O DIU é um dispositivo amplamente escolhido pelas mulheres como método contraceptivo devido à sua alta eficácia e conveniência.
Entretanto, existem algumas discussões sobre a possibilidade de uma gravidez ectópica em caso de falha do dispositivo.
Para entender melhor essa questão, é importante explorar como o DIU funciona, quais são os riscos associados e o que as pesquisas indicam sobre a sua influência na ocorrência desse tipo de gravidez.
Acompanhe neste artigo!
A gestação ectópica ocorre quando o óvulo fertilizado, que deveria se implantar no interior do útero, acaba se fixando em outro local, como nas trompas de falópio (local mais comum), nos ovários, na cavidade abdominal ou no colo do útero.
Essa condição é conhecida também como gravidez tubária, quando ocorre nas trompas.
Normalmente, o óvulo é fertilizado na trompa e viaja até o útero para se implantar.
No entanto, se a trompa estiver bloqueada ou estreitada, o óvulo pode ficar preso ali, resultando na gestação ectópica.
O feto pode sobreviver por algumas semanas, mas como os tecidos fora do útero não oferecem suporte adequado, a gravidez não se desenvolve.
Além disso, a região onde o embrião se implanta não suporta o crescimento, o que pode levar à ruptura da área e causar um sangramento grave.
Quanto mais tarde essa ruptura ocorrer, maior é o risco de complicações, incluindo uma perda considerável de sangue.
Se você quer saber mais sobre a gestação ectópica, acesse esse artigo em nosso blog!
O DIU (dispositivo intrauterino) é um pequeno dispositivo em formato de "T" que é inserido no útero para prevenir a gravidez.
Existem dois tipos principais de DIU:
Esse tipo de DIU é revestido com cobre, que é tóxico para os espermatozoides.
O cobre libera íons que criam um ambiente hostil no útero e nas trompas de falópio, impedindo que o espermatozóide chegue até o óvulo para fertilizá-lo.
Além disso, o cobre altera o revestimento interno do útero, tornando-o inadequado para a implantação do embrião.
Este tipo de DIU libera uma pequena quantidade de hormônio progesterona (levonorgestrel) no útero.
Esse hormônio engrossa o muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozóides pelo colo do útero.
Ele também afina o revestimento do útero, tornando-o inadequado para a implantação de um embrião e, em alguns casos, pode suprimir a ovulação.
Ambos os tipos de DIU são métodos contraceptivos de longa duração, com eficácia que pode durar de 5 a 10 anos, dependendo do tipo.
Eles são altamente eficazes na prevenção da gravidez, com uma taxa de sucesso superior a 99%.
Embora o DIU ofereça uma proteção bastante eficaz contra a gravidez, nenhum método contraceptivo é 100% garantido.
A probabilidade de engravidar utilizando um DIU é mínima, variando entre 0,2% e 0,7%, ou seja, entre 2 e 7 mulheres a cada 1000 mulheres que usam o DIU podem engravidar por falha do método.
Vale destacar, portanto, que engravidar com DIU é uma situação incomum.
Caso isso aconteça, é fundamental que a mulher procure seu médico imediatamente para verificar a localização do DIU e a viabilidade da gestação.
Como vimos, os dispositivos intrauterinos (DIUs) são altamente eficazes na prevenção da gravidez.
Contudo, em casos raros de falha do DIU, há uma maior probabilidade de a gravidez ser ectópica.
Um estudo que avalia o uso prolongado de DIU como fator de risco para gestação ectópica conclui que, apesar da ocorrência de uma gravidez com DIU ser pouquíssimo provável, caso ocorra, há uma chance mais alta de que o óvulo fertilizado se implante fora do útero, principalmente nas trompas de falópio.
Mesmo com essa relação, o DIU ainda reduz significativamente o número total de gravidezes.
Dessa forma, o risco de uma gravidez ectópica ainda é maior em mulheres que não utilizam métodos contraceptivos.
Porém, é importante que as usuárias desse método contraceptivo estejam cientes desse risco.
Reforçamos que a busca por atendimento médico imediato em caso de gestação ectópica é fundamental para evitar complicações graves.
Prevenir uma gestação ectópica envolve adotar medidas que ajudem a proteger as trompas de falópio e a saúde reprodutiva em geral.
Confira abaixo os principais cuidados:
Tratamento precoce de infecções pélvicas
Infecções como a Doença Inflamatória Pélvica (DIP) podem danificar as trompas de falópio, aumentando o risco de gestação ectópica.
Ao tratar infecções bacterianas precocemente com antibióticos, é possível reduzir o risco de cicatrizes e bloqueios nas trompas.
Prevenção de infecções sexualmente transmissíveis
ISTs, como clamídia e gonorreia, são as principais causas de infecções pélvicas que podem comprometer as trompas.
Portanto, usar preservativos, como a camisinha feminina ou masculina, e realizar exames regulares pode prevenir essas infecções, diminuindo o risco de complicações na fertilidade.
Evitar o tabagismo
O fumo pode prejudicar a função das trompas de falópio e reduzir o movimento ciliar, que é essencial para o transporte do óvulo fertilizado até o útero.
Mulheres que fumam têm um risco maior de gestação ectópica.
Dessa forma, parar de fumar melhora a saúde reprodutiva e reduz esse risco.
Histórico médico e planejamento familiar
Mulheres que já tiveram uma gestação ectópica têm maior risco de uma nova ocorrência.
O acompanhamento com a ginecologista é crucial para monitorar as condições das trompas e realizar o planejamento familiar de forma segura.
Acompanhamento ginecológico regular
Consultas periódicas com uma ginecologista são fundamentais para a prevenção de problemas relacionados à fertilidade e para a detecção precoce de fatores de risco, como infecções, inflamações e cicatrizes nas trompas.
A ginecologista também pode orientar sobre o melhor método contraceptivo para você, reduzindo o risco de gravidez indesejada.
Além disso, o acompanhamento permite identificar outros problemas de saúde reprodutiva, como miomas ou distúrbios hormonais, que podem impactar na fertilidade.
Lembramos que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem ajudar a evitar complicações graves.
Então, em caso de dúvidas sobre métodos contraceptivos ou gestação ectópica, agende uma consulta com a especialista em saúde da mulher!
Ginecologista e Obstetra de formação, eu acredito que informação é a maior forma de poder que podemos ter. Como médica, tenho a missão de trazer a vocês o maior número de informações possíveis, a fim de poder ajudá-las a participar ativamente do cuidado da sua saúde.
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