Estou tentando engravidar e não consigo

21 de dezembro de 2023
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Você e seu parceiro estão tentando engravidar e não conseguem?

Engravidar e iniciar uma família é um sonho compartilhado por muitos casais.


Entretanto, para alguns, essa jornada é marcada por grandes desafios.


De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 50 e 80 milhões de pessoas em todo o globo enfrentam problemas relacionados à fertilidade.


Este fenômeno pode ter origens diversas, sendo manifestado por fatores de ordem tanto masculina quanto feminina, ou mesmo uma combinação de ambos.


Dessa forma, a busca por ajuda médica é essencial para um diagnóstico preciso e para explorar as diversas opções de tratamento disponíveis, que vão desde medicamentos até técnicas avançadas, como a fertilização in vitro.


O problema deve sempre considerar o casal, não apenas um dos cônjuges e a investigação, quando necessária deve incluir ambos parceiros. 


Por que estou tentando engravidar e não consigo?


A infertilidade do casal pode ter diversas causas e, muitas vezes, é resultado de uma combinação de fatores.


Algumas das razões mais comuns que podem interferir na capacidade de uma mulher engravidar incluem:


  • Problemas nos ovários e problemas de ovulação;
  • Dificuldade na implantação do embrião;
  • Problemas uterinos, como malformações congênitas, pólipos ou fibromas;
  • Bloqueios nas trompas de falópio ou problemas no canal cervical;
  • Idade avançada (após 35 anos);
  • Hábitos como tabagismo, consumo excessivo de álcool e sedentarismo;
  • Doenças ginecológicas como endometriose, adenomiose e miomatose;
  • Alterações hormonais, como aquelas associadas a distúrbios da tireoide;
  • Síndrome de Asherman;
  • Baixa contagem ou qualidade dos espermatozóides;
  • Problemas imunológicos.


Após quanto tempo tentando engravidar é preciso procurar ajuda?


Na realidade, quando um casal decide ter um filho, o ideal é que procure a ginecologista para uma consulta pré concepcional na qual avaliamos as condições de saúde da paciente e damos uma série de orientações para garantir que essa jornada seja a mais saudável possível. 


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Porém, caso a paciente pule esta etapa e já parta para as tentativas, recomenda-se buscar ajuda médica quando o casal não tem sucesso após determinado período, que varia com a idade da mulher. 


Inicialmente, deve-se compreender que a fertilidade humana é intrinsecamente limitada, com um casal enfrentando cerca de 20% de chance mensal de concepção, e essa probabilidade é decrescente com a idade e o tempo tentando engravidar. 


Diante dessa realidade, definiu-se que a infertilidade conjugal é diagnosticada quando não ocorre gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares, sem o uso de métodos contraceptivos.


Este marco é essencial e, após um ano de tentativas, é preciso que o casal busque assistência para uma avaliação mais profunda.


Entretanto, é importante salientar que, quando a mulher atinge a idade de 35 anos ou mais, o período de espera para buscar auxílio é reduzido pela metade.


Assim, recomendamos que o casal busque ajuda médica após 6 meses de tentativas sem sucesso.


Ademais, em casos nos quais a paciente apresenta condições ginecológicas pré-existentes, a busca por assistência médica pode ocorrer antes do período padrão de um ano.


Saiba que uma investigação precoce pode fornecer informações cruciais para orientar estratégias de tratamento eficazes!


É possível obter um diagnóstico preciso?


Além dos exames de rotina, alguns procedimentos e testes direcionados são frequentemente utilizados para tentar identificar as causas relacionadas à dificuldade de engravidar.


Entre os principais exames, destacam-se:


  • Análise de reserva ovariana: este exame avalia a quantidade e a qualidade dos óvulos disponíveis nos ovários;
  • Contagem de folículos ovarianos: este exame verifica indiretamente o número de folículos presentes nos ovários e também é uma forma de avaliar a reserva ovariana;
  • Histerossalpingografia: um procedimento radiológico que utiliza um agente de contraste para avaliar a forma do útero e a permeabilidade das trompas de falópio, identificando possíveis obstruções ou anormalidades.



Além desses, a investigação de doenças ginecológicas frequentemente envolve exames adicionais, tais como talvez ressonância magnética pélvica e ultrassom transvaginal.


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Por outro lado, a análise da infertilidade masculina é igualmente importante e normalmente conduzida por um urologista especializado.



Exames como análise espermática e ultrassom dos testículos são solicitados para avaliar a quantidade, motilidade e morfologia dos espermatozóides, identificando possíveis fatores que afetam a fertilidade masculina.


Quais tratamentos estão disponíveis atualmente para lidar com essa dificuldade?


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Existem diversas estratégias para lidar com a dificuldade de engravidar, como por exemplo:


Coito programado


Este é um tratamento de reprodução assistida menos complexo, especialmente indicado para mulheres com problemas de ovulação, decorrentes de disfunções hormonais ou da síndrome dos ovários policísticos.


Neste caso, fazemos o acompanhamento do ciclo menstrual da mulher, de modo a determinar o período da ovulação da paciente.


Então, orientamos o casal a manter relações no dia e horário favoráveis, aumentando a probabilidade de sucesso da gravidez.


Inseminação artificial


Uma opção de tratamento de baixa complexidade, recomendada para mulheres com falta de ovulação e para homens com alterações leves ou moderadas no sêmen.


Neste caso, o sêmen é inserido diretamente na cavidade uterina da mulher em uma clínica especializada, aumentando as chances de conceber uma gravidez.


Antes deste processo, a mulher passa pelo estímulo da ovulação a partir do uso de alguns hormônios. 


Fertilização In Vitro (FIV)


Uma técnica de alta complexidade, ideal para mulheres com condições como endometriose, obstrução nas tubas uterinas, idade avançada, baixa reserva ovariana, fator masculino grave e outras circunstâncias específicas.


Neste caso, estimulamos a ovulação da paciente com hormônios e, após extrair os óvulos, eles são fertilizados em laboratório e os embriões implantados no útero.


É importante destacar que pode acontecer de nem todos os óvulos fertilizados gerarem um embrião. Além disso, depois de formado o embrião é preciso que a implantação seja bem sucedida para que uma gravidez aconteça.


Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI) 


Uma variação da FIV, o ICSI é recomendado quando há baixa quantidade e qualidade de espermatozoides, problemas de ejaculação ou histórico de vasectomia.


Nesse procedimento, coleta-se os espermatozoides do sêmen ou de uma amostra de tecido retirado dos testículos.


Tentando engravidar: como a mulher pode preservar e manter a sua fertilidade?


Embora não seja possível garantir a fertilidade, adotar um estilo de vida saudável pode contribuir para otimizar as chances de concepção.

Então, aqui estão algumas orientações:


  • Consuma uma dieta rica em nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes;
  • Mantenha um peso saudável, pois a obesidade ou a magreza excessiva podem afetar os ciclos menstruais e a ovulação;
  • Pratique exercícios físicos moderados para manter a regulação hormonal;
  • Não fume, limite o consumo de álcool e evite o estresse excessivo;
  • Mantenha a sua saúde mental, pois a depressão e a ansiedade podem afetar a fertilidade.
  • Mantenha os exames ginecológicos em dia.


Por último, lembre-se de manter relações sexuais regulares, especialmente durante o período fértil do ciclo menstrual, para aumentar as chances de concepção.


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Como esclarecemos, a fertilidade pode ser influenciada por uma série de fatores.


Então, é muito importante contar com o encaminhamento da especialista em saúde da mulher durante todo o processo para engravidar.



Em caso de dúvidas, agende uma consulta com a ginecologista o quanto antes!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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