Realizado pela própria mulher, a análise consiste em observar e sentir as mamas em busca de identificar nódulos, assimetrias, entre outras alterações na região.
Embora não substitua os exames regulares para prevenção do câncer, o autoexame pode ajudar a identificar qualquer mudança suspeita e alertar a mulher para a necessidade de procurar um especialista.
Entenda melhor neste artigo quando e como realizar o autoexame!
O câncer de mama raramente causa sintomas nas mulheres que o desenvolvem, exceto em estágios mais avançados, quando as lesões se espalham pela região mamária e afetam outras estruturas próximas.
Por isso, exames específicos voltados para o diagnóstico precoce do câncer de mama são essenciais.
O principal exame é a mamografia.
Nesse contexto, o autoexame de mamas é uma abordagem muito importante para detecção de lesões suspeitas de mama, que pode ser realizada pela própria mulher.
Afinal, quem melhor que nós mesmas para conhecer nosso corpo em detalhes?
Esse procedimento consiste em uma série de passos para observação e palpação das mamas em busca de irregularidades que possam indicar a presença de algo anormal.
É importante destacar que, quanto mais cedo o câncer de mama for detectado, maior será a chance de cura.
Dito isso, gostaria de deixar claro que quando uma lesão se torna palpável ou facilmente identificável, ela não está mais tão no começo e por isso é importante buscar atendimento ao primeiro sinal de alerta.
Recomenda-se o autoexame da mama para todas as mulheres com 20 anos ou mais.
Ademais, devido à possibilidade de inchaço das mamas antes e durante o período menstrual, sugere-se que o exame seja realizado longe do período da menstruação.
E, para mulheres na menopausa, é aconselhável escolher uma periodicidade mais ou menos regular para realizar o autoexame.
Não existe uma periodicidade pré definida que seja ideal.
Dessa forma, você deve realizar o autoexame em três etapas, entenda cada uma delas:
Em frente ao espelho
Sem roupa e com as mãos na cintura, avalie o tamanho, forma e contorno das mamas.
Verifique a pele, a aréola e o mamilo em busca de alterações ou qualquer tipo de inchaço. Em seguida, erga os braços e observe novamente essas características.
No chuveiro
Fique em pé com a coluna ereta e apalpe cada mama com a ponta dos dedos em movimentos circulares, iniciando na axila e seguindo em direção ao mamilo.
Você pode simular os ponteiros do relógio, usando o mamilo como o centro.
Verifique se há regiões mais densas, caroços ou algum nódulo palpável.
Então, pressione delicadamente o mamilo para verificar se há saída de líquido de origem desconhecida.
Deitada
Coloque um travesseiro fino embaixo do ombro esquerdo e com a mão esquerda atrás da cabeça, apalpe a mama esquerda em movimentos circulares com a ponta dos dedos da outra mão.
Verifique se há anormalidades e repita o procedimento com a outra mama, colocando o travesseiro embaixo do ombro direito.
Estas dicas servem para que você consiga auto examinar todas as partes das duas mamas.
Não precisa exercer muita pressão, mas o suficiente para sentir tanto a superfície quanto a profundidade.
Quanto mais volumosas as mamas maior a dificuldade de sentir todo a textura da mama, mas não se aflija.
O importante no auto exame é ter uma idéia de como é a textura da sua mama e observar se, ao longo do tempo, alguma coisa diferente do habitual apareceu.
Se as mamas forem pequenas, facilmente você perceberá as costelas abaixo da mama.
É uma estrutura dura e imóvel e, ao examinar a mama do outro lado, você encontrará algo similar.
Esta é outra dica importante: sempre que encontrar algo que parece diferente, procure algo parecido do lado contralateral, aproximadamente na mesma localização.
Se você encontrar, provavelmente se trata de alguma parte do corpo que deveria estar lá mesmo, como um parênquima mamário mais denso, tendão muscular ou mesmo a costela.
Devemos lembrar que a maioria dos nódulos identificados nas mamas são benignos, podendo ser um cisto ou uma inflamação dos gânglios.
Assim, se durante o autoexame de mama você detectou alguma anormalidade, é importante se manter tranquila, mas não deixar o achado de lado!
Então, indicamos que você busque a ginecologista ou mastologista (especialista em mamas) o mais rápido possível, caso verifique algum desses sinais:
Reforçamos que, embora o autoexame das mamas seja valioso, ele não deve ser visto como substituto do exame clínico feito pela ginecologista ou daqueles realizados em laboratório, como ultrassonografia das mamas e mamografia, especialmente esta última, que é o real exame de rastreamento para câncer de mama.
Por isso, mantenha em dia as suas visitas à médica, assim como todos os exames solicitados durante a consulta!
Como dissemos, o autoexame não é capaz de detectar todas as lesões nas mamas, especialmente aquelas menores, que podem vir a se tornar câncer.
Por essa razão, é recomendado que mulheres realizem exames periódicos de rastreamento, como a mamografia.
Segundo o Ministério da Saúde e o Instituto Nacional de Câncer (INCA), mulheres que não apresentam fatores de risco devem iniciar o rastreamento aos 50 anos.
A Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia e a Sociedade Brasileira de Mastologia recomendam que este rastreamento se inicie aos 40 anos.
Já as mulheres com histórico familiar de câncer de mama devem começar o rastreamento 10 anos antes da idade em que o familiar mais jovem foi diagnosticado com a doença.
É importante ressaltar que a detecção precoce do câncer de mama é fundamental para um tratamento mais eficaz e com maior chance de cura.
Se você quiser saber mais sobre o câncer de mama, temos um artigo em nosso site!
E então, você tem o hábito de realizar o autoexame? Caso não realize, que tal encontrar o período ideal no mês e iniciar o quanto antes?
Isso pode fazer toda a diferença para sua saúde!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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