Métodos de reprodução assistida: conheça

4 de abril de 2024
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Entre os métodos de reprodução assistida disponíveis atualmente, qual a melhor opção?

O avanço da tecnologia, sobretudo na área médica, tem colaborado na superação de inúmeros desafios.


Assim, a capacidade de lidar com problemas de infertilidade, que podem afetar a vida de um casal, tornou-se uma realidade graças a essas inovações médicas.


Nesse contexto, a introdução e aprimoramento dos métodos de reprodução assistida representam um marco significativo.


Este avanço possibilita não apenas a concepção em situações em que ambos os parceiros enfrentam dificuldades, mas também oferece uma gama de opções para casais e mulheres que buscam concretizar o sonho da maternidade.


Entretanto, antes de optar por um dos métodos existentes, é preciso ponderar inúmeros fatores e contar com o acompanhamento da especialista em saúde da mulher.


O que são os métodos de reprodução assistida e quando eles são necessários?


Os métodos de reprodução assistida são procedimentos médicos que tem por objetivo ajudar famílias ou indivíduos a superar problemas de fertilidade e tentar ter filhos.


Eles envolvem a manipulação de óvulos, espermatozóides ou embriões para facilitar a concepção.


A escolha do método de reprodução assistida depende da causa da infertilidade, da saúde geral do casal ou indivíduo, do tempo de infertilidade e de outros fatores específicos.


Dessa forma, aconselhamos sempre que a paciente procure orientação médica especializada para avaliar a situação e determinar o melhor curso de ação.


Quais são os principais métodos de reprodução assistida?


Alguns dos principais métodos de reprodução assistida incluem:


Inseminação artificial


A inseminação artificial envolve a introdução de espermatozóides no útero da mulher durante seu período fértil para facilitar a fertilização.


Essa opção pode ser realizada com o esperma do parceiro ou de um doador.


Geralmente, é recomendado para casais com dificuldade de conceber naturalmente devido a problemas leves de fertilidade masculina, endometriose leve, problemas cervicais ou outras causas de infertilidade desconhecidas. 


Embora seja um método menos invasivo e mais acessível do que outras técnicas de fertilização, como a fertilização in vitro, o sucesso da inseminação artificial pode variar dependendo da causa da infertilidade e da idade da mulher. 


Fertilização in vitro (FIV)



Na fertilização in vitro, óvulos e espermatozóides são combinados em laboratório para criar embriões, que são então implantados no útero da mulher.


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É uma opção para casais com problemas de fertilidade associados a obstrução das tubas uterinas, baixa contagem de esperma ou endometriose. 


Durante o procedimento, a mulher recebe medicamentos para estimular a produção de óvulos, que são então coletados e fertilizados com o esperma do parceiro ou doador. 


Em casos de baixa reserva ovariana, pode-se também usar óvulos de uma doadora, que serão fertilizados com sêmen do seu parceiro ou de um doador, e implantados na pessoa que irá gestar. 


Os embriões resultantes são cultivados por alguns dias e, em seguida, um ou mais são transferidos para o útero da mulher. 


O sucesso da FIV pode variar dependendo de vários fatores, incluindo a idade, a qualidade dos óvulos e do esperma, e das condições do útero.


Talvez você já tenha ouvido falar na injeção intracitoplasmática de espermatozoides (ICSI)


Esta é a etapa “acima” da FIV, quando o espermatozóide é injetado diretamente no citoplasma de um óvulo maduro para que a fertilização ocorra. 


Geralmente é reservado para casos de falha de FIV tradicional ou infertilidade por fator masculino grave.


Transferência de embriões congelados


Embriões excedentes da FIV podem ser congelados para uso posterior.


Esses embriões podem ser descongelados e transferidos para o útero da mulher quando ela estiver pronta.


Doação de óvulos e espermatozoides


Quando o casal possui problemas com a qualidade dos óvulos ou espermatozoides, doadores podem ser utilizados para ajudar na concepção.


Então, a depender de cada caso, a próxima etapa poderá ser a inseminação artificial ou a fertilização in vitro.



“Barriga de aluguel” ou Útero de substituição 


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Nesse método, uma mulher (a barriga de aluguel) carrega o embrião de outra pessoa ou casal e, após o parto, entrega o bebê aos pais biológicos.


