De acordo com a OMS, as doenças crônicas não transmissíveis são responsáveis por 72% das mortes no Brasil. Ou seja, são um problema de saúde relevante que demanda tratamento e, principalmente, prevenção.
Como principais doenças crônicas, podemos citar as cardiovasculares (hipertensão arterial, infarto, AVC), respiratórias (asma, doença pulmonar obstrutiva), diversos tipos de câncer, obesidade e diabetes. No entanto, existem ainda muitas doenças consideradas crônicas que podem acometer homens e mulheres.
Grande parte destas doenças apresentam fatores de risco comuns e evitáveis.
E, apesar de parecer uma informação clichê, é o estilo de vida saudável a principal forma de tratar e prevenir as doenças crônicas.
Assim, ter uma dieta saudável, praticar atividades físicas, não fumar e evitar o consumo de álcool são atitudes que devemos adotar por toda a nossa vida.
Apesar das doenças crônicas acometerem tanto homens quanto mulheres, existem aquelas com maior prevalência no sexo feminino.
No geral, as mulheres passam uma fase da vida na qual apresentam proteção contra uma série de doenças, por exemplo as cardiovasculares, devido a ação dos hormônios ovarianos.
No entanto, com a menopausa e o fim da ovulação, as taxas desses hormônios reduzem significativamente, o que as expõe a uma série de doenças além da própria menopausa.
Além disso, mesmo em períodos nos quais a mulher ainda tem seus ciclos menstruais regulares, existem hábitos que favorecem essas doenças, como fumar.
Então, vamos abordar aqui as principais doenças crônicas que acometem as mulheres.
Esta é uma doença que pode trazer muitos impactos na vida da paciente. Ocorre quando o pâncreas esgota sua capacidade de produzir insulina em quantidade suficiente ou o corpo não utiliza da forma que deveria a insulina produzida.
A insulina é um hormônio que ajuda a transportar a glicose do sangue para dentro das células para que seja convertida em energia.
Na diabetes, esse mecanismo não funciona corretamente, elevando o nível de glicose no sangue. Isso pode ser muito prejudicial ao organismo, por exemplo, gerando danos aos órgãos, vasos sanguíneos e nervos.
Como consequência podemos ter: cegueira, insuficiência renal, dificuldade de cicatrização de feridas e amputação de membros, além de maior risco de infarto e AVC.
Nas mulheres, existem alguns fatores que propiciam o surgimento da doença: síndrome dos ovários policísticos, gestação e menopausa.
A diabetes gestacional merece atenção, pois pode colocar a saúde da mãe e da criança em risco. Então, essas pacientes precisarão de um acompanhamento pré-natal de alto risco.
Temos um artigo que aborda a diabetes gestacional e você poderá ler mais clicando aqui.
A hipertensão ocorre quando a paciente tem níveis elevados de pressão arterial (maior ou igual a 140 x 90 mmHg na classificação tradicional ou maior ou igual a 130 x 80 mmHg segundo os novos critérios).
Normalmente, acontece devido a alterações funcionais do coração, rins, vasos sanguíneos e alterações metabólicas.
Como consequência, há um aumento do risco de problemas cardiovasculares, por exemplo, insuficiência cardíaca, doença coronária e acidente vascular cerebral.
Lembrando que as doenças cardíacas são uma das principais condições crônicas e também a principal causa de morte no mundo.
Ocorre devido a divisão anormal das células do corpo, com hipercrescimento de grupos celulares específicos e invasão de tecidos saudáveis, levando ao seu mau funcionamento.
Pode acometer qualquer um dos nossos órgãos, sendo que, segundo dados de 2020 do INCA, a maior incidência de câncer entre as mulheres ocorreu nas seguintes regiões, nesta ordem, à exceção dos casos de câncer de pele não melanoma:
A obesidade é uma doença na qual a pessoa sofre um acúmulo de gordura no corpo devido, principalmente, ao consumo de calorias superior ao valor utilizado pelo organismo.
Entretanto há vários outros fatores envolvidos no surgimento da obesidade, entre eles: alterações genéticas, hormonais, uso de medicamentos, e outros.
No Brasil, cerca de 20% da população tem obesidade, sendo que este índice é um pouco mais alto entre as mulheres do que entre os homens. Segundo dados do Vigitel de 2019, 53,9% das mulheres brasileiras têm sobrepeso e 21% obesidade.
