Laparoscopia: saiba como o procedimento é realizado

jun. 20, 2024
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A laparoscopia é uma técnica minimamente invasiva utilizada para diagnosticar e tratar uma variedade de condições.

Este procedimento, conhecido por suas pequenas incisões e recuperação rápida, permite realizar intervenções complexas com precisão aumentada e menos desconforto.


Assim, desde a preparação até a recuperação, entender mais sobre a laparoscopia pode ajudar a esclarecer muitas dúvidas e preparar as pacientes caso esta técnica seja recomendada.


O que é a laparoscopia e quais são os benefícios dessa técnica?


A laparoscopia é uma técnica cirúrgica minimamente invasiva que é frequentemente utilizada na ginecologia para diagnosticar e tratar várias condições que afetam o sistema reprodutor feminino.



Neste procedimento, realizamos pequenas incisões, geralmente no abdômen, através das quais insere uma câmera (o laparoscópio) e instrumentos cirúrgicos especiais.


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Isso permite visualizar e trabalhar dentro do corpo da paciente sem abrir a área de operação de forma extensa.


Em relação aos benefícios da laparoscopia, podemos destacar:


  • Menor trauma cirúrgico;
  • Recuperação mais rápida;
  • Menor risco de infecção;
  • Menores cicatrizes;
  • Melhor precisão diagnóstica e terapêutica;
  • Redução no tempo de internação hospitalar;
  • Melhores resultados estéticos e psicológicos.


Quando recomendamos essa abordagem?


Recomendamos a laparoscopia no diagnóstico e tratamento de diversas condições, confira abaixo:



  • Endometriose: utiliza-se a laparoscopia para ressecar ou cauterizar lesões endometriais;
  • Mioma uterino: para a remoção de miomas, a laparoscopia pode ser a técnica escolhida;
  • Gestação ectópica: em casos onde o embrião se desenvolve fora do útero, podemos usar a laparoscopia para remover a tuba afetada ou para extrair o tecido embrionário;
  • Câncer ginecológico: a técnica é útil para coletar material para biópsia em casos suspeitos de câncer ginecológico e pode servir como método de tratamento para certos tipos de câncer, como os do endométrio e câncer do colo do útero;
  • Doenças inflamatórias: quando há sintomas indicativos de doenças inflamatórias no sistema reprodutor, a técnica é indicada para confirmar o diagnóstico;
  • Remoção de cisto de ovário: se cistos ovarianos são suspeitos de serem cancerígenos, persistentes ou causam sintomas, podemos utilizar a laparoscopia para removê-los;
  • Procedimentos de esterilização: a ligadura tubária, um método de esterilização feminina, pode ser realizada através desse método;
  • Problemas de infertilidade: a laparoscopia permite examinar as trompas de Falópio, os ovários e o útero para possíveis anormalidades;
  • Histerectomia: a remoção do útero pode ser realizada através desse método.


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Como realizamos a laparoscopia?


A laparoscopia segue etapas cuidadosamente planejadas para garantir sua segurança e eficácia, confira o passo-a-passo abaixo:


Preparação do paciente


Primeiramente, realizamos a limpeza e a desinfecção da área do abdômen.


Ademais, a paciente é submetida à anestesia geral para garantir que ela esteja inconsciente e não sinta dor durante o procedimento.


Início do procedimento


Uma vez que a paciente está sob anestesia, realizamos uma pequena incisão, geralmente abaixo ou dentro do umbigo.


Então, através desta incisão, um instrumento chamado trocarte é inserido.


O dióxido de carbono (gás carbônico) é então insuflado na cavidade abdominal.


O gás eleva a parede abdominal acima dos órgãos internos para criar um espaço de trabalho e melhorar a visualização dos órgãos pélvicos.


Inserção do laparoscópio


Após a insuflação, o laparoscópio, que é um tubo fino com uma câmera e uma fonte de luz na ponta, é inserido através da mesma incisão ou através de uma incisão separada.


A câmera transmite imagens de alta resolução para um monitor, permitindo que a especialista visualize a cavidade abdominal e os órgãos pélvicos em detalhes.


Realização do procedimento cirúrgico


Dependendo do objetivo do procedimento, podemos fazer incisões adicionais para a introdução de instrumentos cirúrgicos especializados.



Usamos esses instrumentos para manipular, cortar, e suturar tecidos.


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Finalização do procedimento


Após a conclusão da intervenção cirúrgica, liberamos o dióxido de carbono da cavidade abdominal, os instrumentos são removidos, e as incisões são suturadas e fechadas.


Recuperação


Por fim, levamos a paciente para uma sala de recuperação, onde ela é monitorada enquanto recupera a consciência.


Muitas pacientes podem voltar para casa no mesmo dia ou no dia seguinte, dependendo da extensão do procedimento e da recuperação individual.


O período de recuperação varia de uma semana até 30 dias. 


Nesta fase, recomenda-se que a paciente mantenha repouso, com uma rotina adequada de sono, e se abstenha de esforços físicos e relações sexuais.


Existem riscos e contra indicações nesse procedimento?


Sim, embora a laparoscopia ginecológica seja uma técnica minimamente invasiva e muito segura, ela envolve certos riscos e pode ter contra indicações específicas, como qualquer procedimento cirúrgico.


Nesse sentido, os principais riscos da laparoscopia incluem:


  • Lesão aos órgãos internos;
  • Infecção;
  • Sangramento;
  • Complicações da anestesia;
  • Formação de hérnias;
  • Adesões;
  • Tromboembolismo venoso.


Além disso, podemos não indicar a laparoscopia caso a paciente apresente os seguintes quadros:


  • Distúrbios de coagulação;
  • Infecções abdominais ou pélvicas graves ativas;
  • Gravidez avançada;
  • Doença cardíaca ou pulmonar grave;
  • Histórico de múltiplas cirurgias abdominais.


Por isso, antes de realizar uma laparoscopia, é importante discutir todos os riscos e benefícios com a ginecologista, bem como realizar uma avaliação completa para garantir que é seguro seguir com o procedimento.


Como saber se a laparoscopia é indicada para o meu caso?



Para determinar se a laparoscopia é a abordagem cirúrgica adequada para o seu caso, é essencial que você consulte uma ginecologista especialista em cirurgia ginecológica minimamente invasiva.


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A especialista em saúde da mulher realizará uma avaliação médica completa.


Além disso, ela poderá solicitar exames de imagem como ultrassonografia, ressonância magnética ou tomografia computadorizada.


Essa avaliação ajuda a identificar condições que podem ser tratadas através dessa técnica.


Durante a consulta, ela também discutirá todas as opções de tratamento disponíveis, permitindo que você entenda não apenas os benefícios e os riscos da laparoscopia, mas também outras alternativas possíveis.


Esse diálogo é essencial para que você tome uma decisão informada sobre sua saúde.


Portanto, em caso de dúvida ou caso você já possua indicação para realizar a laparoscopia, agende uma consulta com a ginecologista o quanto antes para confirmar se o procedimento é uma opção viável para o seu caso!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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