Essas estruturas possuem um importante papel dentro do sistema reprodutor, facilitando o transporte dos óvulos e a ocorrência da fecundação.
Entretanto, em determinadas circunstâncias, a remoção das tubas uterinas torna-se necessária.
Assim, essa intervenção pode ser recomendada em situações que envolvem desde complicações severas, como a obstrução que compromete a fertilidade, até dentro do contexto preventivo, como a redução do risco de câncer de ovário.
Entenda melhor neste artigo!
As tubas uterinas, também conhecidas como trompas de Falópio, são órgãos essenciais do sistema reprodutor feminino.
Medindo cerca de 10 centímetros cada, essas estruturas conectam os ovários ao útero.
A função principal das tubas uterinas é facilitar o transporte das células reprodutivas da mulher (óvulos) e do homem (espermatozóides), sendo o local onde ocorre a fecundação.
Durante a ovulação, o óvulo liberado pelo ovário é capturado pelas tubas uterinas e conduzido até a ampola, onde ocorre o encontro com o espermatozóide.
A extração das tubas uterinas, conhecida como salpingectomia, pode ser necessária em algumas situações médicas específicas.
Algumas razões para realizar a remoção das tubas uterinas incluem:
Gravidez ectópica
Quando um óvulo fertilizado se implanta fora do útero, geralmente isso acontece nas próprias tubas uterinas, isso é chamado de gravidez ectópica.
Essas situações representam sérios riscos para a saúde e a vida da mulher e a remoção da tuba afetada pode ser necessária.
Em nosso blog, temos um artigo detalhado sobre a gestação ectópica. Acesse para saber mais!
Infecções recorrentes
Casos graves e recorrentes de infecções nas tubas uterinas podem ocorrer e serem perigosas para a mulher.
Se as infecções não puderem ser controladas com tratamento médico e representarem uma ameaça para a saúde, a remoção das tubas uterinas pode ser considerada.
Lesões graves ou doenças
Traumas, lesões graves ou doenças nas tubas uterinas que causem danos irreparáveis podem justificar a remoção cirúrgica.
Prevenção de câncer
Em casos de alto risco para câncer nas tubas uterinas ou de ovário, pode-se recomendar a remoção preventiva das tubas uterinas.
De acordo com a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), a remoção das tubas uterinas tem sido considerada uma intervenção preventiva em casos de alto risco para câncer de ovário.
Dessa forma, a salpingectomia bilateral, ou seja, a remoção completa de ambas as tubas uterinas, é uma opção preventiva, uma vez que estudos sugerem que muitos cânceres de ovário têm origem nessas estruturas.
Inclusive, considerando este aspecto, costuma-se realizar a salpingectectomia sempre que é indicada a histerectomia (remoção do útero).
A remoção das tubas uterinas é frequentemente realizada por meio de videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva.
O procedimento ocorre sob anestesia geral e pequenas incisões são feitas na paciente para a inserção de uma microcâmera, permitindo ao cirurgião visualizar e realizar a operação.
No pós-operatório, é comum a experiência de alternância entre sensações de calor e frio, mas medicamentos são prescritos para aliviar esses desconfortos.
É aconselhável também seguir a dieta recomendada, restringir a prática de atividade sexual e evitar esforços físicos intensos pelo tempo indicado.
Em alguns casos, podemos prescrever o uso de meias compressivas para prevenir tromboses.
A recuperação varia de paciente para paciente, e é importante seguir as orientações médicas para garantir uma recuperação adequada.
É importante saber que a videolaparoscopia contribui para uma recuperação mais rápida em comparação com procedimentos cirúrgicos mais invasivos.
A realização de uma salpingectomia pode impactar significativamente a capacidade reprodutiva da mulher, uma vez que é desfeita a “ponte” entre os ovários e o útero.
Quando a operação é unilateral, ou seja, apenas uma das tubas é removida, a fertilidade geralmente permanece.
Nesses casos, a mulher ainda tem uma tuba uterina funcional para transportar óvulos dos ovários para o útero, permitindo a concepção natural.
Por outro lado, a salpingectomia bilateral, onde ambas as tubas uterinas são removidas, implica na eliminação completa dessa via de transporte dos gametas.
Em situações em que a salpingectomia bilateral é necessária, a fecundação de modo espontâneo torna-se praticamente inviável.
Portanto, a mulher não será capaz de conceber naturalmente, e a gravidez só seria possível por meio de técnicas de reprodução assistida, como a fertilização in vitro (FIV).
É importante ressaltar que a decisão de realizar uma salpingectomia, unilateral ou bilateral é tomada com base nas necessidades médicas específicas da paciente, como a presença de obstruções, infecções, lesões ou em casos de prevenção de câncer.
Então, é essencial que a paciente discuta essa decisão cuidadosamente com a ginecologista.
Caso você já possua uma indicação para fazer a extração de tubas uterinas ou queira saber se esse procedimento é indicado para você, agende uma consulta com a especialista!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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