Muitas vezes, a ansiedade e preocupação das mamães de primeira viagem podem fazer com que elas confundam situações, como gases, dor lombar e até azia com o início deste momento.
Além disso, a gestante poderá ter o que chamamos de contrações de treinamento e, se não estiver bem atenta, pode acabar confundindo com o trabalho de parto propriamente dito.
Então, conhecer bem os sinais é fundamental para saber a hora certa de procurar sua maternidade.
Em linhas gerais, o trabalho de parto consiste em uma série de contrações rítmicas e involuntárias do útero que resultam no afinamento, encurtamento e dilatação do colo uterino. Geralmente, ocorre dentro de 2 semanas (antes ou depois) da data prevista para o parto.
O corpo da mulher dá alguns alertas que este momento chegou e é sobre eles que vamos falar!
Existem alguns sinais muito evidentes de que o trabalho de parto pode estar iniciando:
O tampão mucoso é uma secreção gelatinosa que o corpo produz no início da gestação para proteger o orifício do colo do útero e evitar a invasão por microrganismos.
Então, durante as últimas semanas de gravidez, o afinamento e a dilatação do colo do útero podem ocasionar a perda deste tampão, sendo este um dos primeiros sinais que o trabalho de parto está se aproximando.
A secreção eliminada é mucosa e pode ser transparente ou esbranquiçada e até mesmo possuir alguns filetes de sangue.
É preciso estar atenta, pois a quantidade de sangue que pode sair nesta etapa é pequena. Caso a gestante note uma quantidade maior, deverá procurar o médico imediatamente.
A saída do tampão pode anteceder o trabalho de parto em até 2 semanas. Pode sair todo tampão de uma vez só ou ficar saindo por vários dias.
Atente que esta não é uma etapa obrigatória. Pode ser que o tampão só saia quando o trabalho de parto já começou.
Quando a bolsa amniótica que reveste o neném se rompe, o líquido amniótico é liberado.
Normalmente, a gestante perde cerca de meio litro de água e não sente dor. No entanto, a quantidade de líquido liberado pode variar conforme a região na qual a bolsa se rompeu.
Então, pode ocorrer também uma perda pequena de líquido a ponto de somente umedecer a calcinha. Em alguns casos, a mulher pode continuar perdendo o líquido, conforme o organismo continua produzindo.
Eventualmente, as pacientes confundem a perda de líquido amniótico com urina e corrimento vaginal excessivo. Então, em caso de dúvidas, é essencial consultar a obstetra.
O líquido amniótico geralmente é transparente e tem grumos esbranquiçados, semelhante à água de coco e não tem cheiro forte.
Quando o líquido é amarelado ou esverdeado, principalmente se sua consistência for espessa, você deve buscar atendimento médico imediatamente.
Um dos sinais mais evidentes do início do trabalho de parto são as contrações, ou seja, uma sensação de endurecimento e relaxamento sentida na parte debaixo do abdome ou nas costas.
As contrações são movimentos do útero para ajudar a abrir o colo e empurrar o bebê.
No início do trabalho de parto, elas são similares a cólicas menstruais, duram entre 30 e 40 segundos e ocorrem em intervalos de 15 a 20 minutos.
Com o avançar do trabalho de parto, as contrações duram cerca de 60 segundos e ficam mais frequentes e mais intensas. Então, elas se mantêm constantes, mesmo se a paciente se deitar ou andar.
Ao sentir contrações regulares em qualquer época da gestação, é fundamental procurar a obstetra.
É comum a mulher ter contrações uterinas a partir da segunda metade da gestação, sendo que elas vão ficando mais frequentes e perceptíveis no final da gestação e nem sempre elas indicarão o trabalho de parto.
Neste caso, podemos estar diante das contrações de treinamento ou contrações de Braxton Hicks, momento que também chamamos de falso trabalho de parto.
Contudo, existem algumas diferenças importantes entre o falso trabalho de parto e o real:
Então, contar com a ajuda do parceiro e cronometrar as contrações e o intervalo entre elas pode ser muito útil para identificar quando a mulher realmente está em trabalho de parto.
Em geral, podemos dizer que o trabalho de parto possui 3 principais fases:
Nesta etapa há o encurtamento (apagamento) e a dilatação do colo do útero. Possui dois períodos:
Fase latente: é a fase inicial na qual as contrações irregulares tornam-se progressivamente coordenadas, a mulher tem pouco desconforto e o colo dilata até 4 cm.
Fase ativa: nesta fase, há aumento das contrações e o colo chega à sua maior dilatação com cerca de 10cm.
Esta etapa vai da dilatação total do colo uterino até a expulsão do bebê e geralmente nesta fase a mulher já está internada. Este período pode durar de 2 horas a 3 horas, desde que esteja tudo bem com o bebê.
Durante esse período, a gestante apresenta movimentos involuntários expulsivos intensos, os puxos.
No geral, a analgesia de parto pode prolongar esta fase em até uma hora.
Esta etapa se inicia assim que o bebê sai e termina após a saída completa da placenta.
É o período no qual o útero precisa contrair vigorosamente para conter o sangramento. Apesar disso, esta contração é praticamente indolor.
Nesta fase ocorre a estabilização do quadro da mulher e a observação de perto é necessária, por pelo menos 1hora após o parto.
Como prevenção da hemorragia pós parto a OMS recomenda que todas as mulheres recebam ocitocina, mesmo que não tenham feito uso deste hormônio durante o trabalho de parto.
A amamentação na primeira hora de vida também tem influência positiva neste período.
Mesmo em gestações de baixo risco, as gestantes devem ficar atentas aos sinais de alerta para ir à maternidade, são eles:
Como vimos, o trabalho de parto possui uma série de peculiaridades que precisam ser conhecidas pela gestante.
Por isso, a orientação durante o pré-natal é essencial para que ela passe por esta importante fase com mais segurança e tranquilidade.
Então, caso você esteja grávida e tenha dúvidas em relação ao trabalho de parto, não hesite em esclarecê-las com a sua obstetra!
E, em caso de sinais de alarme, busque imediatamente a maternidade mais próxima.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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