Embora seja menos conhecida do que outras condições, como gonorreia ou sífilis, o granuloma inguinal pode causar sérias complicações se não tratada.
A infecção é caracterizada por lesões progressivas nos genitais e áreas adjacentes, que podem evoluir para úlceras crônicas sem o tratamento adequado.
Portanto, compreender esses aspectos é importante para o manejo eficaz da doença e para a prevenção de suas complicações a longo prazo.
O granuloma inguinal é uma infecção bacteriana crônica, causada pela bactéria Klebsiella granulomatis.
Essa condição afeta principalmente a região genital, causando lesões e úlceras dolorosas na pele e mucosas.
As lesões começam como pequenas protuberâncias que, com o tempo, se tornam úlceras abertas, podendo causar desconforto e complicações se não tratadas.
O granuloma inguinal é transmitido principalmente através do contato sexual desprotegido com uma pessoa infectada.
A bactéria é transmitida pelo contato direto com as lesões ulcerativas ou através de pequenas fissuras na pele ou mucosas durante o ato sexual.
É importante ressaltar que, embora seja uma condição menos comum em comparação com outras infecções sexualmente transmissíveis, como gonorreia e sífilis, ela pode ser grave se não tratada, pois as lesões podem se espalhar e causar danos a outras regiões.
O Granuloma Inguinal pode levar de 3 dias a 6 meses para se manifestar, mas geralmente os sintomas aparecem cerca de 50 dias após o contato com a bactéria.
Entre os principais sinais dessa condição podemos destacar:
O diagnóstico do granuloma inguinal geralmente começa com uma avaliação clínica detalhada.
Assim, podemos suspeitar do granuloma inguinal com base na aparência das lesões, mas para um diagnóstico definitivo, são necessários exames mais específicos.
Inicialmente, podemos realizar um exame do líquido ou material raspado diretamente da ulceração.
Esta amostra é examinada ao microscópio em busca de indicativos da presença da bactéria Klebsiella granulomatis.
Se os resultados não forem conclusivos ou se houver necessidade de confirmação adicional, podemos solicitar uma biópsia da área afetada.
Neste procedimento, uma pequena amostra de tecido é retirada e examinada histologicamente para identificar as características típicas da infecção e descartar outras possíveis causas das lesões.
Além disso, podemos encaminhar a paciente para técnicas moleculares de análise genética, como a PCR (Reação em Cadeia da Polimerase).
Essa abordagem é capaz de detectar o DNA da bactéria responsável pela doença e oferece uma confirmação mais precisa e sensível.
Sim, o granuloma inguinal é uma condição curável, especialmente quando identificado precocemente e tratado corretamente, o que permite eliminar a infecção e prevenir complicações graves.
O tratamento consiste principalmente no uso de antibióticos que são administrados por no mínimo três semanas ou até que todas as lesões se cicatrizem completamente.
Durante esse período, lembramos que é preciso realizar o acompanhamento com a ginecologista para assegurar a adequada cicatrização das lesões e a eliminação efetiva da infecção.
Em alguns casos, pode ser necessário ajustarmos a terapia dependendo da resposta da paciente.
Ademais, se a infecção resultar em cicatrizes ou deformidades, tratamentos adicionais, como intervenções cirúrgicas, podem ser necessários para corrigir estreitamentos ou outras alterações anatômicas.
Após a conclusão do tratamento, realizamos exames de acompanhamento para confirmar que a infecção foi totalmente erradicada e para evitar recidivas.
Ressaltamos que é também essencial que os parceiros sexuais sejam avaliados e tratados conforme necessário para prevenir a reinfecção.
A prevenção do granuloma inguinal em mulheres pode ser alcançada seguindo várias práticas de saúde e segurança, confira abaixo:
Uso consistente de preservativos
O uso correto e consistente de preservativos durante as relações sexuais é uma das maneiras mais eficazes de prevenir o granuloma inguinal e outras infecções sexualmente transmissíveis.
No nosso blog, temos um artigo completo sobre a camisinha feminina, acesse e saiba mais!
Higiene pessoal
Manter uma boa higiene pessoal e cuidados com a saúde genital pode ajudar a prevenir infecções e outras complicações.
Parceiros sexuais limitados
Reduzir o número de parceiros sexuais e manter relações monogâmicas pode diminuir o risco de exposição a infecções sexuais, incluindo o granuloma inguinal.
Exames regulares
Realizar exames regulares de saúde sexual é crucial, especialmente se houver mudanças nos sintomas ou no estado de saúde genital.
Isso colabora para a detecção precoce e tratamento de qualquer condição antes que se torne mais grave.
Além dessas medidas, reforçamos que é importante buscar atendimento especializado ao primeiro sinal de qualquer sintoma anormal.
Ao verificar sinais relacionados ao granuloma inguinal, agende uma consulta com a ginecologista imediatamente para um tratamento eficaz!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
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