O anticoncepcional injetável é também chamado de injeção anticoncepcional ou contraceptivo hormonal de uso não oral.
Esse método é outra opção para as mulheres que podem e querem usar um método hormonal e não desejam lembrar diariamente de tomar a pílula anticoncepcional ou que não se adaptam com outros métodos.
Acompanhe todos os detalhes referentes a essa escolha.
Os anticoncepcionais injetáveis são métodos contraceptivos hormonais usados na forma de injeção intramuscular, com opção de dose mensal ou trimestral.
As aplicações devem ser realizadas na parte superior do braço (músculo deltóide), quadrante superior externo das nádegas (músculos glúteos) ou coxa (músculo vasto lateral), por profissional habilitado, seguindo recomendações de assepsia e antissepsia, a fim de evitar complicações. A região não deve ser massageada após a injeção.
O método pode ser indicado também em casos de irregularidades menstruais e como forma de tratamento para problemas hormonais, como falta de estrógeno ou progesterona.
Como mencionado anteriormente, é um método contraceptivo hormonal e existem diferenças na dose mensal e na dose trimestral.
A injeção mensal utiliza a combinação de estrógeno e progesterona. Geralmente o estrógeno é uma forma de estrogênio natural e a progesterona pode ser mais neutra ou levemente androgênica.
A injeção trimestral conta com progestina sintética (hormônio progesterona), o acetato de medroxiprogesterona.
Quando aplicadas, as injeções contraceptivas graças a ação hormonal passam a inibir a secreção das gonadotrofinas, isso evita a ovulação e reduz a espessura do endométrio.
No caso das injeções mensais, dependendo da marca, para ter esse funcionamento, é necessário que o método seja aplicado entre o sétimo e o décimo dia após o início da menstruação ou no primeiro dia do ciclo e, a partir daí, a cada 30 dias. Por isso é muito importante checar a bula da sua injeção, pois o uso na data errada pode levar a perda da eficácia contraceptiva.
Para as mulheres que optam pela aplicação trimestral, a mesma deve ser administrada em intervalos de 12 a 13 semanas (aproximadamente 90 dias), sendo o máximo permitido 13 semanas para continuar protegida.
É um método altamente eficaz quando utilizado da maneira correta. Previne a gestação em 99,7% dos casos, a taxa falha é de 0,3%.
Segundo a bula de alguns métodos anticoncepcionais injetáveis, é muito comum a mulher sentir mais nervosismo, dor de cabeça, dor abdominal, alterações de peso para mais ou menos.
São classificadas como reação comuns depressão, redução da libido, tontura, náuseas, distensão abdominal, alopecia (queda de cabelo), acne, corrimento vaginal, dor nas costas, sensibilidade das mamas, retenção de fluido e fraqueza. Especialmente com as injeções trimestrais.
Efeitos colaterais menos comuns, são:
Existem ainda os efeitos colaterais raros , como, febre, cansaço, reação no local de aplicação da injeção, perda de cálcio nos ossos, alterações na glicose, icterícia, contrações musculares, vaginite e outros.
Os efeitos colaterais dependem do tipo de hormônio presente na injeção e da reação do seu corpo a eles.
Em casos mais raros os anticoncepcionais injetáveis mensais (que contêm estrogênios na sua formulação) podem estar associados a maior risco de trombose.
O risco de ocorrência de tromboembolismo venoso (TEV) é mais elevado durante o primeiro ano de uso em usuárias de primeira vez de contraceptivo combinado (CC), independente da via de uso.
A incidência aproximada de TEV em usuárias de contraceptivos orais contendo estrogênio em baixa dose (< 0,05 mg de etinilestradiol) é de até 4 por 10.000 mulheres ao ano.
Em não-usuárias de CCs, esta incidência é de 0,5 a 3 por 10.000 mulheres ao ano. Estes dados podem ser extrapolados para o uso de anticoncepcionais injetáveis mensais.
A incidência de TEV associada à gestação é de 6 por 10.000 gestantes ao ano. E a associada ao puerpério é ainda maior.
Logo, quando usado pelas pessoas “certas”, ou seja, sem fatores de risco, o risco de trombose associado a uma gestação indesejada é bem maior do que o uso do contraceptivo.
Os anticoncepcionais injetáveis de uso trimestral não estão associado a maior risco de trombose. Inclusive eles são uma boa opção contraceptiva para mulheres que tiveram trombose prévia, pois o componente hormonal associado com este risco é o estrogênio e não a progesterona.
Dor de cabeça é um efeito colateral comum com o uso de contraceptivos combinados.
Enxaqueca é um tipo específico de dor de cabeça, com diferentes causas e fatores de risco, e o uso de contraceptivos não leva ao surgimento desta doença.
Entretanto o uso de contraceptivos hormonais combinados favorece ao surgimento de crises de enxaqueca.
Portadoras de enxaqueca, especialmente com aura, não devem usar contraceptivos hormonais combinados.
Sim. Em casos raros a mulher pode desenvolver varizes.
Não há estudos específicos que correlacionam o risco de desenvolvimento de câncer em usuárias de contraceptivos injetáveis. Podemos extrapolar os dados de estudos realizados com pílulas combinadas.
O câncer de mama foi diagnosticado um pouco mais frequentemente em mulheres que usam pílulas combinadas, mas não se sabe se isso é causado pelo tratamento. Por exemplo, pode ser que os tumores tenham sido encontrados mais em mulheres tratadas com pílulas combinadas porque elas são examinadas mais frequentemente pelo médico.
Em raros casos de usuárias de pílulas, foram relatados tumores benignos do fígado e, ainda mais raramente, tumores malignos do fígado.
O uso de anticoncepcionais combinados é considerado fator de proteção contra câncer de ovário e endométrio.
Não houve relação entre o uso de contraceptivos combinados e o desenvolvimento de câncer de colo uterino.
Diversas mulheres relatam aumento de peso com o uso desse método contraceptivo, mas a associação não é fortemente encontrada em estudos científicos.
Podemos atribuir aumento de até 1,0-1,5 kg por retenção hídrica, mas esta conclusão não se aplica a todas as pacientes.
O uso de injetável trimestral foi associado a maior ganho de peso.
Sim. O uso da injeção contraceptiva pode levar a perda de peso.
Entre as vantagens desse método contraceptivo podemos citar:
Entre as desvantagens desse método contraceptivo podemos citar:
Todas as mulheres em atividade sexual, com necessidade de contracepção e que não apresentem as contraindicações a seguir:
A injeção pode ser aplicada em até 3 dias antes ou depois da data prevista para o uso.
Caso o esquecimento seja maior do que este prazo, pode-se tomar a injeção, mas é necessário adotar um método contraceptivo de barreira adicional para evitar gravidez neste ciclo. Deve-se fazer uso da próxima injeção com intervalo aproximado de 30 dias desde a última dose.
Dependendo do medicamento – é importante checar as orientações do fabricante na bula – outras medidas podem ser tomadas, a depender do tempo do esquecimento.
Para quem procura contraceptivos mensais, pode contar com adesivo, anel vaginal e pílulas combinadas.
Já as mulheres que procuram um método trimestral , podem contar com a pílula de progesterona isolada, implante subdérmico e DIU de progesterona.
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O post Todos detalhes sobre os anticoncepcionais injetáveis apareceu primeiro em Dra Juliana Teixeira Ribeiro.
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