Ela é caracterizada pela ausência do útero e parcial da vagina e, impactando assim na capacidade da mulher de menstruar e conceber.
O tratamento da síndrome geralmente envolve intervenções cirúrgicas para criar ou alongar a vagina, permitindo a atividade sexual e, em alguns casos, a fertilização in vitro com útero de substituição para mulheres que desejam ter filhos.
Além disso, o suporte psicológico também é importante, já que essa condição pode afetar bastante a saúde mental e emocional das mulheres afetadas.
A Síndrome de Mayer, também conhecida como Síndrome de Mayer-Rokitansky-Küster-Hauser (MRKH), é uma condição congênita rara que prejudica o desenvolvimento dos órgãos reprodutivos femininos.
Essa síndrome é caracterizada pela ausência parcial ou completa da vagina, útero e, em alguns casos, também pode estar associada a problemas nos rins e nos sistemas esquelético e cardíaco.
Essa condição surge de uma variação genética, embora o gene subjacente a essa irregularidade ainda não tenha sido descoberto.
Normalmente, as mulheres com essa Síndrome têm aparência externa e desenvolvimento normais de características sexuais secundárias, como seios e pêlos pubianos.
Entretanto, a ausência de útero e vagina pode resultar em ausência de menstruação e impossibilidade de conceber e ter uma gravidez.
A Síndrome de Mayer possui os seguintes sintomas e características:
Imagem acima retirada de: asrm.org (2023)
O diagnóstico da Síndrome de Mayer começará por coletar um histórico médico completo, incluindo informações sobre o desenvolvimento da mulher durante a puberdade, a ausência de menstruação e qualquer sintoma associado à essa condição.
Um exame físico também poderá ser realizado para ajudar a identificar a ausência de vagina ou outras anomalias.
Além disso, é comum solicitar exames de imagem, como ultrassonografia pélvica ou ressonância magnética, com o intuito de verificar a anatomia dos órgãos reprodutivos internos e confirmar a presença ou ausência dos órgãos genitais internos e gônadas.
É importante mencionarmos que o diagnóstico da Síndrome de Mayer pode ser emocionalmente desafiador para a mulher afetada.
Portanto, é importante que a paciente possa contar com uma especialista experiente durante todo o tratamento, bem como receber encaminhamento para aconselhamento psicológico, se necessário.
O tratamento cirúrgico é uma das abordagens principais para mulheres com Síndrome de Mayer.
Essa intervenção cirúrgica é conhecida como "neovaginação" e envolve a criação ou alongamento da vagina.
A técnica de Frank e a técnica de McIndoe são métodos cirúrgicos capazes de criar uma vagina funcional em mulheres com essa condição.
Dessa forma, ambas envolvem a criação de um espaço para a vagina, utilizando enxertos de pele ou outros materiais para formar uma cavidade vaginal.
Após a cirurgia, a paciente deve seguir as instruções médicas para o cuidado pós-operatório.
Isso pode incluir a utilização de dispositivos de dilatação vaginal para manter a elasticidade e o tamanho da neovagina, assim como monitoramento médico constante para avaliar o progresso da cicatrização e prevenir complicações.
Assim, a neovagina criada através do procedimento cirúrgico pode ser capaz de permitir a penetração vaginal, favorecendo uma vida sexual normal neste aspecto.
Para a ausência de útero recentemente têm sido desenvolvidas técnicas de transplante deste órgão, com a finalidade de permitir a gestação neste grupo de mulheres.
Os resultados são animadores, mas no momento o procedimento só tem sido realizado em ambientes universitários em protocolos de pesquisa.
Além da intervenção cirúrgica, existem outras abordagens e tratamentos que podem ser considerados, dependendo das necessidades individuais e preferências da paciente.
Para mulheres que não desejam passar por uma cirurgia, dispositivos de dilatação vaginal podem ser uma opção.
Assim, a paciente deverá fazer a utilização diária de dispositivos dilatadores de plástico na vagina por 15 minutos, durante cerca de quatro meses.
Consequentemente, o canal vaginal gradualmente se expande até alcançar um comprimento que viabilize a atividade sexual com penetração.
Algumas mulheres com a Síndrome também podem se beneficiar de terapia hormonal, que pode ajudar a desenvolver características sexuais, como crescimento dos seios e desenvolvimento de pelos pubianos, caso haja necessidade.
Além disso, mulheres com este problema e que desejam ter filhos podem considerar opções de tratamento da infertilidade, como a utilização de útero de substituição, que é a famosa barriga de aluguel (mas que na verdade pela legislação brasileira não se permite compensação financeira pelo processo) ou a adoção.
Assim, é necessário discutir as decisões médicas e os tratamentos diretamente com a ginecologista, a fim de selecionar a melhor opção terapêutica para a paciente.
Então, caso você suspeite que possa ter a Síndrome de Mayer ou conheça alguém que possa estar enfrentando essa condição, é importante consultar a especialista imediatamente!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
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