É uma doença rara, mas provavelmente subdiagnosticada, e acomete mulheres jovens, inclusive as virgens.
Este é um ponto de atenção, visto que a ocorrência das úlceras genitais pode trazer um impacto emocional nas pacientes e sua família, que costumam associá-las às relações sexuais desprotegidas. Apesar disso, a úlcera de Lipschutz não tem origem sexual.
No geral, a paciente pode ter múltiplas feridas que são bastante dolorosas e demandam tratamento. Então, ao identificarmos a doença, além de adotar as medidas necessárias para curar as úlceras genitais, pode ser necessária avaliação de um reumatologista.
A causa da úlcera de Lipschutz é desconhecida, apesar de haver a possibilidade dela ser uma resposta do organismo à presença de uma infecção viral ou bacteriana no organismo, acarretando a vasculite e consequente necrose tecidual na região genital.
O principal sintoma da úlcera de Lipschutz são as úlceras (feridas) necróticas e dolorosas na vulva ou vagina inferior.
Além disso, a paciente poderá sentir febre, mal-estar, amigdalite, gânglios aumentados e doloridos, além de aftas e lesões orais.
Normalmente, os sintomas desaparecem em duas a seis semanas e não costumam deixar cicatrizes. No entanto, podem tornar a ocorrer em cerca de 30% a 50% dos casos.
O diagnóstico desta condição ocorre após a exclusão da possibilidade de ocorrência de infecções sexualmente transmissíveis, doenças autoimunes, ocorrência de traumas na região, bem como outras possíveis causas de úlceras genitais.
Assim, fazemos uma avaliação completa do quadro de saúde da paciente, bem como exame físico. Além disso, pode ser necessário realizar exames de sangue e/ou biópsia com intuito de excluir outras patologias.
A biópsia é a retirada de uma parte da lesão e envio para estudo e é reservada para casos de úlceras que persistem por mais de 4 semanas.
Buscaremos compreender também se a paciente tem histórico de infecção por influenza, mononucleose ou Epstein-Barr, vírus que podem desencadear a ocorrência da úlcera de Lipschutz.
Visto que esta é uma doença que acomete muitas pacientes adolescentes, é fundamental garantir um ambiente acolhedor e a confidencialidade da consulta.
Como a cura da ulceração genital aguda costuma ocorrer entre duas a seis semanas, o objetivo do tratamento será controlar a dor da paciente e prevenir infecção secundária.
Então, poderemos indicar as seguintes medidas:
Além disso, caso a paciente esteja com suspeita de infecção bacteriana ou celulite vulvar, indicaremos também o uso de antibióticos sistêmicos.
Como vimos, a ocorrência de úlceras genitais na infância e adolescência costuma trazer muitos desconfortos físicos e preocupações para a paciente e sua família, pois são frequentemente associadas às atividades sexuais.
Mas precisamos que fique claro que existem muitas lesões genitais que possuem causas distintas e não estão relacionadas com as infecções sexualmente transmissíveis.
Por isso, ao ter esse sintoma é fundamental deixar os receios e inseguranças de lado e procurar ajuda da Ginecologista o quanto antes.
Somente assim poderemos fazer um diagnóstico completo para identificar a causa deste incômodo e definir o melhor tratamento para proporcionar o alívio dos sintomas da paciente!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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