Dor ao urinar: o que pode ser?

16 de janeiro de 2024
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A dor ao urinar é uma questão que muitas mulheres enfrentam em algum momento de suas vidas e que demanda atenção!

Essa experiência desconfortável pode ter uma variedade de causas, desde condições como alterações do trato urinário até questões específicas relacionadas à saúde ginecológica.


Assim, é importante que qualquer desconforto ou dor ao urinar seja comunicado à ginecologista para que a causa subjacente possa ser identificada e tratada adequadamente.


Entenda melhor neste artigo!


Como a infecção urinária pode estar relacionada à dor durante a micção?


A infecção do trato urinário pode estar relacionada à dor durante a micção devido à inflamação e irritação das estruturas do trato urinário.


Esse tipo de condição é frequentemente causada por bactérias que podem entrar no sistema urinário e se multiplicar, levando a uma infecção.


Então, quando as bactérias infectam a uretra, a bexiga ou outras partes do trato urinário, podem desencadear uma resposta inflamatória do corpo, resultando em sintomas como dor, ardência ou sensação de queimação durante a micção.


Se você quer saber mais sobre a infecção urinária, não deixe de conferir esse artigo sobre o assunto em nosso blog!


Além das infecções, pequenos cálculos do trato urinário podem causar sintomas parecidos, por irritação da parede da bexiga e/ou da uretra, ao transitarem por estes órgãos.


Existem condições ginecológicas que podem causar desconforto ao urinar? Quais são elas?


Além da infecção urinária, existem várias condições ginecológicas que podem causar desconforto ao urinar em mulheres. Algumas delas incluem:


Vaginose bacteriana 


A vaginose bacteriana é uma condição na qual há um desequilíbrio na flora bacteriana normal da vagina.


Isso pode resultar em sintomas como odor desagradável, corrimento abundante e, mais raramente, desconforto ao urinar.


Infecções fúngicas


Condições como a candidíase podem causar irritação na área genital e desconforto ao urinar.



Infecções sexualmente transmissíveis


Condições como a clamídia e a gonorreia, podem levar a sintomas urinários, incluindo dor ao urinar, associados à uretrite.


Atrofia vaginal


A atrofia vaginal ocorre durante a menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem.


Isso pode causar afinamento das paredes vaginais, secura e dor durante a atividade sexual, o que pode se manifestar como desconforto ao urinar.


No nosso blog, você pode conferir um artigo sobre o uso de laser CO2 no tratamento do ressecamento e da atrofia vaginal.


Endometriose


A endometriose é uma condição em que o tecido que normalmente reveste o útero começa a crescer fora dele.


Assim, esse problema pode afetar a bexiga e outras áreas do trato urinário, levando a desconforto e dor ao urinar.


Quais são os sintomas adicionais que as mulheres podem experimentar em conjunto com a dor durante a micção?


Além da dor ao urinar, as mulheres devem ficar atentas a outros sintomas que podem indicar possíveis problemas ginecológicos. Aqui estão alguns sinais adicionais a serem observados:



  • Aumento da frequência urinária;
  • Urgência para urinar;
  • Dor ou desconforto pélvico;
  • Dor durante a relação sexual;
  • Alterações no sangramento menstrual;



  • Corrimento vaginal;
  • Sintomas urinários adicionais, como sangue na urina, dificuldade para urinar ou incontinência.


Como diagnosticamos a dor ao urinar na mulher?


O processo de diagnóstico geralmente começa com a análise da história clínica detalhada, incluindo a duração dos sintomas, fatores desencadeantes e outros desconfortos associados.


Em seguida, realizamos um exame físico para avaliar a área genital e procurar sinais de infecção ou anormalidades.


A coleta de amostras de urina também é frequentemente solicitada para identificar a presença de bactérias e determinar o tipo de infecção.


Ademais, dependendo dos sintomas, testes adicionais, como exames de imagem, ultrassonografia pélvica ou exames específicos para infecções sexualmente transmissíveis podem ser necessários.


Dito isso, é importante ressaltar que, em mulheres sem comorbidades ou fatores de risco específicos, o diagnóstico de algumas das causas de dor para urinar pode ser feito apenas com a história clínica, sem necessidade de colher exames para indicar o tratamento inicial.


Como tratar esse tipo de condição?



O tratamento da dor ao urinar dependerá da causa do desconforto. Por isso, procurar a médica e fazer um diagnóstico correto é tão importante. 


Para infecções do trato urinário, antibióticos são frequentemente prescritos.


Para vaginose bacteriana ou infecções fúngicas, antibióticos ou antifúngicos podem ser recomendados por via oral ou pomadas. 


Já o tratamento para infecções sexuais costuma envolver antibióticos ou antivirais, dependendo do tipo específico.


Condições como atrofia vaginal ou problemas hormonais podem exigir terapia hormonal, como o uso de estrogênio.


Já em casos de endometriose, o tratamento pode envolver medicamentos para alívio da dor, terapias hormonais, cirurgia ou outras intervenções, dependendo da gravidade.


Como as mulheres podem prevenir a dor ao urinar?


Existem algumas práticas e hábitos saudáveis que as mulheres podem adotar para ajudar a prevenir a dor ao urinar e reduzir o risco de infecções e outros problemas ginecológicos.


Abaixo, confira algumas recomendações:



  • Garanta que a limpeza da região genital seja feita da frente para trás após usar o banheiro;
  • Beba água suficiente para diluir a urina e ajudar a eliminar bactérias e resíduos do trato urinário;
  • Evite segurar a urina por longos períodos para prevenir o acúmulo de bactérias;
  • Urine logo após a atividade sexual para limpar as bactérias que podem ter sido introduzidas na uretra durante a relação sexual;
  • Evite o uso de produtos perfumados ou irritantes na área genital, que podem perturbar o equilíbrio natural da flora vaginal;
  • Pratique sexo seguro com preservativo para evitar lesões e infecções.



Além disso, é preciso realizar exames ginecológicos regulares e consultas com a especialista em saúde da mulher para detecção precoce de qualquer problema.


Por isso, reforçamos ser fundamental que as mulheres procurem a orientação da ginecologista para uma avaliação adequada e um plano de tratamento personalizado.



Lembre-se, ignorar sintomas ou se autodiagnosticar pode levar a complicações mais graves!


Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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