Parto natural ou cesariana: quais as vantagens e desvantagens?

5 de janeiro de 2024
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A decisão entre parto natural e cesariana é uma das escolhas mais importantes que as gestantes enfrentam durante a gravidez.

Ambos os métodos têm suas vantagens e desvantagens e a seleção do tipo de parto envolve a preferência da gestante, além de uma cuidadosa ponderação dos riscos e benefícios associados a cada opção.


Acima de tudo, é preciso que a futura mamãe esteja confortável com sua escolha e, para tal, devemos proporcionar informações abrangentes para que ela tenha a oportunidade de escolher a opção que mais lhe convém.


Afinal, esta escolha não apenas impacta a experiência de nascimento, mas também pode influenciar a recuperação pós-parto e a saúde a longo prazo da mãe e do bebê.


O que é o parto natural e quais são os benefícios desse procedimento?


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O parto natural, também conhecido como parto vaginal, é o processo pelo qual o bebê deixa o útero da mãe através do canal vaginal durante o trabalho de parto.


Este método é considerado a forma tradicional e fisiológica de dar à luz.


O início do trabalho de parto é frequentemente um processo espontâneo, desencadeado pelo gradual aumento no ritmo e intensidade das contrações uterinas.


Essas contrações têm origem no fundo uterino e avançam em direção à região inferior, seguindo o que é conhecido como tríplice gradiente descendente.


Esse tipo de contração é fundamental para impulsionar o bebê para baixo, culminando no nascimento.


Para entender todos os detalhes acerca do parto normal, acesse esse artigo em nosso site!


Aqui estão alguns benefícios associados ao parto natural:


  • Recuperação mais rápida: as mães que passam por um parto vaginal geralmente experimentam uma recuperação mais rápida;
  • Menos riscos de complicações: o parto vaginal está associado a uma menor incidência de complicações pós-operatórias, como infecções, sangramento aumentado (hemorragia) e problemas de cicatrização;
  • Menor tempo de internação hospitalar: muitas vezes, as mulheres que passam por parto vaginal têm um tempo de internação hospitalar pós parto mais curto;
  • Estímulo para o sistema imunológico do bebê: o contato com o trato vaginal durante o parto pode expor o bebê a bactérias benéficas, contribuindo para o desenvolvimento do sistema imunológico;
  • Menor risco de complicações em futuras gestações: o parto vaginal pode reduzir o risco de complicações em gestações futuras, em comparação com múltiplas cesarianas.



O que é a cesariana e quais são os benefícios?


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A cesariana é um procedimento cirúrgico em que o bebê é retirado do útero da mãe por meio de uma incisão feita no abdômen e no útero.


Durante o procedimento, são cortadas cinco camadas da parede abdominal e duas do útero para possibilitar a chegada do bebê ao mundo.


Geralmente, realizamos a cesariana sob raquianestesia, permitindo que a mulher permaneça acordada enquanto a região inferior do corpo fica sem sensibilidade.


A recuperação após uma cesariana pode ser mais demorada do que após um parto vaginal, e a intervenção cirúrgica em si carrega seus próprios riscos.


Se você quiser saber mais sobre o parto cesariana, acesse esse artigo completo em nosso blog!


Ainda assim, esse procedimento traz benefícios, a saber: 


  • Emergências médicas: em situações de emergência, a cesariana pode ser opção mais rápida para garantir a saúde da mãe e do bebê;
  • Complicações durante o trabalho de parto: se surgirem complicações durante o trabalho de parto, pode-se realizar a cesariana para minimizar os riscos;
  • Posição do feto: quando o bebê está em uma posição que torna o parto vaginal mais arriscado ou impossibilitado, pode-se recomendar a cesariana.  Por exemplo, se o bebê está na posição pélvica (sentado) ou transversa (deitado) ao invés de cefálica (cabeça para baixo), a cesariana pode ser a escolha preferida.
  • Problemas de saúde da mãe: condições médicas pré-existentes da mãe, podem indicar a necessidade de uma cesariana;
  • Gravidez múltipla: em gestações de gêmeos, trigêmeos ou mais, a cesariana pode ser uma opção mais prudente.


Quais são os pontos de atenção da cesariana e do parto natural?


Tanto o parto natural quanto a cesariana apresentam pontos de atenção, sendo essencial a escolha entre ambos considerando as circunstâncias de cada gestação.


O parto natural, por exemplo, envolve alguns incômodos:


  • Dores intensas durante as contrações e o processo de expulsão do bebê.
  • Risco de lacerações perineais;
  • Tempo imprevisível de trabalho de parto, que pode ser prolongado;
  • Possibilidade de complicações obstétricas, exigindo intervenções médicas imediatas.


Por outro lado, a cesariana traz algumas questões:



  • Recuperação mais longa, geralmente mais demorada do que após um parto vaginal;
  • Desconforto prolongado devido às incisões cirúrgicas;
  • Risco aumentado de infecções;
  • Riscos de complicações pós-operatórias, incluindo hemorragia, trombose e problemas de cicatrização.


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Assim, reforçamos que cada método de parto requer considerações específicas, e a decisão deve ser tomada em conjunto com a obstetra.


Parto natural ou cesariana: como decidir?


Definir a via de parto é uma questão complexa que envolve a gestante, sua família e a obstetra.


Normalmente, quando possível, o parto vaginal é preferido devido à recuperação mais rápida e menores riscos de complicações.

Contudo, cada caso é único, e as circunstâncias individuais devem ser cuidadosamente consideradas.


Por exemplo, se a mãe possui condições médicas que tornam o parto vaginal arriscado, pode ser recomendada uma cesariana.

Complicações médicas do feto também podem indicar a necessidade desse procedimento.


Alguns fatores que podem nos levar a escolher uma cesárea são:


  • Abortamento habitual;
  • Parto pré-termo anterior;
  • Intervalo entre os partos menor que dois anos;
  • Cesarianas anteriores;
  • Síndrome hemorrágica ou hipertensiva;
  • Diabetes gestacional;
  • Cirurgia uterina anterior (incluindo duas ou mais cesáreas anteriores).
  • Hipertensão arterial;
  • Doenças infecciosas (considerar a situação epidemiológica local);
  • Doenças autoimunes;
  • Desvio quanto ao crescimento uterino, número de fetos e volume de líquido amniótico;
  • Trabalho de parto prematuro e gravidez prolongada;
  • Pré-eclâmpsia e eclâmpsia ;
  • Diabetes gestacional ;
  • Amniorrexe prematura ;
  • Hemorragias da gestação;
  • Insuficiência istmo-cervical;
  • Malformações fetais.



Acreditamos que a melhor via de parto é aquela que assegure a entrega de uma mãe e um bebê saudáveis para a família.


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Dessa forma, avaliar bem o cenário é essencial no processo de decisão, avaliando a situação médica e discutindo as opções disponíveis, incluindo as preferências da gestante.



Então, se você está em dúvida sobre a melhor via de parto para o seu caso, agende uma consulta com a obstetra o quanto antes e deixe tudo planejado para a chegada do seu bebê!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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