Depois dos tumores de pele não melanoma, esta é a neoplasia mais frequente entre as mulheres em todas as regiões do Brasil. Além disso, é o tipo de câncer que mais causa mortes na população feminina.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Febrasgo, a mamografia deve ser feita anualmente pelas mulheres a partir dos 40 anos de idade, com intuito de obter um diagnóstico precoce e consequente redução da mortalidade.
Em situações específicas, por exemplo, quando a paciente tem casos de câncer de mama na família, poderemos solicitar o exame em pacientes mais jovens e com uma frequência maior.
Segundo um estudo realizado na Suécia com mulheres entre 40 e 69 anos, aquelas diagnosticadas com câncer de mama e que realizaram a mamografia periodicamente tiveram uma redução da mortalidade de 60% em 10 anos após o diagnóstico, se comparada àquelas que não realizaram o exame regularmente.
Isso porque, o exame permite a detecção precoce da doença e a adoção de um tratamento menos agressivo e mutilador quando comparado ao tratamento daquelas pacientes que detectam o câncer em seus estágios mais avançados.
O câncer de mama é uma doença que ocorre devido a multiplicação de células anormais da região, formando um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
Existem diversos tipos de câncer de mama, sendo que alguns se desenvolvem rapidamente e outros mais lentamente.
O importante é que a grande maioria tem boa resposta ao tratamento, principalmente quando diagnosticado no início.
Muitas são as causas para sua ocorrência e o risco de desenvolver a doença aumenta com o decorrer da idade, sendo maior a partir dos 50 anos.
Além disso, pacientes com histórico de câncer de mama na família em parentes de 1º grau com idade abaixo de 40 anos podem ter predisposição genética e risco elevado para a doença.
De acordo com a Febrasgo, o sintoma mais comum da doença é o surgimento de nódulos, geralmente indolores, duros e irregulares.
Além disso, podemos observar:
Como todos estes sintomas são perceptíveis, o autoexame é fundamental para estimular o autoconhecimento sobre sua própria mama e buscar atendimento às mínimas alterações.
Infelizmente, quando já se apresenta desta forma, o câncer está localmente avançado na maioria das vezes e não falamos mais em diagnóstico precoce, mas menos tardio.
Por isso o autoexame não substitui a importância da realização da mamografia, dado que muitas vezes, quando a mamografia identifica uma lesão suspeita, não há nenhuma alteração no exame físico da mama.
A mamografia é um exame de raio-x das mamas que produz imagens de alta qualidade. Assim, é fundamental para identificar tumores menores que ainda não podemos sentir no exame de toque.
Para a realização do exame, a mama é comprimida entre duas placas de acrílico, o que permite uma melhor visualização de suas estruturas.
Então, o exame possibilita a detecção de lesões benignas e cânceres em estágio ainda inicial.
Existem diversas variações do termo, como mamografia de rastreio ou mamografia diagnóstica, mas são todos o mesmo exame, porém adotado em situações diferentes.
A mamografia de rastreio é aquela que realizamos como exame de rotina e a mamografia diagnóstica a que fazemos quando há alguma suspeita de alteração nas mamas.
Apesar de ser um exame fundamental, ele sozinho não permite chegar a um diagnóstico definitivo de câncer na mama. Então, ao detectar lesões suspeitas nas mamas, é fundamental realizar uma biópsia para definir o diagnóstico final e o tratamento adequado.
A mamografia tem um preparo muito simples. No geral, os laboratórios recomendam que a paciente não use cremes, perfumes ou desodorante na região no dia de sua realização.
Além disso, como este é um exame que causa certo desconforto devido a compressão das mamas, a mulher deve evitar realizá-lo no período anterior ou posterior à menstruação, quando a região costuma estar mais sensível graças às alterações hormonais.
Neste ponto, devemos ressaltar que o desconforto causado pela mamografia é suportável e passageiro, sendo irrelevante se comparado com os benefícios do exame.
Então, esteja sempre atenta tanto para realização do autoexame das mamas, quanto na periodicidade em que você faz suas mamografias.
O diagnóstico precoce poderá fazer toda a diferença em sua vida!
O resultado costuma ser descritivo, com detalhamento das características das mamas e das possíveis lesões encontradas.
A palavra BIRADS costuma vir no final dos laudos, e é um acrônimo para Breast Imaging Reporting and Data System, que, numa tradução livre, significa Sistema de Relatório de Dados sobre Imagem da Mama.
Esta constitui uma classificação do estado das mamas e se correlaciona com a probabilidade dos achados serem ou não câncer, e, dependendo do Birads, precisaremos ou não tomar alguma atitude.
Deixa te mostrar:
Ao realizar seus exames de rastreamento, atente para o prazo de entrega dos resultados.
Os exames são seus, então não tenha vergonha de abrir e olhar antes de mostrar para sua médica. E, caso você identifique alguma anormalidade, retorne à consulta o quanto antes!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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