Trata-se de uma inflamação simultânea ou não na vulva e na vagina que afeta muitas mulheres, porém é mais comum entre aquelas que possuem uma vida sexual ativa, embora não exclusivamente.
Essa condição pode ser causada por infecções, alergias, irritação ou trauma e provoca alguns incômodos, como coceira e corrimento.
Assim, o diagnóstico e tratamento adequados da vulvovaginite são importantes para aliviar os sintomas e evitar complicações.
Entenda melhor nesse artigo como prevenir e tratar esse problema.
A vulvovaginite é uma condição inflamatória que afeta simultaneamente ou não a vagina e a vulva, ou seja, a parte interna e externa do aparelho genital feminino.
A vulvovaginite é muito mais comum em mulheres sexualmente ativas, devido ao contato íntimo que pode desencadear um desequilíbrio da flora vaginal.
De acordo com estudo publicado pela Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), mulheres que fazem o uso de anticoncepcionais orais estão mais sujeitas à vulvovaginite recorrente.
Ou seja, com a ocorrência de mais de três episódios diagnosticados e tratados durante o período de um ano.
Além disso, a condição também pode ser diagnosticada em crianças, devido à baixa presença de estrogênio no organismo, fator que favorece o surgimento das infecções.
Esse, inclusive, é o mesmo mecanismo que explica a ocorrência desta condição após a menopausa.
Essa inflamação pode ocorrer por uma série de fatores, como a presença de micro-organismos, hipersensibilidade a algumas substâncias presentes em cremes e sabonetes ou até mesmo alterações hormonais.
Algumas mulheres podem estar mais suscetíveis a desenvolver vulvovaginite do que outras. Por exemplo, pacientes grávidas, diabéticas ou que possuem sistema imunológico enfraquecido, precisam redobrar os cuidados com a região íntima.
Podemos citar como principais causas da vulvovaginite:
Os sintomas da vulvovaginite variam de mulher para mulher e de acordo com a causa principal da inflamação.
Então, enquanto algumas pacientes podem experimentar apenas sintomas leves, outras sofrem com sintomas mais graves.
Assim, de forma geral, os principais incômodos da vulvovaginite são:
O diagnóstico da vulvovaginite é feito no consultório ginecológico através do exame da região genital e com base nos sintomas relatados pela paciente.
Ainda no consultório pode ser feita análise do pH da secreção vaginal a fim de melhorar a acurácia do diagnóstico clínico.
Além disso, a ginecologista pode solicitar a realização da análise de secreção vaginal para que possa ser verificado se a vulvovaginite está sendo causada por algum agente infeccioso e qual é o tipo.
Outro exame bastante comum realizado em laboratório que pode ser usado para um diagnóstico assertivo é a vulvoscopia, no qual, como o uso de um aparelho chamado colposcópio, a vulva é detalhadamente analisada.
Em alguns casos específicos pode ser realizada uma biópsia da vulva no consultório ou guiada por vulvoscopia.
É importante frisar que as vulvovaginites mais comuns tem características clínicas bem específicas e, na maior parte das vezes, com uma boa conversa e exame ginecológico, podemos fazer um diagnóstico presuntivo acertado e indicar o tratamento sem necessidade de exames prévios.
Entretanto, em casos recorrentes, com falha do tratamento habitual ou com manifestações atípicas, o suporte laboratorial é imprescindível para afastar doenças mais raras que causam sintomas parecidos.
Assim, após o diagnóstico, é muito importante iniciar o tratamento o quanto antes e durante o tempo indicado pela ginecologista.
Dessa forma, garantimos a cura da condição e evitamos novas recorrências.
O tratamento da vulvovaginite irá variar de acordo com a causa da inflamação.
Então, poderemos prescrever remédios antifúngicos, antimicrobianos ou antivirais, de acordo com o agente causador.
Esses medicamentos podem ser administrados por via oral ou tópica, na forma de cremes ou comprimidos.
Poderemos também indicar algumas mudanças de hábito, como por exemplo:
Não podemos esquecer que algumas dessas condições são sexualmente transmissíveis, então ao ter a confirmação de uma IST as parcerias sexuais recentes devem ser informadas para que busquem avaliação e tratamento e se interrompa a cadeia de transmissão.
Lembramos também que a automedicação não é indicada! Então, ao sentir incômodos na região íntima, procure sua Ginecologista.
Assim, será possível identificar a causa exata do problema e iniciar o tratamento mais adequado.
Priorize sempre sua saúde e bem-estar. Se cuide!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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