Geralmente, a barriga de aluguel é usada quando uma mulher não pode levar uma gravidez por motivos médicos, como problemas de saúde, ou quando casais do mesmo sexo desejam ter filhos biológicos. 


No processo, os óvulos de uma das partes ou de uma doadora são fertilizados em laboratório e o embrião resultante é transferido para o útero da barriga de aluguel. 


Após o nascimento, a barriga de aluguel renuncia legalmente a qualquer vínculo com o bebê, que é então entregue aos pais pretendidos. 


Esse arranjo levanta questões éticas, legais e emocionais complexas e é regulamentado de forma diferente em diferentes países e jurisdições.


No Brasil, o termo barriga de aluguel é popularizado, porém legalmente não pode haver pagamento para que este processo aconteça.


Métodos para preservação da fertilidade


Incluem a criopreservação de óvulos, espermatozoides ou tecido ovariano para uso futuro, muitas vezes, antes de tratamentos médicos que podem afetar a fertilidade, como a quimioterapia.


Temos um artigo que fala mais sobre a prolongação da fertilidade feminina em nosso Blog!


É importante mencionar que cada método possui vantagens, desvantagens e considerações éticas específicas.


Assim, são aplicados de acordo com a situação específica do casal ou da mulher.


Quais são as vantagens dos métodos de reprodução assistida?


Essas técnicas oferecem soluções para uma variedade de condições de infertilidade, tanto relacionadas ao homem quanto à mulher.


Isso oferece a oportunidade para muitos casais realizarem o sonho de conceber, especialmente aqueles que, de outra forma, não conseguiriam ter filhos biológicos.


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Outra vantagem é o controle sobre o momento da gravidez.


Em alguns casos, os casais podem adiar a concepção até estarem prontos, o que é particularmente útil quando a idade avançada pode afetar a fertilidade.


Além disso, os métodos de reprodução assistida possibilitam a prevenção da transmissão de doenças genéticas, através da seleção de embriões em procedimentos como a Fertilização In Vitro (FIV).


Esses métodos também oferecem suporte em casos de esterilidade absoluta, permitindo a gravidez por meio da doação de óvulos ou espermatozoides.


Para casais do mesmo sexo, a reprodução assistida abre oportunidades para terem filhos biológicos, seja através da doação de óvulos, espermatozoides, barriga de aluguel ou uma combinação desses métodos.


Apesar de todas as vantagens, é importante ressaltar que a reprodução assistida traz desafios emocionais, físicos e/ou financeiros.


Assim, a decisão de optar por esses métodos deve ser tomada após uma avaliação cuidadosa da situação específica do casal ou da mulher, com orientação da ginecologista.


No Brasil existem regulamentações e legislação específica para o uso de técnicas de reprodução assistida.


Ademais, devemos ressaltar que, apesar dos tratamentos disponíveis, nem sempre eles serão capazes de gerar um filho. 


Além das taxas de sucesso dos tratamentos não serem de 100%, quanto mais postergamos a gestação, mesmo com óvulos nossos congelados jovens, quanto maior a nossa idade à época da gravidez, maior o risco de complicações associadas à gestação. 


Como escolher o método ideal?


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Escolher o método de reprodução assistida ideal é uma decisão complexa que requer uma análise cuidadosa de vários fatores.


Primeiramente, é essencial realizar uma avaliação médica completa para avaliar a saúde geral e as condições médicas específicas.

A idade é um elemento significativo, pois influencia a resposta aos tratamentos e a reserva ovariana.


Considere também o custo financeiro, que abrange procedimentos, exames, medicamentos e acompanhamento médico, sendo importante avaliar esta disponibilidade.


O suporte psicológico é fundamental, dado que o processo de reprodução assistida pode ser emocionalmente desafiador.


Outro aspecto a considerar é o tempo e dedicação exigidos por alguns métodos, que podem acabar gerando desgaste físico e emocional. 


Todos os métodos mencionados acima apresentam riscos, portanto, compreender os efeitos colaterais, complicações e riscos potenciais é essencial para uma decisão informada.



Assim sendo, em caso de dúvidas sobre fertilidade ou para saber qual o melhor método de reprodução assistida para o seu caso, agende uma consulta com a ginecologista!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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