Camisinha feminina: por que usar?

Dra Juliana Teixeira Ribeiro • mai. 30, 2024
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A camisinha feminina é uma ferramenta valiosa para garantir a saúde de mulheres sexualmente ativas!



Seu uso não só contribui para a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis e da gravidez não planejada, mas também empodera mulheres ao oferecer controle direto sobre sua proteção sexual.


Nesse contexto, é essencial estar ciente dos benefícios associados à sua utilização e como o dispositivo pode contribuir nas relações sexuais.


Acompanhe neste artigo!


O que é a camisinha feminina?


A camisinha feminina, também conhecida como preservativo feminino ou de uso interno, é um método contraceptivo e de proteção contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).


Este preservativo é uma espécie de tubo flexível de cerca de 15 centímetros de comprimento, com dois aneis de diferentes tamanhos nas extremidades.


O anel menor fica na extremidade fechada do preservativo e é o responsável por mantê-lo no lugar dentro da vagina, além de impedir a passagem dos espermatozoides para o útero.


O anel maior fica na extremidade aberta do preservativo e é alocado na parte externa da vagina, ajudando a manter o preservativo no lugar e também cobrindo parte da vulva, o que proporciona uma proteção adicional contra o contato com secreções durante a relação sexual.


Por que usar a camisinha feminina?


Diversas são as vantagens de utilizar o preservativo feminino, a saber:


Proteção contra gravidez e ISTs


A camisinha feminina fornece uma proteção dupla, agindo tanto como barreira contra a gravidez quanto contra ISTs, o que é bastante relevante, considerando que as taxas de algumas dessas infecções permanecem elevadas.


Materiais alternativos


Outra vantagem da camisinha feminina é que muitas são fabricadas em materiais como poliuretano ou nitrilo, ideais para pessoas alérgicas ao látex, que é geralmente utilizado nos preservativos masculinos.


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Praticidade


Você sabia que pode inserir o preservativo feminino até oito horas antes do ato sexual, o que oferece conveniência e minimiza interrupções durante momentos íntimos?


Essa característica permite que a mulher se prepare antecipadamente, assegurando que a proteção esteja pronta quando necessário.


Empoderamento


Este preservativo empodera a mulher ao permitir que tenha controle sobre sua própria proteção, independentemente da vontade ou cooperação do parceiro.


Como usar a camisinha feminina?


Usar um preservativo feminino corretamente é fundamental para garantir sua eficácia tanto na prevenção de gravidez quanto na proteção contra infecções sexualmente transmissíveis.


Assim, confira os passos para usar o preservativo feminino adequadamente:


Verifique a embalagem


Antes de usar, verifique se a embalagem não está danificada e observe a data de validade para garantir que o produto não esteja expirado.


Abra a embalagem e identifique os aneis


O preservativo feminino tem dois aneis.


Um anel menor e flexível no interior, que é inserido na vagina, e um anel maior na extremidade externa, que permanece fora da vagina.


Posição para inserção


Você pode inserir o preservativo em várias posições: deitada, agachada, sentada ou com uma perna elevada.


Inserção do preservativo


Segure o preservativo pelo anel menor com os dedos apertados.


Encontre a posição do colo do útero com o dedo para ajudar a guiar a inserção do anel menor e do preservativo.


Então, empurre suavemente o anel interno para dentro da vagina o mais profundamente possível, usando o dedo indicador.


Por fim, certifique-se de que o anel interno esteja posicionado adequadamente e confortável.


Certifique-se de que está bem posicionada


O anel maior deve permanecer do lado de fora da vagina, cobrindo a área externa.


Isso também ajuda a manter o preservativo no lugar durante o ato sexual.


Durante o ato sexual


Certifique-se de que o pênis entre dentro do preservativo e não entre as paredes da vagina e o preservativo.


E, se o pênis deslizar para o lado do preservativo ou se o anel externo entrar na vagina, interrompa a relação sexual e reajuste o preservativo.


Após o uso


Torça o anel externo para fechar e evitar que o sêmen vaze ao remover o preservativo.


Em seguida, puxe-o suavemente para fora e descarte-o no lixo (não no vaso sanitário).


Lembre-se também de que o preservativo feminino não deve ser reutilizado e deve ser descartado após cada uso.


Quais outras opções de contracepção estão disponíveis para as mulheres? 


Podemos dividir as opções de contracepção disponíveis para mulheres em duas grandes categorias: hormonais e não hormonais.


No entanto, é fundamental destacar que a grande maioria não protege contra as ISTs. 


Aqui está uma visão geral dessas opções:


Métodos hormonais


  • Pílula anticoncepcional: composta por estrogênio e progestina, é tomada diariamente para inibir a ovulação;



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  • Injeção: uma injeção de hormônio, geralmente progestina, aplicada a cada três meses ou com associação de hormônios, para uso mensal.
  • Implante subcutâneo: um pequeno bastão inserido sob a pele do braço, liberando hormônios constantemente por até três anos;
  • Adesivo contraceptivo: um adesivo que libera hormônios através da pele e é trocado semanalmente;
  • Anel vaginal: um anel flexível que é inserido na vagina mensalmente e libera hormônios localmente;
  • DIU hormonal: um dispositivo inserido no útero que libera pequenas quantidades de progestina, podendo ficar por até 5 anos.


No nosso blog, temos um artigo completo sobre métodos contraceptivos hormonais, acesse e saiba mais!


Métodos não hormonais


  • DIU de cobre: um dispositivo de cobre inserido no útero que pode permanecer por até 10 anos, atuando localmente no útero e impedindo a implantação do óvulo.


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  • Preservativos masculinos e femininos: barreiras físicas que impedem o contato direto e a troca de fluidos;
  • Diafragma: um dispositivo de silicone colocado na vagina antes da relação sexual para cobrir o colo do útero;
  • Capuz cervical: semelhante ao diafragma, mas menor, também colocado sobre o colo do útero;
  • Métodos de consciência da fertilidade: envolve monitorar os sinais naturais de fertilidade do corpo, como temperatura corporal e muco cervical, para evitar relações sexuais durante o período fértil;
  • Espermicidas: produtos químicos que matam espermatozoides, usados dentro da vagina antes da relação sexual;


Caso queira ler mais sobre os métodos contraceptivos não hormonais, acesse este artigo!


Ressaltamos que cada método tem seus prós e contras, incluindo eficácia, efeitos colaterais, conveniência e custo.


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Por isso, é importante discutir essas opções com a especialista em saúde da mulher para escolher aquele mais adequado ao seu estilo de vida e necessidades.


Em caso de dúvida em relação a camisinha ou a esses métodos contraceptivos, agende uma consulta com a ginecologista!


Dra Juliana Ribeiro - Ginecologista em São Paulo

Dra. Juliana Ribeiro

Ginecologia, Obstetrícia e Saúde Feminina


Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.


Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.

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