Dizemos que a mulher entrou na menopausa quando está há 1 ano sem menstruar, desde que não esteja em períodos específicos, como a gestação, pós-parto ou amamentação.
Nesta fase da vida, os ovários interrompem a produção do estrogênio e progesterona, hormônios importantes para a saúde feminina.
A fase que vai do início dos sintomas de transição até a parada das menstruações propriamente dita chama-se “climatério”, período no qual os sintomas da síndrome geniturinária iniciam.
Para se ter uma ideia, a SGU tem prevalência que varia de 36% a quase 90% das mulheres no período peri e pós-menopausa.
Diferente de alguns sintomas da menopausa, que são temporários e costumam diminuir ao longo do tempo, os sintomas da SGU costumam se agravar com a idade, se esta condição não receber o devido tratamento.
Temos um artigo no nosso blog que fala mais sobre como se adaptar aos sintomas da menopausa.
Ressaltamos que a síndrome geniturinária, apesar de ser mais frequente em mulheres no climatério, pode ocorrer em outras condições de saúde que levem a baixos níveis de estrogênio no corpo.
A SGU traz sintomas que podem ser leves a graves. Além disso, afeta a região genital e/ou o sistema urinário, influenciando a vida sexual, os relacionamentos e a qualidade de vida da mulher.
Todos os sintomas estão diretamente relacionados à redução dos níveis de estrogênio após a menopausa, que causa mudanças nos tecidos urogenitais.
Então, essas alterações podem gerar uma série de incômodos:
Após diagnóstico individualizado, que se baseia na investigação criteriosa do quadro de saúde da mulher no consultório, bem como no exame ginecológico, definiremos o tratamento mais apropriado.
Então, a escolha da terapia dependerá da gravidade dos sintomas, preferência da paciente e segurança dos tratamentos.
Assim, poderemos adotar as seguintes opções:
Na maioria dos casos, o uso de lubrificantes e hidratantes serão eficazes para aliviar alguns sintomas. Por isso, este é o tratamento de primeira linha para casos mais leves.
Ressaltamos que não devemos aplicar qualquer hidratante na região genital, mas sim produtos específicos para a vagina, que possuem ação prolongada, pois aderem à parede vaginal.
A terapia com reposição de estrogênio é o tratamento padrão mais eficaz para os sintomas da SGU da menopausa, pois favorece o restabelecimento do trofismo vulvovaginal.
Além disso, estudos mostram que este tratamento reduz significativamente a urgência urinária, a frequência ou noctúria, a incontinência urinária de esforço e de urgência, bem como a frequência de infecções urinárias.
Assim, poderemos indicar a aplicação intravaginal de 17-β-estradiol, promestrieno ou estriol, a depender de cada situação.
Nestes casos, após o tratamento principal que leva cerca de 15 dias, será necessário fazer uma aplicação de manutenção duas a três vezes por semana enquanto a mulher ainda tiver sintomas.
No entanto, devemos evitar este tratamento em mulheres com a SGU após câncer de mama, sendo os lubrificantes e hidratantes a primeira escolha nestes casos.
Atualmente, contamos com a possibilidade de adotar o laser como uma opção terapêutica, evitando o uso de hormônios.
Assim, poderemos utilizar tanto o laser de CO2 fracionado ou o laser YAG Erbium vaginal, que devem ser aplicados em três a quatro sessões no consultório médico. Estudos sugerem que a terapia a laser é eficaz e segura em mulheres com a síndrome geniturinária da menopausa.
O uso da radiofrequência para o tratamento da SGU também tem sido estudado, e parece promissor o seu uso para este fim.
Além destas opções, podemos ainda indicar outras terapias associadas, como a fisioterapia do assoalho pélvico e o tratamento psicológico em situações nas quais os sintomas da SGU trouxeram impactos emocionais para a mulher.
Neste ponto, devemos ressaltar que, apesar da SGU da menopausa causar impactos significativos na qualidade de vida da paciente, ela tem tratamento!
Por isso, é fundamental procurar uma ginecologista e relatar todos os seus incômodos. Somente assim poderemos investigar seu quadro clínico e definir o melhor tratamento para seu caso!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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