Nas mulheres em idade reprodutiva, a obesidade pode causar danos relacionados à fertilidade, piora nos sintomas de endometriose e TPM, complicações na gestação e risco de desenvolvimento de alguns tipos de câncer ginecológico, como o de endométrio (corpo uterino).
Além de ser fator de risco para diversas outras comorbidades, não limitadas a essas, mas tais como:
Além disso, com a chegada da menopausa as mulheres têm maior tendência ao ganho de peso, sendo que muitas passam do sobrepeso à obesidade nesta faixa etária.
Você poderá ler mais sobre a obesidade na mulher e os impactos na saúde ginecológica clicando aqui.
Esta é uma doença reumatológica inflamatória que afeta as articulações.
Tem como principais sintomas a dor e rigidez nos punhos e mãos, prejudicando significativamente as atividades laborais e diárias.
Normalmente, se manifesta entre os 30 e 40 anos e afeta o dobro de mulheres do que de homens. Além do sexo, existem outros fatores de risco, por exemplo:
Então, adotar um estilo de vida saudável traz impactos significativos no controle da artrite.
Atualmente, sabemos que o Alzheimer é a principal causa de demência e é mais comum em mulheres do que em homens e que a doença pode estar relacionada à interrupção hormonal que ocorre na menopausa.
O Alzheimer é uma doença cerebral progressiva e irreversível que afeta os pensamentos e a memória. Além disso, dependendo do estágio, pode afetar a capacidade de realizar as tarefas do dia a dia, reduzindo o tempo e a qualidade de vida da pessoa.
O que todas essas doenças têm em comum?
Os estudos mostram que em maior ou menor grau os principais fatores de risco para que essas doenças crônicas se manifestem estão relacionados aos maus hábitos de vida, por exemplo:
Apesar de haver tratamentos específicos para estas doenças, se não concentrarmos nossa atenção no que está, de fato, causando-as, será impossível trazer uma cura real para as pessoas. Seria como se estivéssemos colocando um curativo em cima de um corte e todo dia alguém fosse lá e passasse a faca no corte novamente.
A medicina do estilo de vida (MEV) é um movimento de promoção de saúde e bem-estar baseado em evidências científicas que tem como objetivo a promoção e manutenção de hábitos de vida saudáveis com o intuito de prevenir ou tratar doenças crônicas não transmissíveis.
Há dados que mostram a reversão do diabetes quando um planejamento de estilo de vida englobando alimentação adequada, atividade física, manejo do estresse/sono/ uso de substâncias e relacionamentos sociais é iniciado de modo precoce e intensivo.
Sem contar nos benefícios para outras doenças e qualidade de vida em geral. Permitindo que as pessoas vivam melhor, vejam seus filhos e netos crescerem e tenham uma vida mais plena por muitos anos.
Assim, dado os impactos significativos dessas doenças na saúde das pessoas e seu alto índice de ocorrência, fica evidente a necessidade de atuar de forma consistente no tratamento e prevenção.
Claro que, diante de uma doença que afeta a vida da paciente, buscaremos o devido tratamento que poderá envolver o uso de medicamentos e outras terapias necessárias.
Dessa forma, a MEV traz 6 pilares de atuação para promover uma vida com mais qualidade:
Você poderá ler sobre cada um destes pilares no artigo que temos sobre a medicina do estilo de vida.
Para se ter uma ideia, dados do American College of Lifestyle Medicine (ACLM) indicam que fazer mudanças no estilo de vida pode prevenir em até 80% as doenças do coração, infartos e diabetes tipo 2, bem como 40% dos casos de câncer.
A ideia principal é que, a partir de uma abordagem multiprofissional, todas as pessoas possam adotar um estilo de vida saudável.
Como resultado, teremos pacientes com maior qualidade de vida, bem-estar e longevidade.
Então, caso você esteja com alguma doença crônica ou precise rever seus hábitos de vida, busque profissionais com uma visão global da saúde para te auxiliar!
Quanto antes você começar a se cuidar, mais rápido colherá os bons frutos de suas decisões!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
Acredito que a prevenção é a melhor escolha sempre e que o engajamento da paciente no tratamento é a melhor forma de ele dar certo.
"Faço o meu trabalho com a visão de poder estimular minhas pacientes a fazer escolhas de saúde conscientes e que caibam no seu estilo de vida."
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