A prevenção da Aids é um assunto sério e, como tal, conta com um dia mundial de conscientização para que se saiba mais sobre a doença e que se aposte na tomada dos devidos cuidados para preveni-la.
Existente desde 1988, a instituição feita pela ONU, junto à Organização Mundial de Saúde posiciona o dia 1 de dezembro de todos os anos como o dia de Luta contra a Aids.
Porém, para que se possa compreender ainda mais a dimensão do significado desse dia e as práticas a serem disseminadas sobre o tema, é preciso começar pela forma mais eficiente de se lidar com essa doença: a prevenção.
AIDS é a síndrome da imunodeficiência adquirida, associada à infecção pelo vírus da imunodeficiência humana, popularmente conhecido como HIV. Hoje em dia, no Brasil e no mundo, é possível viver com essa doença, que chegou a minar milhares de vidas no passado.
Homens e mulheres podem ser infectados pelo vírus e vir a ser diagnosticados com essa doença. Aproveitando a chegada, em breve, do dia de luta contra a Aids, alguns assuntos devem ser debatidos:
O vírus HIV é um vírus de RNA da família de retrovírus que tem afinidade pelas nossas células de defesa – sistema imunológico. Ele infecta nossos linfócitos, se multiplica, destrói as células infectadas e passa a infectar novas células.
A infecção por HIV faz com que nosso sistema imunológico perca a eficiência em combater a infecção por ele mesmo e por outros agentes causadores de doenças.
Quem tem o vírus HIV, não necessariamente será diagnosticado com Aids. Essa pessoa é considerada apenas HIV positivo – é um portador(a) assintomático do vírus e pode transmitir o mesmo a outras pessoas através do contato com fluidos corporais (sangue, sêmen, secreção vaginal, leite materno) através de sexo não seguro, compartilhamento de seringas por usuários de drogas injetáveis infectados ou de mãe para filho através da placenta ou leite materno, caso não sejam tomadas as devidas precauções.
Sem o tratamento e suporte adequados a infecção por HIV pode progredir para AIDS, uma deficiência imunológica generalizada que pode comprometer a saúde e a qualidade de vida do indivíduo, podendo levar à morte.
Não só a garantia de qualidade de vida é possível ao ser diagnosticado com Aids, mas também é importante que haja foco na luta para que se combata o preconceito sofrido por quem tem seu diagnóstico.
Uma das maiores formas de prevenção da Aids é o uso de camisinha. Isso é essencial para que não haja o contato de nenhum fluido ou mucosa entre uma pessoa possivelmente afetada e uma pessoa saudável durante as relações sexuais.
O HIV pode ser transmitido de diversas formas, como a transfusão de sangue contaminado, o compartilhamento de seringas, ferimentos causados por instrumentos não esterilizados (e na presença do vírus) e de uma mãe infectada para seu filho.
Porém, a forma mais comum de transmissão é através de sexo oral, anal e vaginal – sendo ele o sexo hétero ou homossexual.
Além de prevenir a transmissão do HIV a camisinha previne a transmissão de outras doenças sexualmente transmissíveis, tais como hepatites B e C, HTLV, sífilis, gonorreia, dentre outras. É também um método contraceptivo, uma vez que impede o contato de espermatozoides com o trato genital feminino.
É amplamente disponível, com fornecimento gratuito pelo SUS em postos de saúde, hospitais, algumas escolas e até mesmo em algumas estações de metrô.
Pode ser utilizada por todas as pessoas, independente do gênero (há camisinhas para ser usadas recobrindo o pênis ou dentro da vagina) ou do tipo de prática sexual.
Profilaxia pré exposição é um outro método de se evitar a infecção por HIV. Consiste na tomada diária de medicamentos que tentam impedir que uma pessoa que teve contato com o vírus seja infectada por ele.
O medicamento deve ser usado diariamente para fazer o efeito esperado, por pessoas que estejam em maior risco de ser infectados. O efeito protetor começa após 7 dias de uso para sexo anal e 20 dias de uso para penetração vaginal.
Segundo o Ministério da saúde, devem considerar o uso de PrEP:
A medicação é distribuída gratuitamente pelo SUS, em serviços de saúde específicos. Para mais informações, acesse o site: http://www.aids.gov.br/pt-br/acesso_a_informacao/servicos-de-saude/prep
Ainda que você aposte na prevenção da Aids tomando cuidado com cada uma das situações acima citadas, é fundamental tirar suas dúvidas com sua Ginecologista e Obstetra.
É recomendado realização de sorologia para HIV pelo menos uma vez na vida para pessoas sexualmente ativas, como método de rastreamento, e duas vezes durante o pré natal – no início e no final – em cada gravidez.
Uma vez que a infecção inicial é assintomática e pode levar até 6 meses após a infecção para o exame ficar positivo, se você está em situação de risco de contágio por HIV é importante avaliação por profissional de saúde e coleta de sorologias de modo seriado.
Junte todos os conhecimentos acima voltados para a prevenção da Aids com o conhecimento em relação ao seu próprio corpo.
É preciso quebrar tabus, falar sobre o assunto, disseminar informações advindas de fontes confiáveis e, além de tudo, estimular a identificação de sinais precoces das mais diversas doenças com fundo ginecológico.
Dessa forma, o cuidado precoce pode ser feito e as chances de recuperação e de manutenção da qualidade de vida aumentam drasticamente.
Converse com sua médica, tire sempre suas dúvidas e busque não ter vergonha de falar sobre assuntos “íntimos”. A consulta ginecológica já é íntima por natureza, e assuntos relacionados à prática sexual fazem parte do dia a dia do Ginecologista.
O post Dia 01 Dezembro – Prevenção da Aids apareceu primeiro em Dra Juliana Teixeira Ribeiro.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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