no ovário e você poderá ler mais sobre o assunto!
A prevenção do câncer de ovário inclui as seguintes medidas:
Além disso, para prevenir o câncer de ovário, bem como qualquer outra doença ginecológica, é imprescindível ficar atenta às mudanças no seu corpo e marcar consultas regulares com a ginecologista.
Nesse sentido, é essencial realizar também os exames clínicos e laboratoriais indicados pela ginecologista, no intuito de prevenir qualquer condição ou detectar eventuais problemas em sua fase inicial.
Por isso, em caso de dúvida ou suspeita de alterações na sua saúde, agende uma consulta médica o quanto antes!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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