O líquen escleroso (LE) é uma doença crônica e progressiva, cujo principal sintoma são lesões brancas e atróficas na região da vulva, provocando desconforto, dor e, em casos mais sérios, deformação da anatomia vulvar, podendo impactar negativamente na vida sexual.
Ainda que possa acometer homens, atingindo normalmente a glande do pênis, a condição é mais comum em mulheres adultas.
Contudo, meninas pré-púberes também podem apresentar sintomas da doença.
Por isso, conhecer o líquen escleroso é fundamental para possibilitar o diagnóstico e tratamento correto da enfermidade.
Além das lesões esbranquiçadas na região íntima, o líquen escleroso também é acompanhado de outros sintomas, que servem como sinal de alerta para a doença, por exemplo:
A causa do líquen escleroso ainda é desconhecida entre os especialistas. Contudo, alguns médicos acreditam que a doença possa ter ligação com o mecanismo hormonal, uma vez que grande parte das pacientes também possuem baixa concentração de estrogênio no corpo (hipoestrogenismo).
O baixo estrogênio é uma condição comum na menopausa, mas também pode ocorrer por outros motivos:
Além disso, acredita-se que a condição esteja diretamente relacionada com o sistema imunológico, dado que a doença se caracteriza por um ataque a determinados tecidos do corpo humano, situação comum em doenças autoimunes.
A genética também pode ser uma das causas do líquen escleroso, portanto, caso haja histórico da doença na sua família, é importante acompanhar os sintomas e buscar ajuda médica em caso de aparecimento de algum dos sinais apresentados acima.
Um ponto fundamental a se destacar é que esta não é uma doença contagiosa. Ou seja, não é adquirida através das relações sexuais.
O diagnóstico do líquen escleroso ocorre, principalmente, através da identificação dos sintomas.
Diante disso, a consulta e avaliação médica é fundamental para que a doença seja devidamente identificada e tratada.
Em determinados casos, a confirmação histológica (realização de biópsia) pode ser necessária.
Contudo, a biópsia apenas é recomendada quando a paciente apresentar placas com relevo, úlceras crônicas ou placas hipocrômicas no local, lesões que podem indicar lesões pré câncer ou câncer de vulva, ou ainda quando não há resposta ao tratamento habitual.
Ressaltamos que o diagnóstico adequado é fundamental, pois o líquen escleroso poderá evoluir para um tipo de câncer de pele se não receber o tratamento adequado.
Os corticosteróides são os medicamentos mais utilizados no tratamento do líquen escleroso, dado que esse tipo de medicação consegue retardar a evolução natural da condição e impedir o surgimento de novas lesões.
Então, poderemos fazer seu uso de forma oral ou com uso de pomadas no local. O uso de antialérgicos também pode ser recomendado para ajudar a aliviar a coceira.
Na maioria dos casos, será necessário utilizar o medicamento por longos períodos de tempo.
É muito importante o tratamento adequado pois esta doença é considerada precursora do câncer de vulva não relacionado ao HPV!
Atenção:
o líquen escleroso é uma condição bastante confundida com a candidíase devido ao sintoma de coceira, mesmo por profissionais da saúde. Sendo assim, caso você inicie um tratamento para a candidíase que não proporcione alívio dos sintomas, você deve retornar na Ginecologista.
Afinal, o diagnóstico correto da doença é crucial para a redução dos sintomas e desconfortos.
Não esqueça também de realizar o acompanhamento do líquen escleroso, impedindo sua evolução e progressão para condições mais perigosas.
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
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